A pergunta melhor seria: houve isso, realmente?
Porque Motociata é palavra nova.
É o mesmo que se pode dizer de carreata, sem ofender o ouvido e os dicionários, para um desfile de automóveis, agora empregado como novidade em um cortejo de motocicletas.
Motociata, portanto, não é coisa do outro mundo.
É desse mesmo!
O problema é que as coisas desse mundo podem, ou não, acontecer, desde que a “velha imprensa” assim o faça ou desfaça, a critério de seu editor.
Houve tempo, já distante, em que os jornais da extinta União Soviética eliminavam os vivos na história, retocando fotografias antigas, borrando e amputando o de não seu agrado.
E neste desagrado, ou mal agrado, a pergunta que melhor se impõe é: aconteceu no sábado passado, dia dos namorados deste pandêmico ano de 2021, em São Paulo, uma Motociata?
Houve isso mesmo?
Se houve, era para não existir, afinal até a CNN, que se esperava transmitir, preferiu fingir que nada acontecia nas rodovias da Paulicéia Desvairada até Jundiaí, coisa que nós daqui só o soubemos, porque três motos se chocaram, sem traumas maiores e piores ferimentos, restando também os emolumentos de três multas exaradas, contra o Presidente Bolsonaro, um dos seus filhos inseparáveis, e a terceira para Ministro Tarcísio de Freitas, por desfeitas de não portarem máscaras, nem estarem mascarados.
Desmascarados por menoscabos desnecessários, ou mais-que-necessários, a polícia não os prendeu, infelizmente, nem os algemou ou amordaçou, em milhares de cadeados e cadenas flautas, como bem o recomendam ainda os Decretos, Estadual e Municipais, destas duas cidades e circunvizinhanças, por estarem, estes indivíduos, assim marginais, gerando aglomeração em contamino viral, em perigosa propagação de rebanho.
Dizem que estes três ditos meliantes propagavam nova febre frutuosa, expansiva e alienante, de origem, não chinesa, mas “Bolsonariana”, para a qual ainda não há vacina.
O problema é que para conter tal virose não há terceira via a escolher.
Não há disponibilidade de uma morfina, cloroquina ou quinacrina, para enfiar a torto e a direito, no viso, no riso ou no raso, ou mesmo no reto, por rasgo direto, recomendado, mesmo quando o gorgolejo do povo não o permitir e o seu nasobucal resistir.
Porque é compulsória sua aplicação na população-alvo, sobretudo daquela que ali estava, indefesa e desprevenida,, assistindo a Motociata, por simples folguedo e curiosidade.
Mas se a Motociata não acontecera para os jornais e as TVs, a contaminação já o era em favas-contadas, a discussão se estendendo agora, à quantidade de motos no evento, contadas e numeradas.
Fala-se de 1,2 milhão: um exagero!
Como notícia boa não é o exagero, mas o exaspero que ela produz, na impossibilidade de o desfile não mais poder “des-acontecer”, bem valia a mais valia de apunhalar o léxico, vilificá-lo ou “despiorá-lo”, para melhor referi-lo ao mal gosto do desgosto, porque o desengano da vista, já diziam os do nosso aquém: “é furar os óios”.
E nessa dislexia seletiva, por repto de mal olhar, diz a crônica, dissertando números por agora, não haver na polícia e em outra perícia, expertise de mensuração para contabilizar a aglomeração de motos e de motoqueiros, por se tratar de evento novo, nunca acontecido em terras paulistas, necessitando de fotos ou filmes prévios, comprobatórios, retirados de altura responsável em máquinas idôneas, via satélite, já que nem na Lua, podia ser enxergado, uma vez que esta, por boemia própria e notívaga missão, cochila durante o dia inteiro, e só pela noite nos alumia.
Assim por falta de proveito melhor em confiabilidade, do milhão otimista exarado, lhe sejam retirados as eventuais euforias bolsonarianas, afinal nada neste vezo, deveria existir, nem por vexame!
Vexame, todavia, não foi a “Motociata”, nem os seus 1,2 milhão de motoqueiros exagerados.
Eles podem não ter chegado a tantos, digo eu, e do milhão lhe poderíamos bem capar muitos zeros, caindo do milhão para os milhares, o que assim já seria complicado, afinal não faltariam quem castrasse zeros a mais, amparado nas parcas imagens divulgadas, uma tentativa talvez de mitigá-la do milhar para a casas rasa das centenas: ou das dezenas, o que seria formidável!
Todavia, a julgar pelas multas exaradas, três somente, a Motociata fora vazia, um fracasso!, só com três flagrados, isso em duas motos, porque um foi visto no flagra, escanchado na garupa.
Já em outra garupeira, desta vez por garoupeira, barco tosco, de pesca usado sem aprumo, a CPI da Cloroquina, larga a vacina para investigar o “Gabinete Paralelo”, ou “das Sombras”, quando o sombrio e o asqueroso é o que dali azeda e rumina, averbado pelo chamado “G-7”, em pose de “Mata-sete”, pior que aquele “Frita-bolinho”, da canção saudosa de Kid Morengueira.
A CPI Embora não se sinta assim, em excesso de barangas, vem catando-ficha em própria rasteira, agora quebrando sigilos, infinitos de telefone, telemático, e do escambau, requisitando até, porque isso virá por via de desgravações de suspiros asmáticos até, acareações conferidas em polígrafos, e/ou, com soros de verdade, porque esse povo que ali investiga, é uma gente bem-falante e mal charlante, quando posa no televiso.
Como ali não há escroque, o que não falta é xeroque de Sherlock, que nem pensaria Sir Conan Doyle, nem Agatha Christie escreveria em pior horror para o Hercule Poirot, sem lupa, sem bigode ou sem casquete, e sem baforadas de cachimbo.
E, por pior: sem crime!
Nesse contexto, ali se busca o “abominável homem das neves”, King Kong, sem uma loura para babar, o Monstro da Lagoa Negra, ou outro monstro qualquer, até o do Lago Ness, para afundar o Eliot Ness do Kevin Costner, no cinema, sufocando tantos intocáveis, quanto for preciso, em tantas montanhas de papiros requisitados, e amplas quebras de sigilo, quedadas; por bisbilhotice pura e asnice: sem assusto e sem gerar susto!
E sem aclarar terceira via! O que bem piora!
Porque naquela CPI, tudo ali “despiora”, ou melhor: “re-piora”, piorando cada vez mais, afogando-nos todos no Bolsonarismo, como única e vera solução de luz, corda única de salvação.
Se não é assim, estamos a ver o que nunca foi visto.
Gente escorraçada e sendo vaiada pelas ruas a requerer segurança física policial, e só um sendo aplaudido: o Mito!
E haja “motociatas” se repetindo.
Da marcha que vai, o ronco das motos suplantará até por seus ecos e revérberos, as esganices e as excedentes sandices na CPI repetidas, em seu mais que gravame canto, em pior encanto e “mais-pior” desencanto
Se ao vencedor machadiano sempre sobram as batatas, à falta de talento do G7, sejam ali fruídas só as cascas da batata.
Que não se lhe joguem apupos!
Não! Seria uma falta de respeito: com as vaias e com as eventuais cascas assestadas!
Porque as cascas têm o seu proveito em melhor aproveito: só isso!