Licitações polêmicas

Todo mundo concorda que precisa ter, com o gasto do dinheiro público, a maior transparência possível, afinal de contas, é NOSSO dinheiro que está sob tutela de gestores que nos representam. Sendo assim, adquirir serviços ou produtos com dinheiro público deve, obrigatoriamente, passar por um processo que chamamos de licitação. Na semana passada uma licitação do CNJ na área de informática foi notícia nos principais meio de comunicação, principalmente, pelo valor em questão (68 milhões).
Entretanto, gostaria de levantar a seguinte questão: até que ponto os gestores devem ter a possibilidade de escolher o produto/serviço que se deseja? Na área de informática (e em várias outras) é a qualidade que mais importa, em detrimento do preço. Pensando dessa forma, não tem sentido comprar, por exemplo, uma máquina que é reconhecidamente de uma qualidade inferior se comparada a outras marcas. O que fazer nesse caso? O que se faz é uma modalidade de licitação onde o preço não é o único fator de escolha. É neste ponto que mora o perigo! Quando se faz uma licitação por técnica e preço, é possível colocar itens que direcionem para um determinado fabricante/fornecedor. Foi o que aconteceu com a licitação do CNJ. O objeto do contrato era a aquisição de um banco de dados. Nessa modalidade temos, sendo generoso, uma meia dúzia de fornecedores. Tecnicamente, o banco de dados da empresa Oracle tem algumas vantagens sobre seus concorrentes e algumas funcionalidades que o tornam hoje (aos olhos do mercado) o melhor produto disponível. Provavelmente, foi pensando assim que os gestores optaram pelo Oracle e “direcionaram” a licitação para esse banco de dados.
Pensando no mundo ideal, seria correto o CNJ escolher Oracle para armazenar seu dados? Ou teria que fazer um processo mais flexível e permitir que outros bancos, como o DB2 (IBM) ou SQLServer (Microsoft), tivessem a chance de participar? O que muita gente alega é que nem sempre o direcionamento é feito com as melhores intenções e sim para favorecer um determinado fabricante. É possível? Claro, nós estamos no país onde a Lei de Gerson (levar vantagem em tudo) é cultivada e, por incrível que pareça, ser honesto é a exceção.
O que fazer então? Não acredito que deixar que os Tribunais de Contas emitirem pareceres seja a melhor opção, já que normalmente são questões muito técnicas. Usar software de código fonte aberto? Talvez, mas não se aplica a todos os casos. Nã é uma questão fácil. O que você faria?

Cuidado com os posts

É claro que muita gente (incluindo governos) já sabe como monitorar o que se passa no Twitter e no Facebook, Aqui mesmo, na coluna, já tinha alertado sobre o cuidado que se tem que ter com o que se posta nas redes sociais. Veja o que aconteceu: um turista britânico postou no twitter, em tom de brincadeira, que iria “destruir a América”. Não deu outra, a Homeland Security (algo como, departamento de segurança doméstica), prendeu o dito-cujo assim que ele desembarcou em solo americano. Saldo de tudo? Ficou preso 12h, algemado e deportado. Depois não diga que avisei…

HP
Depois de dois fracassos com notebooks da HP tomei a decisão de não comprar mais nada da famosa marca. Entretanto, acabei comprando uma impressora (afinal de contas, a parte de impressoras da HP trabalha como se fosse uma empresa separada do restante dos seus produtos) modelo deskjet 3050 wireless. Muito boa! O único defeito: disse que o cartucho, que veio com ela, não é original. Como assim? A própria HP está mandando recarregar os cartuchos?

Apple Store

E o Brasil não tem jeito mesmo. Se não fosse pouco termos os carros a preços bem salgados, a Apple Store brasileira foi apontada como a mais cara do mundo. Para chegar a essa conclusão, o estudo somou o preço dos cinco produtos mais vendidos pela loja (iPad 2, MacBook Air, iPod Touch, MacBook Pro e iMac) e tirou a média. Resultado? Média brasileira = 1386 dólares. Média americana = 819. E olhe que a App Store americana nem foi a mais barata. Assim não dá para ser feliz!

Tweets da semana

@jsantana61 Qdo é que os taxistas vão aprender que o rádio só deve ser ligado se o passageiro pedir e na emissora da preferência dele (do passageiro)?

@_unit_ Cinco perguntas que devem ser feitas antes de abrir um negócio: http://migre.me/7Gsbm

@PartidoPirataBR A Oi criou um twitter de emergência p/ responder as críticas da campanha #oicontraqualidade e está respondendo todos tweets. Deu resultado!

@claryanne Instalei a app "Brasil em Cidades" com informações sobre os municípios muito interessante, fácil acesso e democratização das informações.

@sbcbrasil #Portal_SBC Open Education Week http://tinyurl.com/7wz39vg

Vou ficar por aqui. Não deixe de colocar seu comentário na coluna ou mande um tweet para @ammenendez.

Até a próxima!

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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