No dia consagrado a mentira, 1º de abril, faz seis meses que o Centro de Atendimento ao Menor (Cenam) e as três unidades socioeducativas destinadas aos adolescentes mudaram pra valer em Sergipe. Hoje os adolescentes infratores não estão ociosos, têm uma rotina diária com atividades em várias áreas, não só pedagógicas, mas culturais e lúdicas, além do atendimento médico e odontológico. Os adolescentes têm um acompanhamento individual, têm biblioteca, cursos profissionalizantes de informática básica, manutenção de micros, pintura de paredes e até acompanhamento religioso respeitando a opção de cada um. Após todo o desgaste junto às entidades de defesa da criança e do adolescente e sem um trabalho de assistência e desenvolvimento social para a realização de atividades destinadas aos jovens, o governo cedeu (depois de cinco meses) e em 1º de outubro do ano passado a equipe do Desipe deixou as unidades. Chegou para gerenciar as unidades e o Cenam uma nova equipe coordenada pelo tenente-coronel Henrique Rocha através da Fundação Renascer. Começou a nova fase através de reformas e mudanças em locais relacionados à segurança. Para o leitor que não conhece são quatro unidades que atendem os adolescentes: Além do Cenam, destinado aos que foram julgados e sentenciados, tem mais três unidades: uma de internação provisória, uma de semi-liberdade e outra feminina. Em meio às ações positivas do Governo do Estado, uma informação altamente negativa: a 17ª Vara Cível, destinada aos processos ligados as crianças e os adolescente está sem defensor público. É um fato negativo que certamente levará as entidades de proteção as crianças e adolescentes a tomarem providências enérgicas. Com a necessidade de se adequar a Lei de Responsabilidade Fiscal os deputados reduzirão cerca de R$ 18 mil (cada um) em suas assessorias. Nos corredores da AL, alguns servidores circulam com o boato que essa redução não vai existir na prática. Que ficou acerto que a redução será de apenas R$ 3 mil e será encontrado um “jeitinho” para os outros R$ 15 mil. A coluna não acredita até porque os deputados não passariam para a sociedade e a imprensa uma informação que não reflete a realidade. Até porque mentira tem pernas curtas, principalmente quando envolve dinheiro público, parlamentares e interesses políticos… Muita chuva e poucos buracos Um fato que passou despercebido: com o volume de chuvas que caiu em Aracaju nos últimos dias o número de buracos que apareceram nas principais ruas e avenidas foi bem menor do que no passado. Apareceram alguns poucos buracos, mas o recapeamento realizado no ano passado nas principais ruas e avenidas surtiu efeito. O asfalto colocado pela Emurb realmente foi de primeira qualidade. Bicicletas: está na hora de uma campanha da SMTT Depois de implantar uma série de ciclovias em toda capital a SMTT precisa agora cobrar que o ciclista faça a sua parte e cumpra o que determina o Código de Trânsito. Não andar na contramão. Para quem pensa que é algo besta, não é não! São vários acidentes que ocorrem porque o ciclista vem na contramão e o motorista está olhando para a via normal. Em vários casos, principalmente no centro da cidade, pedestres, muitos deles idosos, são atropelados por ciclistas quando vão atravessar a rua, já que olham para a via normal de onde vêm os veículos. Uma campanha voltada para os ciclistas é importante neste momento. Polícia não faz a sua parte e comunidade prende ladrões No último sábado algo que seria cômico se não envolvesse a segurança pública. Moradores da rua Jaime Prado, no Santos Dumont, chamaram a polícia porque viram dois ladrões entrando num pequeno prédio de três andares. No prédio, mora apenas uma senhora no térreo, já que ainda estão em fase de conclusão da obra os outros andares. Mesmo com os moradores dizendo que os menores estavam lá dentro e não tinham como sair, os quatro policiais militares subiram, procuraram, procuraram e nada. Os moradores pediram para olhar na caixa de água, localizada no último andar, mas a polícia não deu ouvidos, foi embora. Algumas pessoas se armaram e foram em busca dos ladrões direto na caixa da água, onde estavam escondidos. Prenderam, armaram e chamaram a polícia. Que vergonha! Depois reclamam das criticas. Estão brincando de fazer segurança pública. Não é comandante da PM? Machado contesta criticas O deputado José Carlos Machado (DEM) contesta as criticas que está prejudicando a Deso por conta das ações contrárias ao reajuste da tarifa. Machado lembra que o MP, através da promotora Euza Missano, descobriu que a diretoria deu justificativas grosseiras para o reajuste, como o débito