O Metaverso é um universo virtual que tenta replicar a realidade através de dispositivos digitais. É um espaço coletivo e virtual compartilhado, constituído pela soma de realidade virtual, realidade aumentada, redes sociais, criptomoedas e internet.
A realidade virtual não é algo novo, existem vários jogos que apostam nisso. No entanto, acredita-se que a pandemia provocou mudança de comportamentos que pode ter antecipado uma revolução tecnológica. E abriu um campo econômico em que é possível ganhar dinheiro no virtual e utilizá-lo no real.
Ficamos bastante tempo em casa e passamos a questionar o quão produtiva é a experiência virtual. Num evento presencial, enfrentamos problemas reais como filas, tempo e custo de deslocamento que poderiam ser resolvidos com uma experiência virtual de forma mais simples, como obter o mesmo conteúdo de palestras de forma digital em casa, sem todo esse stress de engarrafamentos, por exemplo.
Avaliando este tipo de situação, a nova empresa de Mark Zuckerberg (META), detentora do Instagram, Facebook e WhatsApp, está testando espaços para reuniões virtuais, mediadas por avatares, um recurso que também vem sendo testado pela gigante Microsoft em sua plataforma Teams.
Muitas especulações e dúvidas são levantadas quanto ao Universo Virtual, até porque as promessas de um futuro virtual realista e ao alcance de todos esbarra também em questões de privacidade e segurança cibernética.
Em contrapartida, as promessas são de ambientes e experiências com diversas possibilidades, além de mais experiências híbridas em estádios, shows, eventos e feiras de negócios. Este último já é realidade em mercados em que a tecnologia está mais avançada.
Já é realidade
A pergunta que me fizeram é “Isso tudo é um surto coletivo ou as pessoas irão mesmo se adaptar e adotar este novo Universo?” Como especialista em Webjornalismo, Mídias Digitais e Novas Tecnologias, acredito que estamos vivendo uma repetição do ciclo da internet. Muita gente dizia que não ia acontecer, mas se tornou realidade.
Acredito que o Metaverso não ocorrerá num processo linear, mas num ciclo parecido com o da Internet: ela surgiu, tivemos uma grande animação, a formação de uma Bolha (Bolha das empresas.com em 2001), depois ocorreu o estouro da Bolha Finaneira e, com a disseminação da tecnologia, mesmo com a elevação dos preços, a Internet virou a realidade onde todos estamos inseridos.
Acredito que o mesmo ocorrerá com este Universo Virtual. Teremos uma “animação”, depois será formada uma bolha financeira e inovação tecnológica e usabilidade será tão disseminada que vai haver uma hora em que tanta gente estará usando que, se você não usa, tem um prejuízo social, assim como é a rede social hoje em dia.
Do mesmo jeito que achamos estranho uma pessoa não ter rede social atualmente, o mesmo acontecerá com outras tecnologias do futuro. Um efeito de rede: quanto mais gente usa, mais gente quer usar.
Partindo do princípio de que o Metaverso é a direção para um ponto comum entre os mundos real e virtual, todas as áreas de criação que hoje já compõem o ambiente digital tendem a se beneficiar.
Mas é preciso ressaltar que o usuário que decidir participar desse mundo virtual tenha plena consciência de que ficará mais vulnerável no que se refere à sua privacidade e dados pessoais e saiba o quanto estará disposto a correr esse risco.
Mas este é assunto para o próximo post!