Os dois únicos deputados à Assembleia Legislativa de Sergipe, filiados ao Partido dos Trabalhadores, os Srs. Francisco Gualberto e Ana Lúcia Menezes trocaram de mal a semana que passou, num rompimento que já era de algum tempo esperado. É que Ana Lúcia aprofundou-se nas críticas ao Governo do Estado, coisa que Gualberto, na qualidade de líder do governo no Legislativo Estadual não estava mais suportando. A gota d´água foram os dois projetos que estão sob apreciação da Assembleia que fundem os dois Fundos Previdenciários num só – projetos muito controversos que estão movimentando a pauta das conversas de todos os sergipanos, da Capital e do interior. Mas este rancor de Ana Lúcia contra o governador já vem de há algum tempo. Desde que anunciou, há poucos meses atrás, que não participaria mais de eleições por conta do seu delicado estado de saúde, ela intensificou, no parlamento, as críticas ao governo do Estado. Críticas que, diga-se de passagem, não eram respondidas pelo deputado Francisco Gualberto, que via e ouvia tudo aquilo sem dar um pio. Na quinta-feira da semana passada, Gualberto não suportou mais as criticas e anunciou então que não deixaria mais passar em branco quaisquer críticas ao governo do Estado e a ele próprio.
ROMPIDOS – Foi o bastante para Ana Lúcia pegar o pião na mão e praticamente dizer que a amizade estava mesmo rompida. Gualberto ficou de levar a situação incômoda para ele e para Jackson Barreto ao conhecimento do diretório estadual do PT. O agrupamento de Ana Lúcia, a Articulação de Esquerda, recebeu Jackson Barreto em todos os eventos da Caravana de Lula ao passar por Sergipe, debaixo de sonoras vaias. Ana Lúcia, aliás, acusa o governador Jackson Barreto de estar em processo de desmontagem da carreira de professor, cujo principal sindicato, o Sintese (que recebe voz de comando da própria Ana Lúcia), questiona, muito e sempre, a política educacional do Estado. O comportamento de Ana Lúcia na Assembleia, ultimamente, tem sido muito estranho.
FALOU SOZINHA – Recentemente, numa sessão ordinária da Assembleia ela pediu a palavra no Pequeno Expediente (3 minutos, sem direito a apartes), mas falou por quase 20 m, sendo que metade deste tempo com o microfone desligado. Saiu quase afônica da tribuna. E com muita raiva… Ana Lúcia vai ter dificuldade de integrar-se à bancada de Oposição da Assembleia porque ela não agrega nada. Como não é candidata à reeleição, segundo suas próprias palavras, não trará nem votos para a oposição liderada pelos Senadores Antônio Carlos Valadares e Eduardo Amorim. Vai ter que fazer oposição sozinha…
Comportamento pouco exemplar
Dez em cada dez brasileiros não vêem com bons olhos a atuação do Ministro Gilmar Mendes, integrante do Supremo Tribunal Federal e Presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Agindo como se fosse uma pessoa comum e não um magistrado de importância nacional, o Sr. Gilmar Mendes tem pisado feio na bola, comprometendo sua suspeição nos casos que julga no TSE e no STF. Para ele, porém, nada é anormal. Ele visita o Presidente Michel Temer altas horas da noite como se não fosse julgar nenhum caso contra ele, além de travar uma disputa com um juiz carioca pela prisão de um “barão” dos transportes coletivos do Rio de Janeiro. Mendes deu ordem de soltura por duas vezes ao “barão”, que uma vez solto voltou a reincidir no que lhe era acusado. Por duas vezes, o juiz o recolheu a cadeia. E o fato se repetiu com outros casos, contabilizando oito ordens de liberdade e oito ordens de prisão. Uma queda de braço desnecessária e que só trás desgaste ao STF. Não houve críticas, pelo menos de público, por parte de seus colegas do STF, mas o Ministro Luis Roberto Barroso não vê com bons olhos os atuais passos do seu colega, Gilmar Mendes. Aliás, para fechar o rosário de contrariedade todos os brasileiros, Gilmar Mendes é o maior crítico da Operação Lava Jato. Por ele, a Lava Jato já tinha ido pró beleléu…
João Macedo na Academia Rotária de Letras
Na próxima 6ª feira, 1º de setembro, vai ser realizado o 40º Instituto Rotário do Brasil que reunirá quase todos os Rotarys Clubes brasileiros para discutir os problemas que rondam a entidade, no Hotel Bourbom, em Atibaia, São Paulo. Às 17h daquele dia, realiza-se a Sessão Solene da Academia Rotária de Letras, cuja solenidade vai sediar a posse dos novos integrantes da academia. Entre estes empossados, está o nome do sergipano, dr.João Macedo Santana. Tomam posse também os rotarianos Antônio Lopes Lourenço, Aristides Antonielo Rocha e José Luiz Torres da Silva. O Dr. João Macedo pronunciará o discurso de agradecimento dos empossados. Rotarianos sergipanos presentes ao Instituto Rotário do Brasil certamente marcarão presença na solenidade da Academia Rotária de Letras. Lembrando que o dr. João Macedo fez a tradução do seu discurso para o inglês a ser entregue ao Presidente do Rotary Internacional, Ian Riseley, que vai ser homenageado na solenidade com o título de membro honorário da Academia. O cientista Dr. Albert Sabin, por proposta do dr. João Macedo, receberá “in memoriam” o título de Acadêmico Benemérito.
Temer vai vender a Eletrobras
O Governo de Michel Temer prepara-se para se desfazer do Sistema Eletrobras, com vistas a arrecadar dinheiro para poder superar a crise que assola o País. Tal anuncio provocou a indignação do deputado federal João Daniel. “Esse é um governo que não ouve, que veio para vender o patrimônio nacional. Não podemos aceitar que façam o que querem com a Petrobras, que façam o que querem fazer com a Eletrobras e com as demais empresas. Se quer vender, vá vender suas propriedades, governo golpista”, disse ele da tribuna da Câmara dos Deputados.
Limite para publicidade do governo
O deputado Georgeo Passos está com um projeto tramitando nas comissões técnicas da Assembleia no qual propõe “que os gastos do Governo do Estado na área de publicidade e propaganda ficam limitados a 0,01% do valor do orçamento anual destinado ao Poder Executivo Estadual pelos próximos quatro anos”. Mas, frisa: “O disposto não se aplica às despesas com propagandas e publicidades necessárias à comunicação realizada junto à população, por ocasião de situações de emergência, calamidade pública, doenças endêmicas, catástrofes ou causas similares”. O parlamentar oposicionista diz que se inspirou em lei semelhante que foi adotada pelo governo do Rio de Janeiro, cujas finanças estão em petição de miséria.