Mosqueiro (SE) – Ilhotas e pôr do sol

A primeira foto é clicada ainda em solo, na recém-inaugurada orla Pôr do Sol. Por ficar bem acima do

Primeiro clique na orla Por do Sol
nível do rio, a balaustrada de pedra e madeira completa a rusticidade do local, proporcionado uma vista panorâmica da ponte Joel Silveira e um pouco do que o visitante irá encontrar na região: manguezais, vegetação inexplorada, além de ilhotas e pontas de areia. Mas esse é só o primeiro clique.

Embarcações tipo catamarã aguardam os visitantes para um descontraído e sossegado passeio entre manguezais.  Entre uma ilhota e outra, o guia explica que a região começa a ser desbravada turisticamente, surgem restaurantes e propostas de construção de um hotel, mas enquanto a especulação turística não chega, o bom mesmo é aproveitar a calmaria e relaxar na primeira parada: a Croa do Viral ou

Croa do Viral ou Ponta do Viral é só contato com a natureza
Ponta do Viral.

O banco de areia clara e de água verde-escura atrai cada vez mais adeptos do binômio “sol e água fresca”.  A dica é relaxar em um dos sombreiros à base de palha de coqueiro e banhar-se nas águas salobras, em meio a manguezais. O barulho que se ouve é somente da natureza e de poucos carros que chegam à Croa, através da rodovia José Sarney, quando a maré está baixa.

O papo está bom, mas é hora de embarcar novamente para conhecer mais uma atração da região: a Croa do Goré.  O percurso entre as ilhotas é de até 20minutos, mas compensa, pois o caminho percorrido mostra um

Croa do Viral ou Ponta do Viral
pouco das belezas do manguezal nativo e vegetação preservada, fazendo contraste com as belas mansões construídas às margens do rio, além da Ponte Joel Silveira. Se tiver sorte verá golfinhos acompanhando as embarcações.

O passeio é cronometrado para ainda chegar à Croa do Goré com a maré baixa, pois é lá que fica o famoso bar Fluturante, um típico estabelecimento que serve pratos à base de frutos do mar, além de bebidas. 

Os visitantes alojam-se em sombreiros incrustados na areia e quanto mais a maré sobe, mais vai tomando o espaço que é dela entre os sombreiros,

SPA natural na Croa do Goré
disponibilizando aos visitantes um verdadeiro SPA relaxante. A depender do horário que chegue, pode ser que tenha que despedir-se da ilhota bem mais cedo, pois a maré rapidamente mostra sua força, tomando conta do local.

Guarde espaço na memória da máquina fotográfica, pois mesmo que se despeça da Croa do Goré é hora de conhece e clicar a praia do Mosqueiro, uma pequena faixa de areia tomada por vegetação e que ainda preserva um ar de nativa. A especulação imobiliária já aportou e a faixa de areia num futuro bem próximo poderá ser apenas a frente de casas de veraneio. Enquanto não acontece, o bom mesmo é curtir a região bem ao comandar do tempo: devagar e sem pressa.

Dicas de viagem

Agências de viagem fazem passeios incluído o almoço, o catamarã e a ida e volta de Aracaju. Sempre procure uma agência de turismo e guias especializados e cadastrados no Ministério do Turismo. Faça parte da profissionalização do turismo em Sergipe.

Procure saber sobre a segurança das embarcações e se tem registro para funcionar. Não transforme um passeio em uma dor de cabeça. O catamarã Por do Sol é uma boa pedida e pode ser contatado pelo telefone (79) 8835-3580, (79) 3231-3580 (79) 9981-6946. O passeio custa em média R$ 25, por pessoa, sem almoço incluso.

Há passeio de catamarã para São Cristóvão, primeira capital sergipana, bem como a Ilha Mem de Sá.

Há diversos restaurantes de comida caseira e frutos do mar nos sítios da região e um deles têm especialidade em comida internacional. É só se informar.

Para completar o espetáculo, curta o Por do Sol da foz do Rio Vaza Barris na orla, ao chegar do passeio, mas não espere que  encontrará  bares na orla Por do Sol. Há apenas um e sempre está cheio, principalmente nos finais de semana.

