O ano está começando. Bom momento para colocar em dia os projetos para o futuro. Quer dizer: o excelente mesmo é que estes planos já estivessem definidos, determinados e organizados antes de sua concretização. Mas, como somos brasileiros e, por capricho, teimosia na nossa forma de agir, desorganização, desconhecimento ou preguiça, somos mestres nas desobediências aos ditames da vida, sempre executamos da pior forma as nossas obrigações para com os outros e em relação a nós mesmos, pois, infelizmente, ainda somos afeitos ao improviso, à artimanha e ao deletério “jeitinho brasileiro”. Infelizmente a nossa cultura prima pelo inopino – aquilo que vamos executar sempre o fazemos “em cima das buchas”, no “mais ou menos”, no “arranjo”, “do pé para mão”, de qualquer jeito. Enquanto outros povos gastam, em certos casos, com a execução de seus projetos, a mesma quantidade de tempo usado para planejar, nós aqui não temos tempo p Lamentando que isto, desgraçadamente, ainda seja quase regra geral, que essa cultura da desorganização, da falta de saber aonde se quer chegar e do “se preocupa não, no final tudo dará certo”, é que tentarei dividir em três as nossas formas de pensar e de agir, quando nos referimos ao futuro: 1. Uma minoria acerta a sua bússola rumo ao meridiano que pretende seguir: planeja antes e executa durante o período e, na maioria das vezes, aufere os resultados esperados. Estes, como sabemos, são raros, e sempre conseguem andar melhor na estrada da vida: estudam, se preparam, são mais atenciosos e disciplinados, se preocupam com o presente, investigam muito bem o passado e, sobretudo, analisam com cuidado o que podem e devem fazer para o futuro. Buscam sempre os melhores roteiros, não se envolvem com bobagens que possam comprometer ou retardar a sua caminhada. Seguem em frente e o sucesso, normalmente acontece. 2. Outros caminham numa rota de estresse, misturam tudo e, à proporção que pensam, vão executando. Não há nada programado, seguem a via do imprevisto, não buscam resultados específicos e duradouros, apenas vão em frente, não se preocupam se o que estão fazendo poderá, ou não, se transformar em saldos positivos. Sabem apenas que “dá para ir vivendo”, seguem a teoria do bambo: “vai que acontece de numa dessas tentativas eu me dar bem e acerto?” Essa é uma parcela considerada da população, que em face da conflituosa e vacilante situação que abraça, sem perceber, complicam o processo, pois executam primeiro e vão adaptando o plano à ação durante o percurso. A loucura é completada pela crença que têm na sorte sem o esforço, na casualidade sem o compromisso, no ganhar de qualquer jeito, no se dar bem a qualquer custo, sem olhar, às vezes, para as consequências. Dentre estes, poucos conseguem dar sorte e acertar. 3. E, por último, a grandiosa maioria que, despreocupadamente, navega à deriva, sem rumo, se batendo pra lá e pra cá, pois não traçou, não vai traçar, não tem sequer uma idéia do que venha a ser um plano, um projeto ou uma estratégia, seguem, simplesmente, deixando que os outros dirijam as suas vidas e guiem os seus destinos. Esses, lamentavelmente, embora saibam que serão obrigados a seguir em frente, pois o tempo não pára e o caminhar é compulsório, não sabem aonde devem ou querem chegar. Essa expressiva maioria está fadada a formar os bolsões de ineficiência, frustração e pobreza, pois raramente deslancham e, aí, conviverão, para sempre com os estragos gerados pela imprevisão, isto é, sem pensar na necessidade do plantar antes para colher depois, que é a única forma de se chegar ao sucesso. Ou seja: “quem não sabe aonde quer chegar qualquer lugar serve”. E como seria o ideal, então? Hão de perguntar, embora a resposta seja óbvia. Na verdade, o bom é projetar antes as ações e executá-las no devido tempo, com comprometimento, sem desvios e com bastante dedicação, mudando o trajeto se for o caso, porém, sem perder o foco naquilo que ambiciona para si e para os seus. Sem dúvida que se uma pessoa sabe aonde quer chegar é sempre mais seguro e vantajoso, repito: “quem não sabe aonde quer chegar, qualquer lugar serve”. PENSE NISSOara isso. Planejar para quê? Eu sou bom nisso! Vou lá perder tempo com projeto, eu faço é do meu jeito e vai dar tudo certo…
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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