Após passar por toda aquela maratona para deixar a sua empresa formalmente constituída e legalizada perante aos órgãos oficiais, tais como Junta Comercial, Receita Federal, Prefeitura, dentre outros que se façam necessários, você depara-se com um momento crucial para o seu empreendimento: a hora de arregaçar as mangas e fazer o seu sonho de ser dono de um negócio próprio e bem sucedido virar realidade. É então que você se assusta diante de sua nova situação, pois o mundo dos negócios é, na maioria das vezes, muito diferente do que foi inocentemente imaginado. A concorrência é torpe e acirrada; os consumidores são extremamente exigentes e não toleram falhas; os fornecedores não vão vacilar para protestar os títulos atrasados de sua empresa, nem tampouco cortar o crédito que ela porventura tenha junto a eles. Além disto, no Brasil há uma altíssima carga tributária, inúmeros impostos diretos e indiretos, taxas diversas, contribuições e outras tantas obrigações que, antes de chegarem os boletos para o devido pagamento, você nem supunha que existissem. Diante de tantas barreiras, você se pergunta o que vai fazer para não ver todo investimento de tempo e dinheiro, além de suas esperanças e sonhos depositados na formação de um negócio próprio, serem ceifados pelas agruras de um mercado tão hostil. A resposta para a sua indagação é planejar. Logo, você deve planejar cada ação que sua empresa irá empreender em curto, médio e longo prazo. Segundo estudos realizados pelo SEBRAE (2004), trinta por cento dos novos empreendimentos fecharão suas portas no primeiro ano de existência e outros trinta por cento, em até cinco anos de funcionamento. No rol dos principais motivos para as empresas se enquadrarem nas tétricas estatísticas de fracasso, está a falta de planejamento. Os empreendedores que não deram certo preferiram agir por impulso e tomar decisões baseadas no empirismo, apagando um incêndio por dia, resolvendo tudo no improviso e tiveram como resultado do seu amadorismo o insucesso empresarial. Como você deve ter percebido, se você pensa em montar um negócio próprio e administrá-lo de formar profissional, existe a necessidade de se proceder a um planejamento prévio de todas as atividades que sua empresa vai desenvolver, bem como do mercado em que ela estará inserida. A partir deste planejamento, você poderá determinar cenários prospectivos através dos quais sejam simuladas diversas situações que poderão afetar a sua empresa positiva ou negativamente. Os cenários deverão versar, pelo menos, sobre os seguintes tópicos: · Marketing: Principalmente no tocante às formas de produto, preço, localização, promoção, conveniência e necessidades dos clientes; · Finanças: Abordando inicialmente a necessidade de capital de giro, a taxa de retorno do investimento e o fluxo de caixa. A boa saúde financeira é primordial para toda empresa e exigida pelos bancos no caso de qualquer tipo de crédito ou financiamento; · Gestão de pessoas: Por ser o principal ativo da empresa, chamado ativo intangível ou capital intelectual, este tópico deverá ter atenção especial. · Clientes, concorrentes e fornecedores: Estes “stakeholders” são a interação da sua empresa com o ambiente externo, sendo os pontos chaves de sua estratégia empresarial. É importante frisar que se o planejamento não lhe garante efetivamente o sucesso de seu empreendimento, no mínimo, irá aumentar significativamente as chances dele ser bem sucedido, ajudando a sua empresa a se preparar para as incertezas do futuro e responder de forma mais rápida às contingências que o mercado lhe impuser. E só um detalhe: não basta planejar, é preciso executar o que foi planejado, avaliar os resultados que foram alcançados e fazer as correções que forem pertinentes, pois, como disse Lair Ribeiro, no livro “O sucesso não ocorre por acaso” – você tem que mirar na lua, porque se errar, pelo menos estará entre as estrelas. Visite o site : www.cvw.com.br e mande a sua sugestão sobre novos temas a serem abordados pelo consultor.
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