A partir de amanhã, 15 de agosto, começa o horário político gratuito no rádio e na televisão. Uma imposição da lei que permite, de forma quase democrática, que candidatos majoritários e proporcionais de todos os partidos digam – em dialeto próprio – o que pretendem fazer com seus mandatos, caso eleitos. Um espaço em horário nobre para “marqueteiros” mostrarem como são criativos…E do que são capazes.
Os programas na mídia eletrônica são imperdíveis para quem trabalha com marketing político. Vê-se de tudo. Primorosos, bem editados e estrategicamente elaborados, dão um verdadeiro show de criatividade e tecnologia. E vendem, como nunca, a imagem dos profissionais escalados para tal serviço. Nada mais do que um portfólio eletrônico de gabarito, capaz de alavancar qualquer carreira e engordar contas bancárias.
Para que se tenha uma idéia da importância atribuída à chamada “Guerra na TV”, só em Sergipe, este ano, foram contratados a peso de ouro grandes nomes do marketing político para comandar os trabalhos. O PDT, de João Fontes, por exemplo, escolheu o competente publicitário Paulo Gusmão, da Total Propaganda, para cuidar dos seus parcos 120 segundos diários no rádio e na TV. O PT, de Marcelo Déda, como de costume, escalou o experiente e respeitado publicitário Carlos Cauê (ex-secretário da PMA). E o PFL, de João Alves, designou o pernambucano José Nivaldo, da Makplan, para tocar a campanha eletrônica.
Como de praxe, a estimativa de custo dos programas foi às alturas. Mas ficou diretamente proporcional à capacidade criativa dos contratados e ao “Caixa 1” (caixa hummm!) dos partidos. Cifras que beiram à casa dos R$ 5 milhões.
Mas que mal há nisso? Como diria uma grande estrela do marketing político nacional, hoje avesso à mídia, elas são justas e perfeitamente legais…
Bem legais mesmo!