INOVAR… UM CAMINHO DIFÍCIL, MAS POSSÍVEL! (*) ““ É “preciso criar uma cultura de inovação no País” Paulo Skaf, presidente FIESP Inovar tem sido nos últimos tempos uma das palavras mais pronunciadas no Brasil, fala-se nos discursos, nas reuniões, nas empresas e por ai vai. Todavia, pelos organismos mundiais que acompanham a evolução da inovação em mais de 130 países do mundo, a posição brasileira está muito abaixo do que se espera de um país tão falado. Os motivos são muitos. Muita gente fala sobre inovação e não tem a menor noção do que significa inovar verdadeiramente, outros querem inovar como se as coisas acontecessem em um passe de mágica, ou seja, basta a instituição ou empresa dizer que vai inovar e, a partir daí, a inovação passa a acontecer. São muitos os acertos, mas ainda são muitos os erros da realidade brasileira. Mas, do meu ponto de vista, o pior de tudo é que muitas pessoas falam de inovar, de inovação, mas não possui a menor noção do significado da importância da inovação no desenvolvimento social e econômico de todo o planeta. O problema é bastante sério. Nos últimos anos o mundo vem tomando noção da importância e do poder da inovação nos negócios e na economia. E isso se tornou mais evidente com e evolução da economia do conhecimento nas comunidades e, como era de se esperar, isto causou um grande impacto nos negócios, na política e na sociedade. Todavia, uma outra coisa acontece ao mesmo tempo, os líderes econômicos mundiais já entenderam que para inovar é necessário se estabelecer e desenvolver um clima de cultura favorável à inovação. Em outras palavras é preciso primeiro se preparar um ambiente propício à criatividade, à geração de idéias, pois sem isto, não teremos a inovação. No entanto, no caso brasileiro continuamos tentando inovar, passando por cima da criatividade, daí muitas vezes as empresas recebem subsídios de alguns milhões de reais para desenvolver uma ideia que aparentemente é muito promissora, todavia, lá adiante se mostra como uma única ideia que depois de explorada, por ser única e não se ter pensado em alternativas todo o trabalho investido vai por água abaixo simplesmente porque muitas outras cópias iguais ou até melhores daquela ideia surgiram no mercado. Esse é um caminho duro. A inovação é resultante de uma excelente ideia na qual se agregou valor econômico, daí, pode-se ter muita criatividade sem inovação, todavia, não conseguimos inovação se não tivermos criatividade. Com fatos e dados, é só observar, na avaliação do desempenho da inovação de 132 países, realizada anualmente pelo Índice Global de Inovação[1], o Brasil passou da 50ª em 2009 para a 68ª posição, sobressaindo-se as economias da Islândia, Suécia e Hong Kong como as três mais inovadoras do mundo. No grupo dos BRIC´s (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil registrou o pior resultado neste ano e na avaliação geral da nossa Eficiência de Inovação ficamos na 88ª posição, portanto há muito que pensar e fazer. Embora fiquemos – inocentemente – afirmando que somos um país muito criativo, nosso número de patentes é muito baixo, nossas empresas – em sua maioria – andam muito devagar, os seus processos internos são lentos e temos o péssimo hábito de acreditar e esperar que o governo nos auxilie em tudo e que os outros, de preferência, resolvam nossos problemas. Daí, a nossa criatividade vai para o brejo… (*) Fernando Viana www.fbcriativo.org.br T
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