João dorme no ponto

O prefeito João Alves Filho (DEM) perdeu uma grande oportunidade para ficar bem com a sociedade, que foi às ruas exigir uma série de benefícios, entre os quais a redução da tarifa dos ônibus. Em vez de ouvir o clamor popular, o demista preferiu agradar os empresários do setor e manter parte do reajuste concedido às passagens. Resultado: dormiu no ponto e foi atropelado pela decisão da juíza Simone Fraga que, liminarmente, suspendeu o exagerado aumento, mandando que o preço da tarifa volte a ser R$ 2,25. Os usuários do sistema de transporte coletivo ainda acham este valor elevado, pois pela má qualidade do serviço a tarifa deveria ser de R$ 1,92%. Tomara que, depois dessa refrega, João Alves opte em ficar com o povo em vez de recorrer contra a acertada decisão judicial.

Paulada

E quem está sorrindo de orelha a orelha é o deputado estadual Venâncio Fonseca (PP). Ele comemorou muito a decisão do Pleno do Tribunal de Justiça proibindo a cobrança de estacionamento pela Universidade Tiradentes. A instituição de ensino teve rejeitado o mandado de segurança contra a Lei 7.595 de autoria do deputado e que proíbe instituições cobrarem estacionamento.

Pés no chão

Antenado com a voz rouca das ruas, o governador Jackson Barreto (PMDB) cancelou ontem a licitação para alugar um helicóptero visando o transporte de pacientes atendidos pelo SAMU. Segundo Jackson, o governo tem outras prioridades, a exemplo da compra de insumos e medicamentos para a rede estadual de saúde. Certíssimo!

Voltou atrás

Assustado com a repercussão negativa sobre a rejeição da PEC proibindo que candidatos a senadores escolham como suplentes parentes de sangue, o Senado voltou atrás. Menos de 24h após a nefasta votação, os senadores aprovaram ontem PEC idêntica à rejeitada. O único senão é que o projeto aprovado ontem permite aos suplentes o direito de “herdar” permanentemente o mandato dos titulares. Valeu a gritaria contra a mamata!

Bom exemplo

O prefeito de Canindé, Heleno Silva (PRB), promete reduzir de 11 para oito o número de secretarias municipais e enxugar a folha de comissionados. Segundo ele, os tempos são outros e os gestores precisam adequar a máquina administrativa à realidade nacional. Taí um bom exemplo a ser seguido pelos demais prefeitos sergipanos e até mesmo pelo governo estadual.

Medo

Com medo de depredações ao patrimônio público, o prefeito João Alves Filho determinou o fechamento nesta quinta-feira da sede da Prefeitura de Aracaju. Entrevistada pela rádio Ilha/FM, a secretária da Defesa Social, Georlize Teles, disse que pelo Facebook foram feitas ameaças de depredação durante a greve geral organizada para hoje.

Meia boca

Por conta da greve geral desta quinta-feira, comércio, indústrias e o serviço público funcionam a meia boca. Muitas lojas só vão abrir no período da manhã e as repartições públicas estarão desfalcadas daqueles servidores que aderiram ao movimento convocado pelas centrais sindicais. O sistema de transporte coletivo da grande Aracaju também deve operar com um número menor de ônibus, pois as empresas temem depredações.

Bem melhor

O diretor Corporativo e de Serviços da Petrobras, Zé Eduardo Dutra (PT), esteve no Hospital Sírio Libanês e ficou satisfeito com a visível recuperação do governador licenciado Marcelo Déda (PT). Dutra postou no twitter ter ficado “feliz ao encontrar @MarceloDeda muito animado. Demos uma boa caminhada pelo corredor. Só faltou uma bola, embora ele seja um perna de pau”.

Boa grana

O governo de Sergipe está comemorando o despacho do ministro da Fazenda, Guido Mantega, para o estado contratar os empréstimos relativos ao Proinveste. O programa prevê o acesso a R$ 567 milhões, dos quais R$ 428,7 milhões serão destinados ao financiamento de obras estruturantes em diversos municípios sergipanos. O restante será utilizado para amortizar dívidas já existentes. Legal!

Do baú político

A coluna se socorre com o jornalista Sebastião Nery para publicar mais um baú político. Em seu livro “350 Histórias do Folclore Político”, ele narra o seguinte fato: “Derrotado por Jânio na convenção da UDN, Juracy Magalhães exigiu, para não dividir o partido, que o candidato a vice-presidente fosse o senador Leandro Maciel. Jânio engoliu Leandro. Um mês depois, renunciou à candidatura, deixou a direção da UDN em pânico. Explicava: ‘Eu não posso carregar esse ataúde de chumbo’. E só voltou quando Leandro foi trocado por Milton Campos. No fim da campanha, Jânio passou por Aracaju e se hospedou exatamente na casa de Leandro. Apareceu na sala uma garotinha de cinco anos, muito viva, Ana Zulmira. Jânio a suspendeu nos braços, tirou a vassourinha dourada da lapela e deu à garota. A menina não aceitou: ‘Não quero não. Depois que o senhor fez aquela sujeira com o vovô Leandro, passei para o Lott. Agora só quero espada’”.

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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