Google como aliado nas vendas (parte 2)

Apesar de defensor de que texto para a internet deve ser enxuto e objetivo, esta semana, decidi atender ao pedido do leitor Kako Carvalho e permitir-me algumas ‘linhas a mais’ de conteúdo. Afinal, recebo perguntas frequentes sobre SEO (Search Engine Optimization), que continua sendo um dos temas que mais despertam o interesse das empresas e que, justamente por isso, ganhará um espaço extra em nossa coluna. De quebra, aproveitaremos para tentar auxiliar você, leitor, na conquista de melhores resultados nesta área. Vamos lá…

A primeira coisa que você precisa ter em mente é que o SEO foca exclusivamente o rankeamento orgânico de uma determinada página na internet. Ou seja: o objetivo aqui é melhorar o posicionamento do seu site em mecanismos como o Google, Bing, Yahoo e afins, sem precisar pagar por isso.

Outro ponto importante é saber que existem dois tipos de SEO: o on-page e o off-page. Para diferenciá-los de forma fácil, basta lembrar que, no inglês, on pode significar “em”, enquanto off pode ser traduzido como “fora”. Assim, fica simples: SEO on-page é aquele relacionado à estruturação e ao conteúdo que ficam em seu próprio website. Tudo que a sua página faz, por si só, para otimizar o auto-rankeamento. Já o SEO off-page está ligado àquilo que ocorre fora do website, mas que também terá bastante participação na hora de rankeá-lo (a exemplo de sites relevantes contendo links para o seu).

Como são vá(ááááá)rios os fatores que os buscadores consideram na hora do rankeamento, neste post, vamos tratar de um grupo simples e sobre o qual você tem total autonomia: os textos. Afinal, se as pessoas usam palavras para fazer uma busca no Google, é extremamente importante que a sua empresa esteja relacionada justamente às mais utilizadas, certo?

Abaixo, seguem cinco dicas práticas para quem deseja redigir um conteúdo de alta performance, a fim de ‘dar uma força’ ao SEO on-page. E lembre-se: não tem problema se você não entende do assunto, pois são itens bem simples e tranquilos de ser implementados:

1) Escreva textos originais e sem duplicidade
Sabe aquela história de copiar conteúdos de terceiros e replicá-los no seu site? É melhor pensar duas (aliás, dez!) vezes antes de fazê-lo. Isto porque textos com redação original são um dos pontos mais bem quistos pelo Google. E faz sentido. Não tem porque o seu site ser mais relevante em um determinado assunto, se o seu conteúdo é uma mera cópia de alguém, concorda? Por isso, tenha sempre em mente: se o seu site tem uma página diferente, o Google entende que você deveria ter algo diferente a dizer. Então, nada de duplicar conteúdo, mesmo que em páginas distintas do seu próprio site.

2) Utilize palavras-chave estratégicas
Digamos que você tenha uma empresa no ramo de confecções. Qual palavra-chave é a mais estratégica para você? Vale mais a pena utilizar o termo “confecções” nos seus textos? Ou “roupas”, “vestuário” e “moda” podem ser mais interessantes, por talvez contarem com um maior número de pessoas utilizando-as na hora de fazer uma busca? A dica já foi dada no post da semana passada, mas não custa repetir:

•   Acesse o endereço www.google.com.br/adwords;

•   Faça login na sua conta Google (caso você ainda não tenha uma, vá ao site www.gmail.com e crie uma conta de e-mail, gratuitamente e na hora);

•   No menu superior, selecione a opção ferramentas e análise;

•   Escolha a opção planejador de palavras-chave;

•   Selecione a opção procurar ideias de palavras-chave e grupos de anúncios;

•   No primeiro campo da tela que for exibida, insira as palavras e/ou expressões que deseja comparar, informando uma por linha;

•   Se preferir, preencha os demais dados solicitados (quanto mais informações você fornecer, melhor o refinamento das sugestões que você receberá);

