Sendo recorrente, sempre disse em meus artigos que o acordo entre o PFL, de João Alves, e o PSDB, de Albano Franco, já estava fechado há algumas semanas. Na realidade, só não houve até agora um anúncio formal das partes por existir um único ponto de discordância: a exigência da vaga a ser aberta no TCE (Tribunal de Contas do Estado) para o PSDB.

O ex-governador Albano Franco precisa da vaga de qualquer maneira para acomodar os ânimos em casa, já que sua indicação recai sobre a pessoa de ninguém menos que a ex-primeira-dama, Leonor Barreto Franco. E todos sabem que, apesar do momento difícil por que passa o casal, a presença de Leonor na vida de Albano continua sendo de grande influência na hora das decisões políticas e empresariais da família. Até hoje, todas as decisões por ele tomadas sem a interveniência dela foram fadadas ao insucesso.

E isso é facílimo de explicar: Leonor é daquelas mulheres inteligentes, vibrantes, decididas. Uma pessoa de temperamento forte – é bem verdade – mas de visão apurada. Sabe o que quer e conhece as pessoas que a cercam, distinguindo o joio do trigo. Uma figura-chave na carreira de qualquer político que se preza. Em se tratando de Albano Franco então, indeciso por natureza, Leonor sempre teve papel vital. Portanto, a indicação da ex-primeira-dama para a vaga do TCE será, sim, o reconhecimento do valor de uma grande mulher que, ao longo de sua história, sempre dignificou Sergipe.

Para quem não lembra, Leonor Barreto Franco presidiu a LBA (Legião Brasileira de Assistência) em Sergipe, chegando à presidência nacional, de onde foi alçada à condição de ministra da Ação Social do Governo Itamar Franco. Um currículo pra lá de invejável que a credencia, indubitavelmente, ao cargo.

Quero crer, portanto, que a discussão com o PFL sobre a vaga do conselheiro Hildegards Azevedo, no TCE, acabará com final feliz, selando uma perfeita união entre as partes.