Durante as festas de fim de ano, cerca de 14,3 milhões de passageiros são esperados nos aeroportos brasileiros, segundo projeções da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Esse aumento se concentra principalmente em grandes hubs como Guarulhos, Congonhas e Brasília, responsáveis por grande parte da conectividade aérea do país.
A alta temporada desafia as operações logísticas, demandando ajustes como ampliação de horários de voos, aumento de equipes e reforço na segurança. Companhias aéreas como Gol, Latam e Azul têm investido em aeronaves de maior capacidade, como os Boeing 737 MAX e Airbus A320neo, para atender à crescente demanda com mais eficiência. Este fluxo elevado reflete não apenas o aumento do turismo, mas também a retomada de viagens corporativas e familiares após os períodos de restrição da pandemia.
Delta amplia operação no Brasil
A Delta Air Lines incorporará o Airbus A350-900 em suas rotas para o Brasil, destacando sua estratégia de modernização da frota. O A350-900 é equipado com motores Rolls-Royce Trent XWB, reconhecidos por sua eficiência de combustível e redução de emissões de CO2 em até 25% em comparação com aeronaves mais antigas. Além disso, o modelo oferece maior alcance (15.000 km) e capacidade para 315 a 350 passageiros, dependendo da configuração. Na classe Delta One, os passageiros terão acesso a suítes privativas com portas deslizantes, enquanto na classe econômica, a configuração 3-3-3 proporciona mais espaço. O lançamento desta aeronave busca atender ao aumento da demanda por voos internacionais e aprimorar a experiência do cliente em rotas como São Paulo-Atlanta.
Turismo de cura em alta
O turismo de cura e inspiração é um segmento emergente que une práticas de bem-estar a viagens a destinos naturais e espirituais. No Brasil, locais como a Chapada dos Veadeiros, conhecida por suas cachoeiras e cristais, atraem turistas em busca de equilíbrio físico e emocional.
No exterior, destinos como Bali e Kerala (Índia) oferecem programas de Ayurveda, ioga e detox. Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), essa modalidade cresceu 20% nos últimos anos, impulsionada pela demanda por experiências mais personalizadas e transformadoras. Estudos indicam que o turismo de cura movimenta cerca de US$ 639 bilhões globalmente, com destaque para serviços como retiros de meditação e spas terapêuticos.
Hotelaria brasileira em crescimento
A ocupação média de 60,8% nos hotéis brasileiros em 2024 representa um avanço significativo, especialmente em cidades litorâneas e destinos corporativos. Segundo o Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB), a adoção de tecnologias como check-in automatizado e plataformas de reservas tem contribuído para melhorar a experiência do hóspede e otimizar operações. Além disso, grandes redes como Accor, Hilton e Wyndham estão expandindo sua presença no país, investindo em empreendimentos focados no público de lazer e negócios. Com um aumento de 10% na diária média, o setor projeta crescimento em 2025, impulsionado por eventos de grande porte e pela entrada de turistas estrangeiros.
Brasileiros em Nova York
O Brasil ocupa a quarta posição entre os principais emissores de turistas para Nova York em 2024, com destaque para um perfil de viajantes que busca compras, cultura e entretenimento. Segundo dados do NYC & Company, o gasto médio dos brasileiros na cidade gira em torno de US$ 1.800 por pessoa. Contribuem para esse fluxo as conexões diretas oferecidas por companhias como Delta, United e American Airlines. Além de turistas a lazer, há um crescimento expressivo no segmento corporativo, impulsionado por eventos de tecnologia e feiras de negócios.
Argentinos escolhem o Brasil
O turismo argentino no Brasil segue em alta, com foco em destinos como Florianópolis, Foz do Iguaçu e Salvador. Segundo o Ministério do Turismo, cerca de 1,5 milhão de argentinos visitaram o Brasil em 2024, consolidando-se como o maior mercado emissor para o país. A conectividade aérea também foi ampliada, com mais frequências operadas por empresas como Gol, Aerolíneas Argentinas e Latam. Fatores econômicos, como o câmbio favorável e promoções em pacotes de viagem, reforçam essa escolha. Em contrapartida, a presença argentina movimenta setores como hotelaria, transporte e gastronomia, contribuindo para o aquecimento da economia turística nacional.