As maiores lideranças políticas do país com o envolvimento de instituições com o TSE e o STF discutem a adoção, na prática, da fidelidade partidária, com a perda do mandato para o político que mudar de partido e também o fim das chamadas legendas de aluguel, Sergipe acompanha pela imprensa alguns episódios que mostram muito bem como alguns supostas lideranças estão preocupadas com o povo sergipano. A grande maioria entende como indispensável ao fortalecimento dos partidos políticos, a adoção da fidelidade partidária porque a valorização do candidato em detrimento do partido tem propiciado uma situação que facilita a migração partidária, muitas vezes com finalidade meramente eleitoral ou pessoal, em face da ausência de compromisso com os programas partidários. Sobre este tema há várias propostas em tramitação no Congresso das mais diversas; desde proposições que proíbem a mudança de partido em um determinado período, até outras que determinam a perda do mandato para todos os cargos e em todos os níveis. Alguns episódios recentes da política sergipana demonstram que algumas lideranças tentam passar para a sociedade, através de alguns setores da imprensa, uma imagem de defesa da fidelidade partidária quando na prática se contradiz. Um exemplo claro. O episódio envolvendo o comando do Partido da República, pelo empresário Edvan Amorim. Ele chegou a enviar recados pela imprensa que não aceitaria as criticas do ex-deputado Heleno Silva como comandante do partido em Sergipe. Falou como se fosse fiel ao partido e tivesse o compromisso com a fidelidade partidária. Porém, ao ler algumas notas em segmentos ligados ao empresário Edvan Amorim, nota-se que ele se contradiz. Na última sexta-feira, 04, foi publicada uma nota onde afirmava que ele estava chegando a Sergipe, onde se reuniu com a Direção Nacional do PR e almoçaria com os deputados do PSC para colocar em dia “as coisas do partido em Sergipe”. Ou seja, é um caso típico de infidelidade partidária onde Amorim deixou o PSC para comandar o PR, mas deixou o irmão no outro partido e continua mandando na sigla. Este episódio mostra claramente que para as direções nacionais da grande maioria dos partidos o que vale para comandar a direção estadual não é o potencial eleitoral e o numero de lideranças, mas o poder econômico e, em alguns casos, os mandatos federais. No caso do empresário Edvan Amorim, a força econômica sobressai ao mandato federal, já que o irmão dele, o deputado Eduardo Amorim, ficou no PSC. Um fato interessante nisso tudo. Alguns deputados do PSC já sentiram que existe o desejo de fazer com que a sigla seja uma espécie de sub-legenda do PR, em Sergipe. É certo que dois destes deputados já decidiram deixar o partido, esperam apenas a decisão do STF sobre fidelidade partidária. Assim como o PR, que ficou esvaziado com a saída do grupo de Heleno Silva, o PSC, deve seguir o mesmo caminho. Um partido que saiu eleitoralmente forte em outubro do ano passado, depois das eleições, voltará a ser nanico, denominação usada para as várias siglas de aluguel neste país. Tudo por conta da falta de uma legislação eleitoral dura e séria, que permite que uma liderança política faça questão de destacar na imprensa que comanda duas siglas e ainda cobra fidelidade partidária de seus liderados. É brincadeira… Ato em Monte Alegre O ato contra a violência realizado ontem,04, em Monte Alegre reuniu lideranças e moradores de toda região do sertão. O governador Marcelo Deda, num depoimento emocionado, fez questão de dizer que estava naquele momento prestando solidariedade à família. O teor do discurso do governador foi forte onde a todo o momento ressaltou que é o governador dos sergipanos na hora boa e ruim, tendo a humildade suficiente para ouvir as criticas e cobranças. Déda deixou claro que a situação atual da segurança pública é conseqüência de uma herança deixada, mas que além de solidário sabe do papel e da responsabilidade que tem neste momento. Conexão com o leitor: Segurança Pública I Texto enviado pelo advogado Alessandro Vieira: “Antes de qualquer coisa quero parabenizar a precisão do título da sua coluna de hoje (03). A descrição da realidade é cirúrgica, mas gostaria de aprofundar a análise das causas da letargia. O que me chamou mais atenção como profissional de segurança pública e me chocou como cidadão foi à insensibilidade das autoridades responsáveis na SSP, que se mostraram incapazes de compreender a dimensão da tragédia sofrida pelas famílias das vítimas e de reconhecer que a atuação da polícia não foi adequada. Ressalte-se, a alegação de que, supostamente, logo no início de sua ação