A vida no automático é de cegar o erro ortográfico gritante; a sensibilidade perante o outro; e a nossa própria perspectiva diante de uma questão só nossa. Quantas vezes recorremos ao olhar do outro que, de fora, consegue enxergar aquilo que não conseguimos por manter o sentido nosso nas rédeas, sem permitir uma amplidão de percepções… Sim, afastar-se é necessário.
Colocar-se à distância de um texto escrito; da amiga que fez afirmações com as quais não concorda; da desconecta relação a dois; do trabalho que não já mais instiga; da rotina chata dos serviços de casa…
Tudo isso é preciso para se dar conta da ausência de concordância ou presença de crase onde não deveria; de reavaliar o discurso da amiga; de se reconhecer perante o outro; de analisar o campo profissional; de pagar uma diarista. Enfim, apartar-se é importante para aguçar a vastidão do olhar…
É essa ruma de olhares que possibilita consertar o erro, alterar a rota, fazer outras escolhas, desbravar o desconhecido e inovar na vivência do ser e estar presente, sem manter ‘um olhar monocromático’ para tudo… Enxergar novas possibilidades, permitindo-se a misturas de cores, aspectos, pontos de vista e visões, faz com que a cegueira automática seja atenuada e que a gente busque avistar mais. Assim, a qualquer sinal de olhar cansado e curto. Pare, afaste-se e depois retorne.
#amenidades
Viciante
Feriado é um negócio muito viciante e também desconcertante para a mantença de uma rotina. É isso! Quando é o próximo?
Bem assim
Tem dia que a gente deposita toda culpa na energia caótica circulante para explicar a sequência de imprevistos, perdas e quebras que ocorrem em menos de 24h.
Chatice
É querer demais que as pessoas mantenham a ‘etiqueta pandêmica’ de evitar o contato físico exacerbado num simples encontro na rua? Pelo não toque, obrigada!
No ‘loading’
Em qualquer rolê aleatório ainda fico no modo ‘loading’ quando observo uma pessoa fazendo caras e bocas para a tela do celular enquanto o show do Chico Buarque tá rolando.
Reflexão
A perda de alguém é de causar um alvoroço de sensações e reavaliações de vida, como também questionamentos mil. Entender? Não, a gente vai. Resposta também não. O que é possível fazer é se dar conta do que estamos perdendo diariamente e reconhecer que não dá para economizar dias. Viva!