Não é de agora que os cristais fascinam. Principalmente quando as peças são confeccionadas artesanalmente, algumas delas, na tradicional arte milenar do sopro. Na Serra Gaúcha, mais precisamente em Gramado (RS), uma fábrica desse tipo de fascínio se tornou atração turística por ser referência na fabricação artesanal e por utilizar técnicas seculares. O Tô no Mundo traz um pouco desse roteiro para que depois da pandemia, ao visitar Gramado (RS), possa conhecer essa arte. Além de a cidade ser m charme, possui infraestrutura turística, belos parques e gastronomia de deixar saudades, o fabrico dos cristais é mais um dos passeios que deve ser planejado.
Já na entrada da “Cristais de Gramado” o visitante se depara com um lustre de encher os olhos. Painéis remetem à Itália e o turista é convidado a entrar no clima. Por que a Itália? Os cristais produzidos por mãos brasileiras remetem a arte do país europeu inspirado na técnica utilizada na ilha de Murano, em Veneza.
Por conta da perfeição das peças e do fabrico artesanal, desde 2002 a fábrica em Gramado virou referência na confecção de cristais artísticos no Brasil e exporta para todos os estados brasileiros e fora deles.
Primeiramente, os visitantes vão até um palco e assistem à confecção de uma peça. Os funcionários da fábrica explicam todo o processo de produção, que começa a noite com a fundição do cristal em um forno de 1.400 graus. A partir de métodos manuais, como o sopro e os movimentos, os mestres vidreiros criam peças com detalhes únicos, utilizando o fogo e moldes milenares em vidraçaria. Os visitantes suspiram a cada molde até tomar a forma de uma peça exclusiva em cor e detalhe.
O contato com o fogo, o manuseio delicado dos instrumentos, a demonstração da tradição milenar ali, bem pertinho do público, remete às mãos de artistas brasileiros que confeccionam todos os dias verdadeiras obras de arte. É com o manuseio delicado e habilidoso dos instrumentos em contato com o fogo que os artesãos dão vida a verdadeiras obras de arte.
Por cerca de 10 minutos o vidro é moldado calmamente, como o barro das cerâmicas nordestinas ou a palha das palmeiras dos artesãos nortistas do Brasil que ganham formas singulares bem nacionais, a técnica dos mestres cria, recria formas embasadas na arte milenar do cristal europeu. A obra de arte é única e caprichosa e ganham o mundo após lapidada.
Miniaturas – Após assistir ao espetáculo, pertinho de uma grande cristaleira cheia de pequenas e minuciosas obras de arte, o público enche os olhos ao assistir à caprichosa lapidação dos cristais em miniatura.
Por ser artesanal, nenhuma miniatura é igual à outra, são feitas com um toque especial e artístico. O resultado final desse processo é documentar na memória, por ser um show de beleza e plasticidade minuciosamente feito à mão.
Ao final, os condutores convidam à loja principal onde estão expostas peças de decoração, miniaturas e mais de 24mil modelos de semijoias em pedra natural, zircônia e cristal.
Dicas de viagem
A fábrica Cristais de Gramado continua recebendo visitantes com grupos reduzidos, em um showroom provisório, em tamanho menor. A reabertura oficial aconteceu no dia 1 de junho. A entrada é gratuita.
Caso o passeio à fábrica seja feito por uma agência de viagem, o roteiro para também em outros espaços e lojas de arte, decoração e produtos regionais. Se quiser ir com um guia de turismo, a fábrica fica na entrada principal de Gramado, na estrada RS 115 – Km 36 – Várzea Grande. O telefone para contato é de (54) 3286 0100 e funciona de segunda a domingo, das 8h30 às 17h30.
A joalheria é considera a maior do gênero na contemporaneidade e possui peças semijoias para todos os gostos e bolsos.
Cristais de Gramado é um passeio para que quer fugir dos pontos turísticos mais tradicionais da cidade e ainda aproveitar para fazer umas comprinhas.
A fábrica permite que o visitante possa participar da confecção de uma peça. No outro dia, a fábrica ainda entrega o vaso no hotel onde está hospedado.
Gastroterapia
Gramado possui uma diversidade de restaurantes que variam entre o toque dos colonos europeus à culinária nacional dos chefs. Tradicionalmente a italiana, germânica e ucraniana chamam atenção na Serra Gaúcha. O café colonial, as massas das Nonas, os embutidos alemães e as sopas. Sim, a noite o friozinho da Serra permite que o turista experimente a tradicional Sopa de Capeletti ou Sopa de Agnoline bem conhecida na cidade gaúcha. O capeletti embebecido por um caldo ou de carne ou de galinha, ganha o alho poró, a salsinha, o alho e a pimentinha para dar gosto.
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