JORNAL NACIONAL QUER MUDAR William Bonner e Fátima Bernardes voltaram de férias e querem mudar a cara do Jornal Nacional. Entraram ontem, 23, no ar, com sangue no olho. Depois das declarações de Bonner, um exímio estudante da USP e diga-se de passagem, um gentleman por excelência, capaz de mandar abaixar o ar condicionado a menos três, para dar conforto ao seu entrevistado, nos bons tempos em que apresentava o Jornal da Globo, de que o público do JN é comparável à Hommer, personagem dos simpsons, ele voltou para, pelo menos consertar o desconforto que ganhou notoriedade em todas as publicações de opinião do país. Mesmo sabendo que a mídia dominadora, às vezes cria apartheids sem sentido, convertendo o pessoal em público e discriminando pessoas e notícias que poderiam mudar modos, costumes e idéias ou mesmo provocá-las, num aparente espetáculo do aético, ou numa mitificação de pessoas que são, de uma hora para outra, transformadas em celebrites, ditam moda, dizem frases do tipo “vocês vão ter que me engolir” e a mídia divulga como frases de Aristóteles, o JN quer mudar. Querer mudar já é um passo. Pelo menos aparenta. Ontem, abriu a manchete com um acidente grave que vitimou dezenas de pessoas, depois uma criança que se salvou, entrou logo após Zileide Silva, de Brasília , e Bonner deu crédito à sua fala quando o Jornal voltou pra ele e pasme(!) uma entrevista, ao vivo, sobre as filas da previdência, mostrando um jornal mais ágil, preocupado com o público, com a população, ainda que a dos Simpsons. O Jornal alcançou mais firmeza quando entrou a história do campeão do sertão, numa matéria produzida e com um texto off que só jornalistas do porte de Marcos Uchoa, Edney Silvestre, Beatriz Thielmann e Neide Duarte, dentre outros, têm, onde o significado de comer uma lazanha para aquele que só tomava café com farinha, era maior que os nossos medos, traumas, complexos, num Brasil de desiguais. O Jornal Nacional com isso, ganhou aliados. Fez o seu papel de mostrar uma transformação humana com sentido. Provando que a mídia, pode realizar o seu papel – longe da crueldade que dizima o mundo.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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