o criminoso teria alvejado as vítimas, não afasta a óbvia necessidade de reforço especializado tão logo a situação de cerco com reféns foi instalada. Uma ação mais qualificada talvez permitisse às vítimas receber socorro médico em tempo de evitar o óbito. Reconhecer que existem falhas é requisito indispensável para chegar a alguma solução, sob pena de permanecer no erro. Deve ser registrado que as deficiências não surgiram agora, neste governo, mas sim vem se arrastando há anos. Todavia, tal constatação não serve de desculpa para cruzar os braços e não propor nada de novo”. Conexão com o leitor: Segurança Pública II Continua Alessandro Vieira: “Falta ao governo do estado compreender que o trabalho de polícia é um trabalho de equipe, ou seja, deve existir um comprometimento de todos em busca de um resultado, o que não se verifica no atual momento da SSP, por duas razões básicas: 1) desagregação da base, em razão do achatamento salarial e da falta de valorização; 2) falta de sintonia dos integrantes da cúpula da segurança pública. No mais, acredito que a pessoa a quem foi atribuída à máxima responsabilidade na seara da SSP, o Secretário Kércio Pinto, deve ser demandada no sentido de apresentar de forma transparente ao Governador quais são os recursos de que necessita para realizar um trabalho efetivo e inovador, sejam eles materiais ou humanos. Qualquer avaliação antes desta conversa é precipitada. Substituir nomes sem tocar na estrutura e nas falhas acima indicadas significa apenas reciclar o erro”. Gama troca o nome do governador Embora tenha participado da viagem do governador aos EUA, o secretário de Turismo, João Gama, parece que não assimilou os dez dias que passou com Marcelo Déda. Na última quinta-feira à noite, 03, no evento do Brasil Sabor 2007, no Hotel Parque dos Coqueiros ao ser chamado para discursar, Gama disse que estava ali representando o governador Albano Franco. A sorte dele é que os participantes tiraram por menos a gafe que provocou várias risadas. Mas dos males o pior: já imaginou se ele troca o nome de Déda pelo do ex-governador João Alves… Reajuste salarial da Prefeitura de Aracaju I A coluna foi o único espaço que divulgou antecipadamente ontem, 04, o reajuste de 3%, anunciado pelo prefeito Edvaldo Nogueira para os servidores municipais. Na coletiva, Nogueira, aproveitou para mostrar alguns pontos positivos da maneira como a administração lida com o funcionalismo municipal. Um deles foi à transparência: a Prefeitura sentou à mesa de negociação com os sindicatos e associações. Foi um processo que durou um ano. Somado ao reajuste do salário mínimo, o servidor municipal vai ter um aumento total de 11% em seus salários. Reajuste salarial da Prefeitura de Aracaju II Outro detalhe importante: algumas categorias tiveram uma valorização profissional, como na área da saúde, onde foi quebrado o teto salarial, permitindo que médicos e servidores passassem a receber salários melhores. De 2000 a 2007, a média salarial da saúde aumentou 295,29%. A do magistério, 94,26%. E a folha da administração direta com inativos e pensionistas teve um aumento de 143,14% em sua média salarial. Enquanto isso, o IPCA aumentou apenas em 62,67% no mesmo período. Pelos números apresentados Edvaldo teve a coragem de ultrapassar o limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que estipula o limite máximo de gastos da Prefeitura com o servidor em 51,30% do orçamento. Com o reajuste, a Prefeitura de Aracaju passa a investir 51,44%. Hoje a Prefeitura gasta, com salários de servidor, quase 270 milhões de reais por ano. Denúncias de fraudes em concursos I A grande maioria da imprensa de Sergipe não deu a dimensão necessária aos procedimentos administrativos abertos pelo Ministério Público Federal em Sergipe (MPF) para apurar denúncias de fraudes em concursos públicos para os cargos de professores, realizados pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), Colégio de Aplicação – da mesma universidade, e pelo Centro Federal de Educação Tecnológica em Sergipe (Cefet), antiga Escola Técnica Federal. São instituições com credibilidade e que nunca tiveram seus nomes envolvidos em denúncias desta natureza. Se constatadas, além da punição severa dos envolvidos, estas denúncias podem fazer um grande estrago, por exemplo, na imagem da UFS. Denúncias de fraudes em concursos II As denúncias vêm sendo investigadas pela procuradora da República Eunice Dantas Carvalho, que j já tomou vários depoimentos de candidatos que teriam sido prejudicados em concursos públicos nessas unidades federais. Também foram ouvidos outros candidatos participantes