Na semana que passou o governador João Alves Filho (PFL), adotou uma série de medidas e posições públicas que sinalizam na direção de sua candidatura à reeleição. Foram atitudes simpáticas à opinião pública e também fez afagas nos petistas e seus aliados. A primeira delas foi quando na prática desautorizou alguns de seus liderados a agirem de forma inábil e explicou, em entrevista na TV Atalaia, porque se faz necessário o empréstimo de R$ 100 milhões para conclusão das obras da ponte sobre o rio Sergipe.
Ao contrário dos ataques “intimidatórios”, o governador foi direto ao assunto: “podem ficar tranqüilos que os recursos para conclusão das obras estão alocados, mais se conseguirmos este empréstimo junto ao BNDES, usaremos o dinheiro já alocado para a ponte, para fazer outras obras que tão são prioritárias”, e elencou algumas destas obras. O objetivo do empréstimo pode até ser outro, mais o tom democrático e transparente deixa a população mais confiante nas ações do governo que quando é usado o estilo “ataque intimidatório”.
Outra medida anunciada pelo governador foi o anuncio do cancelamento da licitação para construção do “Parquetec”. Embora a decisão tenha sido posta em prática sob um turbilhão de suspeições, no frigir final dos ovos, o governo parece ter saído ganhando junto a opinião pública.Para completar, desafiou o empresário Luciano Barreto, da Celi, autor da suspeição sobre a licitação que havia sido ganha pela Queiroz Galvão, a executar a obra pelo valor que havia declarado: R$ 35 milhões.
Por fim, o governador João Alves, cancelou a reunião do PFL nacional que aconteceria em Aracaju no mesmo dia da visita do presidente Lula à capital sergipana. Evitou o confronto e buscou a negociação. Parece ter conseguido, não só vantagens financeiras para o Estado, como também algumas simpatias no campo popular. Aos aracajuanos em particular, no entanto, João Alves e seu governo, continuam devendo uma solução rápida e duradoura para a falta de água. Falta d’água alias, que tem lhe rendido uma grande impopularidade em quase todos os segmentos econômicos e sociais da capital sergipana.
José Araújo é jornalista