Hino ao povo de Santana

Agamenom Souza, intelectual de Aquidabã com experiência em Aracaju e em São Paulo, deu à sua terra um lindo presente: um hino com o qual glorifica Nossa Senhora Sant’Ana, padroeira do lugar. O poema de saudação ao povo de Sant’Ana exalta a fé dos aquidabãenses, ligando-os na caminhada para a conquista dos vencedores. Diz o texto do Hino:

                        Salve o povo de Sant’Ana

                        Salve o povo de Sant’Ana

                        Pela força, pela flama

                        Filhos de Senhora Sant’ana

                        É o teu povo que te chama

                        Com a que de ti emana

                        Além de cantar

                        Além de viver

                        Dai-nos a benção de vencer

                        Salve o povo de Sant’Ana

                        Salve o povo de Sant’Ana

                        Pela glória, pela gama

                        Filhos de Senhora Sant’Ana

                        Somos parte, somos soma

                        Que com todo mundo irmana

                        Pra comemorar

                        Não esmorecer

                        Dai-nos a benção de vencer.

Aquidabã, na região do baixo rio São Francisco, tem uma tradição de glebas pequenas de terra, nas quais são comuns as lavouras de feijão, de milho, tendo vivido o ciclo econômico do algodão, quando o chamado “ouro branco” representava a redenção do nordeste e de Sergipe. No Censo de propriedades do IBGE, de 1920, Aquidabã tinha em seu território mais propriedades do que todos os municípios da margem sergipana do rio São Francisco, de Brejo Grande a Canindé. Aquidabã rivalizava com Lagarto, outro lugar de Sergipe onde o predomínio da pequena propriedade tem sido uma marca forte de divisão da terra, eliminando os grandes latifúndios.

Antes chamou-se Cemitério, foi Freguesia em 1872, Vila em 1882 e cidade de Aquidabã em 1938, por ato do Interventor Eronídes Ferreira de Carvalho. Aquidabá tem um hino, com letra de Lauro Rocha de Lima e música de José Pereira da Rocha. Agora, quando completa 70 anos de cidade, Aquidabã recebe o presente de Agamenom Souza, exortando, sob a benção da santa padroeira, a todos para vencer, o que significa avançar em seus propósitos, expectativas, realizações. Agamenom Souza se vale da força da Padroeira, cuja festa é celebrada em torno do dia 26 de julho, data que a Igreja tem reservado à mãe de Maria e ao seu esposo São Joaquim, para unir a população em torno de princípios afirmativos da luta permanente.

Em Sergipe a Senhora Sant’Ana é celebrada, como orago, em Boquim, em Simão Dias, em Santana do São Francisco (antes Carrapicho) e em Aquidabã e no âmbito da fé católica o culto é dos mais antigos do mundo cristão, crescendo e espalhando-se pela Idade Média, no triunvirato de santas mulheres: Ana, mãe de Maria, Isabel, mãe de João Batista e Maria, mãe de Jesus. Com o Hino ao Povo de Sant’Ana, Agamenon Souza coloca seu nome na história de Aquidabã, contando com a colaboração do Maestro Muskito (arranjador), do Regente Álvaro Araújo Filho, do corifeu Eri Bolinha, e da Orquestra Cajuína Big Band, para mostrar seu valor como muito inspirado poeta e compositor, já conhecido pelos experimentos, em prosa e verso, em composições e em posições ideológicas, que são pilares para a consagração da sua biografia.

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O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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