desses concursos.Segundo release enviado pela MPF, “há denuncias de favorecimento a participantes que têm relações pessoais com membros da banca examinadora. Há problemas também na publicidade e nos editais desses concursos”. Os procedimentos administrativos no MPF/SE apuram denúncias de fraudes em concursos para professores da UFS nos campos da Fonoaudiologia, Fisiologia, Física-Médica e Sociologia. No Cefet e no Colégio de Aplicação os casos envolvem concursos para professores do ensino fundamental e médio, em várias disciplinas. Caso as fraudes sejam mesmo confirmadas, o MPF/SE vai entrar com ações civis públicas por improbidade administrativa contra os membros das bancas examinadoras dos concursos na UFS, no Colégio de Aplicação e no Cefet, além da natural ação penal contra eles. Denúncias de fraudes em concursos III A procuradora Eunice Dantas Carvalho estimula que candidatos prejudicados nos concursos federais e que possuam elementos de prova devem fazer as denúncias no Ministério Público Federal em Sergipe. Não é necessária a identificação. As denúncias podem ser feitas na sede da Procuradoria da República em Sergipe, localizada a avenida Beira Mar, 1064, 13 de Julho, em Aracaju, ou através do sítio do MPF/SE na Internet: www.prse.mpf.gov.br Cefet não foi notificado sobre suposta fraude em concurso Em nota divulgada ontem, 04, a imprensa o diretor-geral do Centro Federal de Educação Tecnológica de Sergipe (Cefet), professor Joarez Vrubel, disse que até o momento não recebeu notificação do Ministério Público Federal a respeito de supostas fraudes em concursos públicos para os cargos de professores na instituição.Segundo informações divulgadas pela imprensa local, o MPF teria vários procedimentos administrativos abertos apurando denúncias de fraudes em concursos públicos para cargos de professores em órgãos federais, inclusive no Centro de Educação Tecnológica de Sergipe. O diretor-geral do Cefet disse que está à disposição da procuradora da República, Eunice Dantas Carvalho, para prestar qualquer esclarecimento a respeito dos processos de seleção realizados pela instituição. Comunistas terão curso de formação política I O Partido Comunista do Brasil (PCdoB), por intermédio do seu diretório em Sergipe, realiza neste final de semana, dias 5 e 6, o Curso Estadual de Formação. As aulas serão ministradas pelo secretário nacional de Formação e Propaganda do Partido, Adalberto Monteiro, por Ilka Bichara, membro da Escola Nacional de Formação e Propaganda do PCdoB e pelo presidente Estadual do partido em Sergipe, Halisson de Sousa. O evento acontece na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho e Previdência Social no Estado de Sergipe – Sindprev. Comunistas terão curso de formação política II Dividido em palestras, leituras e estudo dirigido, o curso está organizado nos seguintes eixos: a nova luta pelo socialismo, uma tática mais afirmativa e audaciosa, o projeto político e a estruturação partidária. O presidente do partido no Estado entende que o curso é importante para que os militantes estejam cada vez mais articulados ideologicamente. “Vão participar lideranças e dirigentes do partido em Sergipe. Com isso estamos fortalecendo partido e o socialismo em nosso Estado”, fala. Fórum Nacional de TVs Públicas Da próxima terça (8) até a sexta-feira (11), acontece em Brasília o I Fórum Nacional de TVs Públicas. O evento é uma iniciativa da Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e tem como objetivo promover uma ampla discussão sobre a missão da TV pública no Brasil – especialmente após a migração para o sistema digital, que é prevista para acontecer até o fim do ano que vem. Sergipe vai participar ativamente deste momento de definição, sendo representado no fórum pela Fundação Aperipê. Mas a participação dos sergipanos na discussão não ficará por aí. Durante todo o evento, a Fundação Aperipê vai disponibilizar ao público em geral um sistema de acompanhamento remoto (videoconferência) através do qual os interessados poderão acompanhar as discussões e formular seus questionamentos e sugestões quanto aos rumos da TV pública no futuro formato digital. Para participar, basta marcar presença, durante o decorrer do fórum, no auditório Radialista Santos Mendonça, na sede da Aperipê. A Fundação fica na Rua Laranjeiras, nº 1837 – Bairro Getúlio Vargas. Frase do Dia “Se pudesse decidir se devemos ter um governo sem jornais ou jornais sem governo, eu não vacilaria um instante em preferir o último”.Thomas Jefferson.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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