•   Clique no botão obter ideias e pronto! O Google trará tanto sugestões de grupos de anúncio (na aba “ideias de grupos de anúncios”, caso você opte por trabalhar anúncios pagos, também chamados de links patrocinados), quanto um comparativo entre as palavras-chave que você especificou (para vê-lo, basta mudar para a aba “ideias de palavras-chave”). Atente para o campo “média de pesquisas mensais”, que traz a média atual de buscas por um determinado termo. Quanto maior o número, mais procurada é a palavra-chave. Detalhe: nesta mesma aba, ao rolar a tela, você encontrará sugestões do Google para expressões relacionadas. É sempre interessante dar uma olhada;

•   Como reforço na escolha das palavras, vale averiguar também a progressão do interesse dos internautas pelas mesmas. Afinal, não é porque algo é bem procurado hoje que o volume de buscas por este item tem se mantido ao longo do tempo. Para fazer esta verificação, o Google dispõe de outra ferramenta: o Google Trends. Acesse www.google.com.br/trends, insira as palavras que deseja comparar no campo de busca (separadas por vírgula) e compare os resultados. Palavras e expressões com percentuais baixos no gráfico devem ser evitadas.

3) Relacione conteúdos de páginas internas
O poder do link é realmente grande. Então, use-o! É através dele que você tem a oportunidade de criar relação entre conteúdos de páginas distintas – que não a página inicial – do seu próprio site e trabalhar o chamado deep link, que aprofunda a navegação do internauta. Quando um site insere a maioria do conteúdo somente na página inicial, o Google tem a impressão de que o projeto não tem muito a dizer. Já quando há links para as páginas internas, a credibilidade diante dos buscadores aumenta. Mas cuidado! Criar novas páginas apenas para estabelecer links ou mesmo trocá-los com outros sites (alguém insere um link para o seu site em outro projeto web e você retribui o favor) é prática penalizável pelo Google e já ganhou até nome próprio: link farm.

4) Valha-se dos breadcrumbs
Mas que diabos João e Maria têm a ver com o Google?! A resposta está nas “migalhas de pão” (breadcrumbs, no inglês). Isto porque o site tem como oferecer ao internauta um ‘rastro’ das páginas visitadas por ele, batizado justamente de breadcrumb. Se você entrou num site de confecções, selecionou o menu “produtos”, depois “camisas” e, na sequência, “masculinas”, por exemplo, o seu breadcrumb estaria mais ou menos assim: produtos > camisas > masculinas. O bacana é que o internauta não apenas se localiza melhor no site, quanto pode voltar para qualquer uma das páginas anteriores de forma não linear e com um único clique (evitando ter que clicar no botão “voltar” do navegador e acabar saindo do seu site). Além de, claro, influenciar o SEO. A propósito: o melhor local para inserir um breadcrumb é no topo do site, próximo ao menu principal. Pela nossa experiência prática (e também conforme destaca o autor Jacob Nielsen, em seu livro Usabilidade na web, cuja leitura recomendo), como símbolo entre as páginas, a melhor opção é mesmo o tradicional sinal de maior (>).

5) Escreva uma boa meta description
A meta description tag consiste naquele texto exibido pelos buscadores, logo abaixo dos títulos das páginas, nos resultados de uma busca. Você não precisa se preocupar em inseri-la diretamente no projeto – pois isto requer um conhecimento um pouco mais técnico –, mas não esqueça de repassar a redação da mesma para o profissional que for desenvolver o seu website. Apesar de não ser exibida dentro do site em si, ela contém informações relevantes para os mecanismos de busca, com um breve resumo do conteúdo do seu projeto. Deve conter um máximo de 160 caracteres e recomenda-se estratégia na escolha das palavras-chave, pois a meta description também conta para o SEO.

Bom, amigo leitor, espero que goste e faça bom uso destas dicas. Semana que vem, tem mais. Até lá!

Leia também:
Google como aliado nas vendas (parte 1)

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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