O Brasil acaba de alcançar um marco histórico: no primeiro semestre de 2025, o país recebeu US$ 4,1 bilhões em receitas geradas por turistas internacionais. Trata-se do maior volume registrado pelo setor em um único semestre, segundo dados do Banco Central. Para quem acompanha o mercado, o número não apenas impressiona — ele revela um reposicionamento do Brasil no radar global do turismo.
Na prática, isso significa mais divisas entrando na economia, mais empregos sendo gerados e mais oportunidades de negócios em áreas como hotelaria, gastronomia, transporte, cultura e eventos. Só em reais, o impacto ultrapassou R$ 23 bilhões, refletindo um ciclo virtuoso entre demanda externa e fortalecimento do mercado interno.
O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, atribui o resultado ao reposicionamento estratégico da imagem do país lá fora. O Brasil tem apostado em campanhas que destacam diversidade, sustentabilidade e segurança — elementos que vêm ganhando peso nas decisões de viagem de estrangeiros.
Outro fator determinante para esse salto foi o aumento da conectividade aérea internacional e a consolidação de um calendário atrativo de eventos no país, algo que tende a se intensificar com a chegada da alta temporada. O Ministério do Turismo também reforça o papel das ações de promoção digital e a integração com o setor privado.
Para investidores e operadores do setor, os números indicam que o turismo internacional voltou a ser um ativo estratégico para o Brasil. Não apenas pela geração imediata de receita, mas também pelo potencial de crescimento sustentável em regiões menos exploradas e com vocação para o turismo de experiência.
A expectativa agora recai sobre o segundo semestre, que deve manter o ritmo aquecido com a vinda de europeus e norte-americanos em busca de sol, cultura e natureza. Se a tendência continuar, o país poderá fechar 2025 com um desempenho histórico — e finalmente consolidar o turismo como uma força econômica permanente.