Registros

Passeios entre manguezais

Praia do Mosqueiro

Vista do pôr do sol da orlinha

 

 

 

 

 

 

Fotos: Silvio Oliveira

Na Bagagem

Taxa de embarque mais alta

A Agência Nacional de Aviação (Anac) autorizou a Infraero a reajustar a taxa de embarque nos aeroportos do país em até 20% acima do teto atual de R$ 19,82. No Aeroporto de Aracaju a taxa passará de R$ 15,46 para R$ 16,23, a partir do dia 15 de março. O reajuste será de 5,26% e também engloba as tarifas para embarques internacionais.

Sergipe em alta

Os números indicam que a procura de turistas está em crescimento. De acordo com o Boletim de Ocupação Hoteleira, o fluxo estimado de turistas na rede de hotéis em Sergipe entre 2007 e 2010 foi de 750.964 mil ocupações, totalizando um crescimento de 32,81%. A procura também sinaliza a mudança do motivo da viagem, que era somente para negócios/trabalho. Hoje o Estado recebe também turistas de férias e lazer.

Tourfilm Brazil 2011

As inscrições para o Tourfilm Brazil 2011 acontecem até o dia 28 de fevereiro. O festival de filmes de turismo é a etapa da América Latina e Caribe do circuito mundial e premia 15 categorias técnicas e mais cinco específicas, entre spots comerciais de até 3min, filmes de divulgação de até 10min e documentários de até 60min. O evento acontece de 19 a 21 de maio de 2011, em Florianópolis.

Cursos Proagência II

O Proagência II – um convênio da ABAV e SEBRAE Nacional – oferece vagas para os cursos de Educação à Distância em “Gestão de Roteiros no Turismo Receptivo” e “Gestão de Empresas de Agenciamento e Operações Turísticas”. As inscrições são gratuitas e ocorrem até 4 de março no Portal da ABAV (www.abav.com.br).

 

Passaporte

Paris – França

Preferida entre 90% dos brasileiros que vão à Europa, Paris encanta não só pela bela torre Eiffel, pelo Sena ou Louvre, mas por todo um conjunto de monumentos, paisagens e diversidade de entretenimento. A praça da Concórdia ou a praça que delimita o Louvre com sua pirâmide

Place de la Concorde e seus monumentos egípcios.
são dois exemplos de que Paris não é por acaso a querida dos brasileiros. Para citar alguns dos lugares imperdíveis da capital francesa, as famosas pontes, o Dôme, o bairro Latino (Quartir Latin), o Jardim de Luxemburgo, o Palácio Real, a Notre Dame, a Sagrada Família e o nada familiar para os ocidentais bairro Pigalle, onde fica o famoso cabaré Molin Rouge. A Galeria Lafayette, a Opera, ou seja, uma infinita gama de pontos a serem visitados.

Fotos: Silvio Oliveira

Leitor em foco

“A profissionalização do Turismo Sergipano”

Por: Irma Karla F. Barbos/ Presidente do SINGTUR/SE

“A atividade turística em Sergipe tem crescido muito nos últimos anos. Embora de forma rápida, mas ainda pouco organizada. Apesar de possuirmos diversos segmentos de turismo: ecoturismo, turismo rural, turismo cultural, turismo religioso, turismo de lazer e turismo de negócios, pouco são explorados de modo a atender os mais variados públicos.

Aracaju, capital e portão de entrada do Estado, têm sido citada por turistas e imprensa especializada, como a pérola do Nordeste, pela organização e limpeza da cidade, pela simplicidade e hospitalidade do seu povo, pela segurança, sim, segurança, porque se fizermos um comparativo com as outras cidades do nordeste, estamos com um índice ínfimo.

