IDH – O Brasil em 63º lugar

De acordo com o Relatório 2005 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Brasil manteve a 63ª posição na pesquisa, que leva em conta dados econômicos e sociais referentes a 2004, o país registrou IDH de 0,792 contra 0,790 em 2003.

O que é o IDH?

O Índice de Desenvolvimento Humano é divulgado anualmente pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento e avalia a qualidade de vida de 177 países. São consideradas três variáveis: a expectativa de vida da população, o acesso ao conhecimento (Considerando-se a taxa de alfabetização de pessoas acima de 15 anos e o percentual de matrículas do ensino fundamental ao superior) e a renda calculada pela divisão do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas) pelo número de habitantes.

O índice varia de 0 a 1. O IDH superior 0,8 é considerado de desenvolvimento elevado; entre 0,799 e 0,500 é considerado desenvolvimento humano médio; abaixo de 0,500 é considerado baixo desenvolvimento humano.

Na América Latina, Argentina, Chile, Uruguai, Costa Rica, Cuba, México e Panamá estão melhores posicionados do que o Brasil. Todos esse países têm IDH superior a 0,800, ou seja, são considerados de desenvolvimento humano elevado.

O PNUD considerou o Brasil um país profundamente concentrador de renda, com a oitava pior distribuição do mundo e os 10% mais ricos abocanham 46,9% da renda nacional. Os ricos no Brasil são na, grande maioria, altos dirigentes do setor privado e atuam principalmente no setor de serviços e encontram-se nas capitais das unidades federativas, encravados em bairros nobres.

Esta concentração tem como conseqüência déficits sociais consideráveis em setores como saúde, educação e habitação para um grande número de brasileiros.

Para resolver este problema e consequentemente elevar o seu IDH, o país tem que envolver os ricos em uma grande operação de redistribuição de renda.

Uma solução, via reforma, para resolver o problema é aumentar a tributação dos ricos e reduzir a dos pobres, redistribuindo esses recursos em educação, em saúde, em programas de garantia de renda e em aposentadorias.

“Esse é o modelo mais exitoso de inclusão social, sem que seja necessário alterar a lógica do capitalismo” diz o economista Márcio Pochmann.

E de quem pode partir esse amplo movimento de inclusão social? De acordo com o economista Márcio Pochmann, é necessária uma combinação de três fatores: grau de organização de sociedades, cultura democrática e Estado com capacidade de fazer cumprir a lei.

Se houver uma pressão social organizada, em três décadas o Brasil tem condições  de ter um desenvolvimento humano elevado.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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