Estamos em um ano essencialmente político…E de mudanças. Em outubro, mais uma vez, milhões de brasileiros vão às urnas para votar e decidir quais os nomes mais preparados para administrar o Brasil e os 27 Estados da Federação. Serão escolhidos também os nomes daqueles que irão legislar em prol do povo brasileiro. Assembléias Legislativas, Câmara Federal e Senado se renovam. Trata-se de um momento ímpar na vida de cada cidadão que terá, assim, a oportunidade de dizer o que pensa do trabalho desenvolvido pela classe política nos últimos 4 anos.
Por meio do voto, ricos e pobres, indistintamente, serão capazes de mostrar se aprovam ou desaprovam administrações, se deputados e senadores se comportaram bem ou mal. Tradicionalmente, a renovação nas Casas legislativas chega quase sempre à casa dos 40%, mas em 2006, no entanto, diante do mar de lama que se espalhou pela nação, espera-se um índice surpreendente de mudança. Há quem aposte em um percentual superior aos 50%. O que eu não acredito que aconteça.
Em Sergipe, o número de postulantes a cargos eletivos nunca foi tão grande. Pelos indícios que temos, será uma eleição das mais concorridas. Para a Câmara Federal, por exemplo, podemos citar rapidamente mais de 16 fortíssimos candidatos para as 8 vagas existentes. Será uma briga de gigantes, onde o dinheiro fará a diferença. Isso mesmo! O dinheiro foi, é, e, por um bom tempo, continuará sendo um fator determinante numa eleição no Brasil. Que ninguém se engane.
A disputa pelo Senado Federal, contudo, não será tão árdua como pensam certos analistas políticos. A única vaga existente – da senadora Maria do Carmo Alves – vai ser ocupada por aquele ou aquela com maior densidade eleitoral no interior do Estado. Nesse caso particular, teremos uma disputa majoritária pífia.
Já para o governo as coisas mudam consideravelmente. O prefeito da capital, Marcelo Déda, prepara-se para o embate de sua vida com um opositor de verdade, o atual governador João Alves Filho, que não está prosa. E vem com tudo para conquistar o quarto mandato executivo.
Pela primeira vez, finalmente, Marcelo Déda terá que mostrar que é bom de voto diante de tão forte oponente. Até agora, as candidaturas de Déda foram um verdadeiro passeio, mas enfrentar João Alves não é coisa para principiantes.
Em 1998, quem não lembra!, o atual governador quase ganha a eleição para o governador à época, Albano Franco, sem dispor de recursos suficientes para a campanha e depois de passar por um longo período no ostracismo. Deu um baita susto, perdendo por apenas 73 mil votos de diferença. Situação bem diferente de agora, pois está no poder e vem trabalhando em várias frentes de forma descomunal. Haja vista o seu crescimento nas pesquisas.