das prefeituras e foi, descoberto, no balancete, despesas não contabilizadas pela empresa. “Quem está prejudicando a Deso é a incompetência ou até mesmo a omissão”, alertou Machado. Criticas a atuação de Machado De um leitor: “Ao ouvir declarações do Deputado José Carlos Machado criticando a atuação do Conselho Fiscal da DESO, que, segundo o mesmo, entregou Balanço Financeiro ao Tribunal de Contas sem contabilizar algumas despesas, fiquei a me perguntar por que o nobre Parlamentar não teve a mesma iniciativa no sentido de alertar e dissuadir os anteriores membros dos Conselhos de Administração e Fiscal da DESO, acerca dos empréstimos contraídos pela empresa no ano de 2006, e que hoje, como se sabe, foram contratados de modo irregular? Mais ainda, por que o mesmo nada disse ou diz acerca dos contratos firmado pela DESO com a Construtora Gautama? Seria interessante a divulgação das atas das reuniões dos referidos Conselhos para saber como mencionados negócios jurídicos foram realizados e com o aval de quais Conselheiros. Injuntivo esclarecer que a responsabilidade dos Conselheiros não cessa com o término do mandato e que eventuais danos ocasionados à empresa são imprescritíveis. Uma coisa é certa, eles ainda terão que prestar contas aos órgãos de fiscalização competentes acerca desses fatos. Por fim, o Deputado se equivoca ao atribuir ao atual Governo o valor dos jetons que são pagos hoje aos Conselheiros da DESO, pois, em verdade, quem elevou substancialmente esta gratificação de presença foi o governo passado, todos sabem disso; é que talvez algumas pessoas sofram de algum tipo de embargo mental (esquecimento). Pena, para eles, que a história não possa ser deletada, ao contrário, vez ou outra ela é convocada a restabelecer a verdade dos fatos e a reavivar (ou assombrar) o nosso pensamento”. Acesso aos inquéritos dos funcionários A coluna vai pedir os inquéritos envolvendo os funcionários da Deso que estão sendo demitidos da empresa, por conta de irregularidades praticadas. Quer saber se eles estão contando a verdade, já que para realizar os parcelamentos das contas precisariam de uma autorização maior para que o sistema aceitasse ou não? Os funcionários que praticaram irregularidades devem ser punidos com as respectivas demissões, mas é os grandes? Quando seus nomes serão colocados para a sociedade? Porto da Folha: município não garante direito à educação I Matéria publicada no site Observatório Quilombola, que trata de perseguição poder público municipal de Porto da Folha à Comunidade Quilombola localizada naquele município. A matéria foi escrita por Rosa Peralta: Paula Meire, professora da comunidade quilombola de Mocambo, entrou em contato com o Observatório Quilombola para denunciar uma ação irregular do poder público municipal. Trata-se da desativação da Escola Específica existente na comunidade, que interrompe o Projeto Político Pedagógico que vem sendo desenvolvido há mais de um ano pela escola em parceria com a comunidade. Segundo Paula, a proposta da prefeitura é transferir as atividades escolares para uma outra escola municipal, que fica na comunidade quilombola vizinha do Ranchinho, a seis quilômetros de distância de Mocambo. Mais grave ainda é que o poder local nem se dispõe a oferecer transporte digno e seguro para os alunos. “Tal transferência não faz sentido, já que a escola do Ranchinho não desenvolve educação específica para nossa comunidade”, desabafa Paula. Porto da Folha: município não garante direito à educação II A comunidade quilombola de Porto da Folha (SE) é composta por Mocambo (que detém cerca de 90% da população) e Ranchinho (10%). A professora lamenta que o atual prefeito tenha se elegido com apoio da comunidade e que a desativação da escola seja uma forma dele reagir ao clima de descontentamento e cobranças feitas pela comunidade. ”Tudo isso está ocorrendo porque o Prefeito não tem atendido a comunidade nas suas demandas básicas, o que vem provocando uma reação dos quilombolas em relação à atual administração municipal”, declara. Ao desativar a escola local da comunidade de Mocambo, o prefeito está desconhecendo o direito à educação diferenciada, previsto na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que protege os direitos de comunidades tradicionais e que, desde a sua ratificação, em 2004, adquiriu força de lei nacional. Sobre o MP e a proibição do fumo nos locais fechados I O Decreto nº 2.018/96: O qual regulamentou a Lei 9.294/96 no seu Art. 2º É proibido o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígero, derivado ou não do tabaco, em recinto coletivo, privado ou público, salvo