O estado de São Paulo registrou, pela primeira vez, a marca de 2,8 milhões de turistas internacionais em 2025. O volume consolida o estado como principal porta de entrada de estrangeiros no país e evidencia seu peso específico no turismo brasileiro, tanto como destino final quanto como ponto de conexão para outras regiões.
No mesmo período, o Brasil alcançou cerca de 8 milhões de turistas estrangeiros, também um recorde histórico nacional. Na comparação direta, São Paulo respondeu por aproximadamente 35% de todo o fluxo internacional recebido pelo país, proporção que reforça sua centralidade no cenário turístico brasileiro.
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A concentração em São Paulo está diretamente associada à sua infraestrutura. O estado abriga o maior complexo aeroportuário do país, além de ampla oferta de eventos corporativos, feiras internacionais, atividades culturais e serviços especializados. Esses fatores fazem com que uma parcela significativa dos visitantes estrangeiros tenha o território paulista como principal destino ou como primeiro ponto de chegada ao Brasil.
Enquanto São Paulo se destaca como principal hub, o restante do país divide os cerca de 5,2 milhões de turistas internacionais restantes. Destinos tradicionais como o Rio de Janeiro, que recebeu aproximadamente 1,6 milhão de turistas estrangeiros segundo dados oficiais do MTur e da Embratur, além de Bahia, Ceará, Paraná e Amazonas, mantêm relevância no cenário nacional, especialmente pelo turismo de lazer, natureza e patrimônio histórico. Ainda assim, nenhum desses estados, isoladamente, se aproxima do volume registrado por São Paulo.
Os dados evidenciam que o crescimento do turismo internacional no Brasil segue um padrão assimétrico. São Paulo consolida-se como o principal eixo de entrada e distribuição do fluxo estrangeiro, concentrando mais de um terço dos visitantes internacionais do país. Enquanto isso, os demais estados avançam de forma gradual, com ganhos relevantes, porém dispersos. Esse quadro reforça o papel estratégico do estado paulista não apenas como destino, mas como elemento central no desempenho, na conectividade e na organização do turismo internacional brasileiro.