Nesta semana, os vereadores de Praga anunciaram a proibição de visitas a bares organizadas por agências de viagens, como parte de uma estratégia para atrair turistas com perfis mais sofisticados.

A capital da República Tcheca, famosa por seu turismo noturno e por ser um destino popular para festas de despedida de solteiro, tem buscado alternativas para reduzir o impacto do turismo de massa, especialmente no centro da cidade, onde a cerveja muitas vezes custa menos que a água.

A nova regra, que impede visitas guiadas entre 22h e 6h, é uma tentativa de minimizar os efeitos negativos do turismo noturno no cotidiano dos moradores e melhorar a qualidade da experiência para visitantes.

Segundo o vice-prefeito Zdenek Hrib, o objetivo é atrair turistas mais instruídos e com maior poder aquisitivo, evitando a predominância daqueles que visitam a cidade apenas para consumir álcool. A decisão foi bem recebida pelo setor hoteleiro local, que há muito tempo reclama dos incômodos causados por essas excursões noturnas.

 

Restrições em outros destinos europeus

Praga não está sozinha nesse movimento de controlar o turismo em massa. Outros destinos europeus, como Amsterdã, Veneza e Barcelona, também implementaram restrições para enfrentar problemas semelhantes.

Amsterdã, por exemplo, tem restringido o acesso ao Distrito da Luz Vermelha e intensificado a fiscalização em áreas populares, enquanto Veneza passou a limitar o número de visitantes diários e cobrar uma taxa de entrada para turistas de curta duração.

Essas medidas refletem uma tendência crescente em destinos turísticos que buscam equilibrar o número de visitantes com a preservação da qualidade de vida dos moradores e a proteção de seus patrimônios culturais.

Com essas iniciativas, cidades europeias visam promover um turismo mais sustentável, que valorize a cultura local e evite os impactos negativos do excesso de turistas, garantindo que seus atrativos permaneçam apreciados por futuras gerações.