em área destinada exclusivamente a esse fim, devidamente isolada e com arejamento conveniente. Sendo assim é que no último dia 28 (sexta-feira), foi realizada audiência no Ministério Público do Estado da Bahia, com a presença dos mais badalados e freqüentados restaurantes da capital baiana, com o intuito de fazer cumprir o que determina a Lei e por conseqüência o decreto regulamentador. O Decreto no seu Art. 2º I – RECINTO COLETIVO assim define: Local fechado destinado a permanente utilização simultânea por várias pessoas, tais como casas de espetáculos, bares, restaurantes e estabelecimentos similares. São excluídos do conceito os locais abertos ou ao ar livre, ainda que cercados ou de qualquer forma delimitados em seus contornos; atendendo pedido dos presentes a Promotora Joseane Suzarte Lopes da Silva, ficou de oficiar a Associação Brasileira de Bares, Restaurantes e Similares – Seção Bahia (ABRASEL), para que apresente a relação de todos os estabelecimentos devidamente registrados, para que também o Ministério Público também investigue o cumprimento da Lei. Sobre o MP e a proibição do fumo nos locais fechados II Esse dado sobre o MP da Bahia foi repassado por um sergipano que lá reside, o qual espera que a exemplo das medidas que começam a serem adotadas no estado vizinho, possa o Ministério Público daqui, fazer o mesmo. Destacando mais uma vez, de que no caso do Restaurante do Yacht Clube baiano, a determinação da diretoria do clube; é de que os que não quiserem obedecer a Lei tenham os serviços de atendimento suspensos, isso porque as penalidades recaem no estabelecimento, exemplo sugerindo pelo reclamante, a ser seguido para os demais acabando com as desculpas nada construtivas de que há clientes violentos e que não querem ser privados de seus direitos… Resta saber qual direito se a Lei é bem clara em favor dos não fumantes. Sobre as denúncias do Hospital João Alves Deu no JC do último final de semana: Deputado Francisco Gualberto diz sobre as denúncias do HGJAF: “… informações falsas de prestação de serviço político de quem quer brincar com a saúde pública”. Flávia Brasileiro, Presidente do SEESE diz: “Espero que o senhor deputado Francisco Gualberto não tenha se referido à minha pessoa, pois não sou política, sou técnica! Não devo minha cabeça a ninguém. Não tenho o hábito de mentir! Quem me conhece sabe que eu tenho muita responsabilidade em tudo que falo e principalmente quando se refere a realidades que conheço. Sou funcionária daquele hospital e não vou fechar os olhos e ouvidos para as súplicas dos meus colegas. A vida não é brincadeira! Aos olhos de um leigo algumas fotos falam pouco ou quase nada, mude o olhar para o de um profissional da área de saúde e a coisa muda, a verdade logo aparece. Encaminhei todas as denúncias dos profissionais ao MP e os próprios Promotores viram muita coisa das denúncias, inclusive colocações de profissionais o que demonstrava a pressão que estão sofrendo.” PCB terá candidato a prefeito em Aracaju No último dia 28/03 em comemoração aos 86 anos do Partido Comunista Brasileiro houve um ato público na Câmara Municipal de Aracaju, oportunidade aproveitada para que a direção municipal fizesse o lançamento oficial de sua pré candidatura para o cargo de prefeito em Aracaju e dos seus 21 pré candidatos a vereadores. O nome indicado pelo partido é o do professor e radialista Anderson Góis – Anderson Góis é professor de literatura brasileira na rede particular de ensino em Aracaju e apresentador do programa “papo de escola” da TV Caju, tem 30 anos é casado e pai de dois filhos.Na próxima quarta feira, 02/04 haverá uma reunião entre o PCB e o PSDC com vistas a um possível entendimento no tocante as eleições municipais em Aracaju. Ambos os Partidos já lançaram as suas pré candidaturas o PCB lançou o professor Anderson Góis e o PSDC o Músico Adelson Alves. Segundo entendimento nacional o mais provável é que continue a vigorar a chamada ” Frente de esquerda”, formada pelos seguintes partidos políticos – Psol, PCB e PSTU. A coligação surgiu em 2006 como base à candidatura da senadora Heloísa Helena à Presidência da República. Aqui em Aracaju espera-se uma candidatura majoritária do grupo, possivelmente com o PCB encabeçando com Anderson Góis como candidato. Descaso da SEEL com o parque aquático Zé Peixe I De um leitor, que enviou até fotos, para comprovar a denúncia, mas a resolução das mesmas não deu para publicar no blog: “No final de semana passada, foi realizada uma competição de natação no parque aquático Zé Peixe, nome por sinal muito bem escolhido, no entanto o descaso da SEEL- Secretaria