Já há algumas semanas temos chamado a atenção do governo do Estado, instando-o a divulgar o custo de manutenção do futuro Hospital do Câncer, uma reivindicação perene do Senador Eduardo Amorim – que, como se sabe, não tem preparado outro discurso senão este. Pois agora o governo caiu na real. Alarmado com o custo mensal em torno de 30 milhões de reais, o governador Belivaldo Chagas decidiu pela revisão do projeto do Hospital do Câncer. O projeto vai ser reduzido praticamente à metade, com vistas à redução de custos, de modo que o Estado possa assumi-lo no momento em que estiver pronto, e condições de funcionamento para o público externo. O custo de construção do Hospital está orçamentado em nada menos que 100 milhões de reais – mas, neste caso, as emendas parlamentares, até do próprio Senador Eduardo Amorim, O custo mensal dele previsto para nada mais nada menos que 30 milhões de reais, embora nossas informações batam em torno de 50 milhões de reais. O redimensionamento do projeto, porém, não prevê afetação da qualidade e a prestação do serviço. “O medo que faz, comentou um médico com o escriba, é o Hospital perder este status e se transformar num simples ambulatório, para atender os portadores de câncer. Neste caso, era só fazer um puxadinho no HUSE dedicado ao tratamento da doença”. O médico não deixa de ter sua razão… Mas, o bom desta notícia é que o governo pôde botar o pé no chão e começa a encarar o custo do Hospital quando em funcionamento.
Bolsonaro no Roda Viva
“Roda Vida”, um dos programas mais vistos no canal 6, TV Cultura, tem trazido todas as segundas-feiras, entrevistas com os presidenciáveis. Já no Canal 40, durante toda esta semana também, há entrevistas com os mesmos presidenciáveis, só que diariamente desde segunda-feira última. Na última segunda-feira, o entrevistado foi o polêmico Jair Bolsonaro, um direitista confesso, que, naturalmente, dá declarações polêmicas. Começou negando que tivesse havido um golpe militar em 1964 e que não pretende, se eleito, abrir os arquivos do regime. Os atos cometidos pelos militares àquela época se justificavam pelo “clima da época, de guerra fria” Bolsonaro defendeu as ações dos militares e casos e de tortura e também a figura do coronel Brilhante Ulstra, que morreu em 2015, execrado pela opinião pública. “Abominamos a tortura mas naquele movimento, vivíamos na guerra fria”, justificou. Bolsonaro criticou os jornalistas que os entrevistava: “Vocês escolhem apenas os casos que afetaram militares da esquerda para comentar. Por que não falam sobre o atentado do aeroporto de Guararapes, onde morreu o cidadão Edson Régis” (fato ocorrido em 1966 em Recife). Sobre os arquivos da ditadura , duvidou que eles ainda existam. “Não vou abrir nada esquece isso aí, vamos pensar daqui prá frente”. Bolsonaro criticou a implementação do voto impresso no Brasil. A medida, segundo ele, coloca sob suspeição a eleição deste ano. Segundo ele, a própria procuradora Raquel Dodge atuou para derrubar o voto impresso. “Você não tem como comprovar que não haverá fraude, nem eu que haverá. Ão consigo entender como a impressão do voto prejudica, como ela argumentou”, disse o presidenciável. Questionado sobre sua aliança com o ex-deputado Eduardo Cunha que foi cassado e está preso por corrupção. “Não é por andar com corruptos que sou corrupto”. Entre as medidas que pretende implantar no plano econômico. “Se o governo não atrapalhar o empreendedor temos como melhorar a questão do desemprego no Brasil”. Voltou a se colocar contra cotas para negros nas universidades e defendeu um sistema de meritocracia. “Vão pedir agora cota para os nordestinos?”
Ivan Leite, o vice de Amorim
Era dado como certa, ontem, a indicação do empresário Ivan Leite, filho do estanciano Jorge Leite, e diretor da Sulgipe, como vice na chapa liderada pelo médico e senador Eduardo Amorim. É possível que ainda hoje seja emitida nota oficial comunicando a indicação.
O tempo de cada um no horário gratuito
O horário eleitoral gratuito já é motivo de especulação. Ontem, alguns políticos do interior, diziam que o governador Belivaldo Chagas terá direito a 6m20s. O Senador Eduardo Amorim ficará com 3m15s. Valadares Filho terá direito a 1m90s. Já s Mendonça Prado tocará 1m20s. Os demais candidatos ficarão com menos de um minuto por inserção do horário político.
Morre Hélio Bicudo, 96
O Brasil se despede do jurista Hélio Bicudo, que faleceu ontem, terça-feira, aos 96 anos de idade. A mulher dele morreu em março deste ano aos 92 anos. Ele vinha doente já há alguns dias. Ele foi um dos fundadores do PT, o Partido dos Trabalhadores, mas deixou a sigla quando da crise do Mensalão.