LIVRO CONTA HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DA FACULDADE DE MEDICINA

Testemunha ocular da história, o professor e cientista Eduardo Garcia lançou nesta sexta-feira, 30

Capa do livro de Eduardo Garcia
de maio, na sede da Academia Sergipana de Letras, o livro “Antonio Garcia Filho e a Faculdade de Medicina de Sergipe – Criador e Criatura”. Expressivo público compareceu ao lançamento, apesar da forte chuva que caiu na capital sergipana no início da noite. A solenidade foi comandada pelo Presidente da Academia Sergipana de Letras, José Anderson Nascimento e pelo Reitor da UFS, Josué Modesto dos Passos. Ao evento, estiveram presentes membros da Academia de Letras e de Medicina, dirigentes, professores e funcionários da UFS, intelectuais, jornalistas, alunos  e familiares do Prof.Eduardo Garcia. Destaque para a presença de médicos das primeiras turmas da Faculdade, que somente obteve o reconhecimento oficial do Ministério da Educação em 1966, cinco anos após a sua aula inaugural. Representantes do MAC – Movimento de Apoio Cultural “Antonio Garcia Filho” abrilhantaram a sessão com declamação de poemas do saudoso médico e criador do movimento que democratizou a Academia de Letras – o MAC, Antonio Garcia Filho, que em vida foi um homem à frente de seu tempo, com realizações arrojadas, só para citar o Museu Histórico de São Cristóvão, o primeiro serviço de reabilitação física de Sergipe, o Centro de Reabilitação “Ninota Garcia” e a sua maior realização, sem sombra de dúvidas, que foi a fundação da Faculdade de Medicina de Sergipe em 1961 que de então até os nossos dias, já formou mais de 1.200 médicos, muitos deles hoje professores da própria Universidade. No livro, Eduardo deixa claro que a fundação da Faculdade só foi possível graças à determinação de Luiz Garcia, governador do Estado e ao trabalho dedicado, incansável e efetivo de Antonio Garcia. Revela de forma insofismável, com documentos da época, que a parceria do Hospital de Cirurgia com a Faculdade de Medicina foi muito vantajosa para os dois segmentos. Mostra ainda o esforço para trazer professores de outros Estados e até do exterior, para viabilizar o ensino das disciplinas básicas. O que trouxe mais dificuldades para a consolidação da Faculdade de Medicina nos seus anos iniciais não foi a oposição de uns poucos, praticamente inexistente, mas a indiferença e o imobilismo de outros, escondidos nas trevas do egoísmo e da vaidade. Criaram-se resistencias de todos os tipos e soluções aparentemente simples tornavam-se problemas incontornáveis.

No seu pronunciamento, o Reitor Josué Modesto manifestou o orgulho da entidade pelo lançamento da obra, que conta detalhes da fundação da Faculdade que foi fundamental para a criação da nossa Universidade, que em 2008 comemora seu quadragésimo aniversário de fundação. A obra do acadêmico Eduardo Garcia é oportuna e deixa para as novas gerações uma informação real dos fatos acontecidos na época, para que não permaneçam dúvidas sobre a atuação de cada segmento, naquele que foi a maior momento da Medicina de Sergipe em todos os tempos: a Faculdade de Medicina, sonho acalentado e perseguido por muitos médicos mas somente concretizado graças à obstinação, luta e competência de Antonio Garcia Filho.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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