de Estado Esporte e Lazer com a praça esportiva é gritante, não bastasse o tempo em que o ex-governador Albano Franco comandou o estado e deixou desativadas as piscinas, inclusive com uma quantidade de pneus e outros objetos encontrados inimagináveis, inviabilizando competições praticamente durante os oito anos de sua gestão. Não bastasse os remendos feitos pela equipe do ex-governador João Alves, os quais diminuíram sensivelmente a realização de algumas provas, tanto de natação, como de pólo aquático, afinal o material usado na reforma do complexo aquático foi de péssima qualidade, ocasionando vazamentos em ambas as piscinas e como conseqüência o cancelamento de algumas competições para a referida praça de esportes, deparo-me no sábado passado com uma piscina olímpica imunda”. Descaso da SEEL com o parque aquático Zé Peixe II Continua o leitor: “Para quem conhece a maioria das outras piscinas em nível de Norte-Nordeste, o nosso parque aquático é algo de deixar os sergipanos orgulhosos, todavia a falta de cuidado, ou mesmo de compromisso dos governantes, ai incluídos o diretor das praças de esportes, o secretario de estado de esporte e lazer e até o próprio governador que não está acompanhado através de relatório constantes a situação das praças de esporte. Afinal deixar as piscinas no estado que se encontram é um total descaso com o esporte amador. Sem falar que segundo comentários dos presentes, a química responsável pela piscina emitiu laudo técnico inviabilizando a competição(algo a se investigar, pois não foi apresentado tal documento, logo peço a esse jornalista que procure os meios competentes e busque se há um laudo). Muitos pais tomaram a decisão de não deixarem seus filhos caírem na piscina, evitando o contato com a água e prevenindo o aparecimento de doenças comuns a água parada e não tratada, não foi o meu caso. Porém fiquei apreensivo e ainda estou, pois com uma piscina no estado deplorável de sujeira que estava, é impossível ficar tranqüilo. Excelentíssimo Senhor Governador, não deixei um bem tão valioso e importante apodrecer como ficou por oito anos. A juventude agradece, os treinadores/professores agradecem e os pais então, orgulhosos ficarão, afinal seus filhos estarão centrados no esporte como meio de afastá-lo de tanta coisa péssima que há no mundo. E com uma piscina limpa e digna a única coisa que buscarão é colocar uma medalha no peito”. Técnicos do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Município de Aracaju – SETRANSP – trabalharam, durante todo o dia de hoje, no sentido de solucionar o problema ocorrido com os cartões Mais Aracaju Escolar bloqueados indevidamente. O erro no sistema, que acabou provocando transtorno aos estudantes que haviam efetuado o recadastramento dentro do prazo limite, dia 28 de março, foi resolvido no fim da tarde. “Amanhã (01), os usuários poderão utilizar seus cartões eletrônicos normalmente. Só permanecerão bloqueados os cartões dos estudantes que, de fato, não tiverem realizado o recadastramento”, informa o superintendente do SETRANSP, José Carlos Amâncio lamentando o ocorrido. É importante frisar que os estudantes que ainda não efetuaram o recadastramento poderão realizar o procedimento a qualquer momento, sendo que os cartões ficarão bloqueados até o dia que o estudante comparecer a um dos postos de atendimento do SETRANSP e efetuar sua atualização cadastral. O formulário que deve ser preenchido pelos estudantes e assinado e carimbado pelo diretor da instituição de ensino a qual o aluno pertence, pode ser obtido nos postos de atendimento e através do site www.maisaracaju.com.br/servicos. Depois o usuário só precisa procurar um dos postos de atendimento do SETRANSP e entregar o documento juntamente com fotocópias da carteira de identidade, do comprovante de residência. (Ascom/SETRANSP). Revolta com o bloqueio das carteiras E-mail da estudante universitária Priscila Viana: “Hoje (31), fomos todos (estudantes) surpreendidos pelo bloqueio das carteiras de estudante. Eu, por exemplo, recadastrei a minha na quinta última, e mesmo assim as catracas não aceitavam. Não sei se na tentativa de bloquear as carteiras daqueles que não recadastraram, mas o fato é que ainda estamos no prazo do recadastramento, que é até hoje, na sede da Setransp. O fato é que nem os passageiros, nem os cobradores dos ônibus sabiam de início o que estava acontecendo, e o que vi foi muitas confusões, discussões nos ônibus, e no terminal do DIA, por onde passei duas vezes hoje. No primeiro ônibus que peguei, pra ir trabalhar, o cobrador deixou os estudantes descerem pela frente, porque eram quatro, e