Edmir
As populações em todo o mundo estão conscientes e preocupadas com as mudanças climáticas, principalmente as que vivem nos países do Hemisfério Sul, menos ricas e mais expostas, indica uma vasta pesquisa Ipsos realizada em 13 países de três continentes.
Quase 9 em cada dez pessoas consultadas consideraram que o clima mudou nestes últimos 20 anos, de acordo com estudo encomendado pela companhia de seguros Axa e apresentado em Paris.
Os povos dos países mais próximos dos trópicos são os mais convictos da realidade do aquecimento global, como em Hong Kong (97%) e Indonésia (98%). Em contrapartida, nos Estados Unidos, onde o ceticismo climático está profundamente enraizado, este número é de 72%. Das pessoas entrevistadas, 73% dizem ter comprovado essas mudanças por si mesmas.
O aumento da temperatura média foi percebida por 80% deles, e as secas foram identificadas por 77%, especialmente em países como Itália, Espanha, Turquia e México. Mais de 83% observaram chuvas mais intensas, o número mais elevado foi em Hong Kong, com 94%.
Países ricos não se preocupam tanto com impactos – Agora, quando se trata de identificar as causas dessa mudanças, há grandes divergências. Nos Estados Unidos, 42% dos entrevistados acreditam que as causas são naturais, assim como 34% na Grã-Bretanha. No sentido contrário, a responsabilidade dos homens foi mencionada por 94% dos entrevistados em Hong Kong e 92% no México.
A preocupação com o aumento do termômetro é generalizada. Mas se a inquietação é quase unânime nos países em desenvolvimento (97% declararam preocupação), o grau de ansiedade é mais difusa nos países ricos (81%).
No geral, as populações temem as enchentes, a elevação das temperaturas, a seca, más colheitas e também a disseminação de doenças e conflitos pelo acesso a água ou comida.
A pesquisa foi realizada entre 5 julho e 6 agosto de 2012 pela internet, e teve a participação de 13.000 pessoas com mais de 18 anos, da França, Alemanha, Itália, Bélgica, Suíça, Espanha, Grã-Bretanha, Japão, Hong Kong, Indonésia, Turquia, Reino Unidos e México. (Fonte: G1)