Maceió (AL) – Renda-se ao artesanato alagoano

A capital alagoana é considerada o Paraíso das Águas por disponibiliza a quem dela desfruta de dias

Peças de filé no Pontal da Barra
de lazer muita diversão, quer seja em suas praias de águas esverdeadas, quer seja em suas lagoas.  A cidade fica a pouco mais de 238km de Aracaju e para chegar lá, tem-se como companheira a estrada litorânea, passando por cidades como Penedo, Piaçabuçu e diversas praias como o Pontal do Peba, Lagoa do Pau, Barra de São Miguel e Francês.

É de confirmar que a estrela do turismo alagoano são suas praias e a satisfatória culinária à base de frutos do mar, por conseguinte a vedete deste verão é o artesanato e tem atraído visitantes de todas as partes do país em busca da variedade e das cores das peças de filé, labirinto, bilro e renascença.

Madeira, linha, cabaça, palito de fósforo, barro, papel machê, casca de coco, palha, tudo se

Palitos que viram arte nas maõs de Arlindo Monteiro
transforma em arte nas mãos dos habilidosos artesãos de Alagoas, principalmente no Pontal da Barra, bairro onde se concentra rendeiras que abastecem o comércio de coloridas peças de file.

Da madeira nascem os santos; das linha, o bordado filé; da cabaça, o bumba-meu-boi. Do barro criam-se bonecos; do papel machê surgem santos e personagens do folclore; da palha, bolsas e luminárias; da casca de coco, luminárias; dos palitos de fósforo nascem o folguedo do guerreiro.

Para conhecer melhor o artesanato produzido em Maceió basta visitar os principais núcleos de produção. O bairro do Pontal da Barra, localizado no litoral sul de Maceió, é o destino para desvendar os segredos do mais típico artesanato alagoano: o filé – uma renda milenar passada de mãe para filha.

A principal ferramenta do bordado é uma rede de pesca estendida no tear onde as mãos ágeis das

Palitos de fósforo de Arlindo Monteiro
mulheres, usando agulha e linhas coloridas, tecem a trama do filé em vestidos, saias, toalhas, jogos americanos e cortinas.

Existem mais de cem pontos no file. Entre os mais comuns estão o cerzido, o jasmim, a rosa de oito, o aranhão-de-todas-as-pernas, a atrevida, o olho-de-pombo, o besourinho. Depois de tercido, o filé está presente em peças de vestuário, mesa, cama e banho.

Nas casas do pequeno Pontal da Barra – um dos bairros mais antigos da capital alagoana – o colorido fascinante do filé veste janelas, portas e varais, além de gerar renda para cerca de 800 mulheres, dessas, 392 são rendeiras da Associação dos Artesãos do Pontal com idades que variam dos seis aos 80 anos. Além das mulheres, os homens também dominam o ofício do file no bairro do Pontal da Barra.

Arte da culinária no Porto da Barra

O  Mercado do Artesanato, também chamado de Shopping do Artesanato de Maceió, localizado no bairro da Levada, próximo ao centro da cidade, é uma das vitrines da arte popular produzida em Alagoas. Em aproximadamente 250 lojas são encontrados os mais variados tipos de artesanato, como cestaria, bonecas de pano, cerâmica, madeira, bordados, renda, couro, redes, esculturas de palitos de fósforo, entre outros trabalhos de artesãos.

O escultor dos palitos de fósforo é o artista Arlindo Monteiro, que encontrou no Mercado do Artesanato o cantinho sagrado para criar sua arte de palitos.

Mesmo depois de conquistar as telas da Rede Globo com os personagens feitos de palitos para a

Praia de Pajuçara onde acontece a feira
novela a Cor do Pecado, ele não deixou o lugar. Sua arte é um dos cartões-postais do mercado. Os turistas logo se encantam quando chegam à loja do seu Arlindo. Alguns, além de comprar, enviam palitos do Japão, da Itália, da França e da Argentina de presente para o artista.

A Feira de Artesanato da Pajuçara (Feirinha da Pajuçara) também é um dos pontos procurado por turistas, ávidos por comprarem peças alagoanas. Com uma grande estrutura montada à beira-mar, possui cerca de 200 lojas, que ofertam artigos do artesanato local e regional, além de bijuterias, roupas, artigos decorativos e souvenires, porém, a feira mistura artesanato tradicional com bugiganga, descaracterizando o típico artesanato nordestino.

Pertinho da Feirinha de Pajuçara fica o Pavilhão do Artesanato. O local possui cerca de 100 lojas com produtos da região Nordeste, além de infraestrutura, como restaurantes e sanitários. No pavilhão tem artesão esculpindo santos de madeira. Outro destaque é o artesanato de cabaça, que vira luminárias e os famosos bumba-meu-boi, o folguedo mais popular de Maceió que se apresenta nas prévias carnavalescas.

Não esqueça. Render-se aos encantos da arte maceioense é como uma obrigação.  Também curtir o passeio de jangada, esqueçer do passeio no centro da cidade e agitar na noite em um dos trapiches do velho Jaraguá. Restaurantes estrelados fazem também da noite alagoana uma agradável diversão gastronômica. A dica é relaxar e ir as compras.

Fotos: Secretarias de Turismo Estadual e Municipal

Na Bagagem

“Elegância Uruguaia” é a matéria de minha autoria publicada na revista de bordo da TAM “Nas

Montévideu
Matéria fala sobre a capital uruguaia
Nuvens”. O texto foi publicado na edição deste mês e mostra um pouco da Ciudad Vieja e das tradicionais ramblas, com fotos clicadas por mim.

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A discussão que permeia a abertura dos museus e igrejas de São Cristóvão (SE) voltou à tona no feriado do dia 15 de novembro. Quem procurou conhecer a cidade frustrou-se. Prédios patrimônio histórico da humanidade estavam fechados. Outros pontos turísticos da cidade também precisam ser reativados e restaurados, a exemplo da bica e do cristo.

Pirambú (SE) também precisa urgente de melhorias em sua estrutura turística. Ruínas do terminal turístico continuam entregues ao descaso e a orla da cidade já começa a sofrer com a falta de manutenção.

Hotéis de Aracaju continuam com boa taxa de ocupação. A previsão é que neste ano a alta temporada chegue mais cedo. As facilidades em adquirir pacotes internos, o aumento do poder aquisitivo do brasileiro e a concorrência entre operadores e empresas aérea têm surtido índices positivos no mercado interno.

Passaporte

Florença – Toscana

A cidade de Florença passa por um rejuvenescimento cultural e artístico. O prefeito Mateo Rezzi (33)

Piazza de la Signoria é a mais importante
tem empregado sua juventude para atrair eventos, fechar ruas para pedestres e convergir o agito de outras províncias italianas para o centro da região da Toscana. A frente do Duomo está fechado para carros e a piazza de Santa Maria Nouvelle também. Famosa pelo renascimento, os prédios milenares passam por restauração e a auto-estima dos florentinos tem deixado a cidade com um ar bem mais atraente.

Fotos: Silvio Oliveira

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