ele não sabia o que fazer. Mas, na volta do trabalho, umas 12h30, quando entrei no ônibus Marcos Freire I e III/DIA (030), uma mulher estava argumentando com o fiscal, o cobrador e o motorista que não ia pagar, que se a carteira passava, não era culpa dela. Eu simplesmente disse a ela: “Não pague mesmo, o problema não é a sua carteira, são as máquinas, a minha também não passou, e de um monte de gente”, ela disse que não ia pagar mesmo e o fiscal deixou ela descer pela frente. Agressão verbal de um motorista Continua o relato de Priscila Viana: “Quando a moça desceu, o motorista simplesmente disse: “Vai, sua nojenta safada, fica fazendo confusão…”. Aí eu me indignei com isso, a moça não o havia desrespeitado, só disse que não ia pagar, e ainda escuta uma desmoralização dessas. Simplesmente eu disse, em tom de voz normal: “Olhe, o senhor deve respeitar os passageiros, somos nós que pagamos seu salário”. Ele começou a gritar e disse: “Cale a boca, sua vagabunda, você não paga porra nenhuma, o meu salário é do meu trabalho. Você nem estava na conversa, fique na sua, você também é outra nojenta…” Eu fui surpreendida com essa agressão verbal, sem motivo algum, porque acho que o que eu disse não foi desrespeitoso, acho que fui sincera, mereço respeito, porque estou pagando pelo serviço, e esse serviço não está sendo ofertado da maneira adequada. Eu disse que ia anotar o número do ônibus e que ele não podia falar assim comigo, e nem com nenhum passageiro, e ele continuou esbravejando, gritando mesmo, me chamando de tudo que é nome e me mandando ir “pra casa da porra”… Acho isso um absurdo, eu sou trabalhadora como ele, e estresse nenhum justifica uma agressão dessas. O meu constrangimento foi enorme, principalmente porque todos do ônibus se viraram em minha direção, e ficaram todos olhando para minha cara. Já liguei para a Ouvidoria da SMTT e registrei queixa. Não consegui anotar o nome do motorista, mas anotei a linha e o número do veículo. A linha é Marcos Freire I e III/DIA (030) e o número do veículo é 6191, ele saía do terminal às 12h30 quando isso aconteceu”. CUT apóia os militares De um militar da Associação dos Militares de Sergipe: “Ontem, 31 de março, completaram-se 44 anos de aniversário do golpe militar que implantou a ditadura mais longeva e tirana do Brasil. Os militares cercearam vários direitos e garantias fundamentais dos cidadãos, inclusive o direito de greve (Lei 4.330 de junho de 1964). Vários sindicatos trabalhistas foram fechados, sob alegação de montarem conspirações contra o regime vigente. Ironicamente, ontem, 31 de março, cerca de 1200 militares estaduais (policiais e bombeiros militares) se reuniram pacificamente do lado da Assembléia Legislativa, para protestar contra as distorções salariais existentes nas corporações. Outra ironia do destino fora a organização do evento ter sido realizada por associações de militares e ter a participação do presidente da Central Única dos Trabalhadores, como um dos que discursaram para a tropa. A CUT, criada em 1983, e que muito ajudou para a redemocratização do país na luta contra a ditadura militar, agora luta em conjunto com os militares para que os mesmos tenham seus direitos trabalhistas respeitados. As forças militares vivem um momento de desestímulo profissional intenso. Um soldado recém incorporado nas fileiras das corporações percebe remuneração maior que um 3º sargento. Um tenente que labuta no Gabinete ou no Hospital Militar, percebe remuneração maior que um Capitão que comanda companhias de policiamento nos diversos rincões do estado, fato este que afronta diretamente a hierarquia militar. Interessante é que todos os recursos para este custeio são oriundos dos orçamentos das próprias corporações. Outro desrespeito gritante é a ausência de carga horária semanal definida, deixando a critério do Estado a livre utilização deste policial por até 96 horas semanais de serviço, sacrificando o lazer e o convívio familiar do policial e do bombeiro militar. Os militares estaduais em muito contribuíram para a eleição do governo que prometeu fazer a diferença. Eles ainda acreditam que o governador vá atender a seus anseios, porém já demonstram sinais bem claros de fadiga com relação à confiança no chefe do poder executivo”; Frase do Dia “Essas crianças estão nas ruas porque, no Brasil, ser pobre é estar condenado à marginalidade. Estão nas ruas porque suas famílias foram destruídas. Estão nas ruas porque nos omitimos. Estão nas ruas e estão sendo assassinadas. Quando uma sociedade deixa matar crianças é porque começou seu suicídio como sociedade”. Herbert de Sousa, o Betinho.