Mas turismo não é somente alguns elogios de quem nos visita. É preciso muito mais. É preciso comprometimento do setor público e privado para o desenvolvimento de algumas ações como: infra-estrutura, sinalização turística, melhoria nas estradas, divulgação de seus produtos turísticos de forma a atingir um público alvo para cada segmento e acima de tudo organizar todo mercado turístico estadual através de regras e procedimentos das atividades de cada setor.  Quando citei, anteriormente, que poucos segmentos do turismo são explorados em Sergipe, é pelo fato de que muitas vezes, autoridades municipais e comunidade esperam que tudo seja feito pelo Governo Estadual. Cada um tem sua parcela de responsabilidade para o desenvolvimento da atividade turística. É o caso da parceria público/privada que ultimamente vem ocorrendo em nosso Estado, uma prova que temos muitos empresários com visão empreendedora, mas ainda existe alguns que precisam saber diferenciar o amadorismo do empreendedorismo visto que hoje a maioria das empresas turísticas primeiro divulgam o produto e só depois investem na infra-estrutura e na qualidade profissional; essa é uma das razões para tamanha deficiência no setor.  Acredito que já seja a hora de ser criada uma Lei Estadual com regras e procedimentos para exploração do Turismo Sergipano, muito embora tenha sido criada pelo Governo Federal a Lei Geral do Turismo, a mesma não consegue definir a competência da fiscalização. A clandestinidade no setor continua imperando. A criação da Lei Estadual com as regras e procedimentos do setor turístico, tais como: 1)Fiscalização dos transportes de turismo; 2) Cadastramento de todas as agências de viagens que trabalham na clandestinidade, que de certa forma, estão sonegando impostos; 3) Fiscalização da profissão de guia de turismo que é exercida ilegalmente por motoristas e funcionários das agências de viagens – caracterizando assim, exercício ilegal da profissão e falsidade ideológica (ambos previstos no Código Penal Brasileiro); 4) Cadastramento e Fiscalização da ocupação irregular da Orla de Atalaia – cada vez mais surgem vendedores ambulantes na área ocupando calçadas onde os turistas e famílias sergipanas disputam um espaço para fazer seu passeio ou mesmo sua atividade desportiva. E o que dizer da invasão dos estacionamentos públicos ocupado com Trailers ou Towners que demarcam território com mesas e cadeiras e ainda com toldos “horrorosos” sem uma devida padronização. Sinceramente, está parecendo uma favela, pois estão impedindo a visão da mais bela orla do Brasil. Todos nós somos contribuintes e temos o direito de chegar na orla e estacionar nosso veículo em seu devido lugar, mas infelizmente isto não está ocorrendo, devido a invasão destes vendedores ambulantes. Recentemente com a Feira de Sergipe, organizada pelo Sebrae, o que se viu foi os ambulantes que ficam em frente ao Centro de Arte e Cultura, terem se deslocado, deixando seus espaços vazios e abandonados,  ocupando o espaço em frente à entrada do referido evento. Um absurdo pois as pessoas disputavam um pedaçinho da calçada para entrar no evento.  Muitos deles já virou até um tipo de negócio, onde se consegue um espaço e depois vende e invade outro espaço. Sem falar que muitas vezes colocam uma barraca ou espaço para vários integrantes da mesma família. É urgente e imprescindível organizar o espaço da orla de Atalaia.  Acredito que este problema da ocupação irregular da orla só se resolverá com o envolvimento de todos os órgãos ligados à questão: MPE, Emsetur, Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social, e Polícias Civil e Militar (é quem tem o poder de se fazer cumprir a lei ou o acordo firmado). E depois desta tarefa de regularizar os vendedores ambulantes, faz-se necessário oferecer cursos de capacitação profissional, tal qual foi a realização no ano passado do “Sergipe de Braços Abertos” – Cursos de Qualificação Profissional para todo Trade Sergipano. Pode-se atrelar a ocupação regularizada com a participação em cursos de qualificação, como forma de melhoria no atendimento ao turista.

Sergipe tem um grande potencial natural e cultural para a prática do turismo; é preciso agregar valores a essa riqueza para que a atividade turística seja explorada de forma adequada para a captação de recursos financeiros tanto para o empreendedor como para a população local que se desenvolve econômica e socialmente com a prática do turismo no Estado ou em sua cidade local. ‘Vamos explorar o turismo e não o turista’.”

Contato: silviooliveira@infonet.com.br

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