O atual governo, após sucessivas fugas nas unidades socioeducativas e no Cenam, tomou uma medida no final de abril do ano passado que não deu certo. Passou a responsabilidade das unidades ligadas a Fundação Renascer para a Secretaria de Justiça, sob o comando de um ex-diretor da casa de detenção. Naquele momento até o secretário da Justiça, Benedito Figueiredo, acreditava que daria certo, por conta do trabalho realizado no sistema penitenciário, onde não havia fugas. Naquele momento, o presidente do sindicato dos agentes, Cláudio Viana, alertou para o insucesso da medida por conta do treinamento da categoria para cuidar de presos condenados e não de adolescentes, desconhecendo até mesmo o ECA. A decisão aumentou o desgaste da imagem do governo e criticas não só da imprensa, mas das entidades de defesa da criança e do adolescente.
Não é rotina deste espaço tecer elogios, muito pelo contrário as criticas são uma constante, porém no caso do Cenam e das unidades sócioeducativas algo mudou nestes seis meses. Depois de receber os adolescentes num quadro de rebeliões e fugas, por conta das péssimas condições e a falta de atividades, a nova equipe conseguiu criar um ambiente propicio para realização de ações voltadas para os menores no seu dia-a-dia. As aulas do ensino regular voltaram no Cenam e nas unidades, além do treinamento dos agentes de segurança e do retorno do atendimento através das assistentes sociais e psicólogos.
O quadro atual é outro, mas é preciso muito trabalho ainda. As entidades de defesa dos adolescentes e até a UNICEF, já constaram as mudanças. Porém, é uma área cheia de espinhos, onde as dificuldades aparecem a todo o momento, fruto da falta de uma política real no Brasil voltada para as crianças e adolescentes. O ECA, apesar de tantos anos, ainda não é respeitado e mais do que isso, parte significativa da sociedade entende que os jovens infratores devem ser tratados de outra forma. Estão de parabéns toda que compõem essa equipe na pessoa do tenente-coronel, Henrique Rocha, um militar, ou melhor, um ser humano, com um nível de preparo altíssimo na área dos direitos humanos, que vem tendo o apoio não só do governador Marcelo Déda, mas da primeira-dama Eliane Aquino, da secretaria Ana Lúcia e da presidente da Fundação Renascer Maria José.
Para os que pensam que este espaço está exagerando nos elogios é só comprovar na prática. É preciso não apenas vontade política, mas coragem para programar um novo modelo no tratamento dos adolescentes infratores em Sergipe. Demanda recursos e profissionais qualificados e é um trabalho cujo resultado a sociedade não aplaude. Pelo contrário, faz apenas cobrar, quando a ação errada de um adolescente infrator bate na sua porta. Para muitos é mais fácil ter uma posição formada de que a redução da maioridade penal é a solução para tudo. Será apenas empurrar com a barriga um problema grave, que merece uma visão mais ampla e profunda da questão do menor no país. O pior cego é aquele que não quer enxergar a realidade…
Adolescentes estão sem defensor público?
AL: redução de R$ 18 mil
Bloqueio das carteiras: esclarecimento do SETRANSP
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