Conteúdo baseado em assinatura é uma fórmula que não vai dar certo. Entretanto, tem muito jornal que ainda não entendeu como vai funcionar o novo modelo de negócios do jornalismo. Eu me dei conta disso no dia 11 de setembro, no dia da queda das torres gêmeas. Naquele dia e nos subsequentes, tínhamos muito mais informação disponível sobre o evento do que nos jornais. Além disso, muitos jornais acabaram se valendo da internet para conseguir informações. O fluxo foi tão grande que vários portais mudaram suas páginas por causa do tráfego, veja, por exemplo, aqui um notícia sobre o evento. O detalhe mais importante é que naquela época tínhamos muito menos gente trafegando na web do que hoje. Depois de 2001 este processo de migração de usuários para a internet em busca de notícias só tem aumentado. Já comentei isso até em outra coluna. Porém, qual a relação disso com conteúdo baseado em assinatura? A relação é que hoje em dia temos pouco conteúdo realmente exclusivo. Pegue o seu jornal preferido e dê uma olhada. O que é que ele tem de exclusivo? Tirando os colunistas (locais) e uma ou outra notícia, o resto das informações vem de agências internacionais, como a Reuters ou a Associated Press, ou de outros jornais de circulação nacional. Sendo assim, colocar um conteúdo fechado não faz muito sentido. Os jornais precisam colocar em mente que é cada dia mais comum para o cidadão brasileiro abrir o seu browser e procurar o que mais lhe interessa, ao invés de abrir o jornal e ver as mesmas notícias que passaram ontem no Jornal Nacional. Além do mais, devem concentrar seus esforços no jornalismo local, já que notícias nacionais e internacionais a gente tem diversas opções espalhadas na web. Sei que as vezes é duro largar alguma coisa consolidada, mas o fato é que nem sempre se percebe a velocidade das mudanças ou a derrubada de conceitos. Neste caso temos os dois: os usuários estão indo rapidamente para a web, deixando de lado os jornais impressos e ninguém quer pagar por informações que podem ser encontradas com um clique do mouse. A pouco tempo atrás tivemos uma polêmica entre os jornais daqui do estado de quem teria maior tiragem. Não me interessa aqui dizer quem vende mais do que quem ou qual jornal é melhor. Entretanto, os números em questão é que são interessantes: um dos jornais falou em tiragem de 22 mil e outro falou em 18 mil. Até onde acompanhei, o número de acessos do Portal Infonet era de 140 mil diários. Dá para comparar? Venda da Borland Semana passada a Micro Focus anunciou a compra da Borland por 75 milhões de dólares. Para quem já foi um dos grandes players no mundo do software, o preço é bem abaixo do esperado. Entretanto, após a agressiva contratação dos principais engenheiros da Borland para a criação da plataforma .NET, a empresa entrou num ciclo de queda e o seu desfecho culmina com a sua venda. Uma pena. Até a próxima semana! em tempo: Quem diria que o verdadeiro dono da Microsoft é o Sawyer. Não entendeu nada? Precisa assistir Lost.
Windows 7 será lançado até o final do ano (por Hugo Dória)
Está confirmado: A Microsoft irá lançar o aguardado Windows 7 antes do próximo natal. O fracasso do Vista e a possibilidade de lucrar bastante com as vendas de fim de ano são dois dos principais motivos da pressa para lançar o 7.
Há algumas semanas a Microsoft liberou um RC (Release Candidate) que, por sinal, recebeu várias análises positivas. Houve avanços na usabilidade, aparência e desempenho geral do sistema. Infelizmente ela também tomou algumas decisões estranhas para este RC.
Uma delas é forçar o desligamento do PC a cada duas horas depois do dia 1º de março de 2010, 3 meses antes do RC expirar. Uma coisa é simplismente expirar o sistema, outra é transformá-lo em um tormentoware sem tamanho. Bem, espero que todas as melhorias se sobressaiam a este problema e que a gente possa apagar a imagem do Vista de nossas mentes.
III Encontro Nordestino de Software Livre (por Hugo Dória)
Nos dias 29 e 30 de Maio vai acontecer na Bahia o III Encontro Nordestino de Software Livre (ENSL) . O evento contará com muitas palestras técnicas, mini-cursos e convidados internacionais. Entre eles estará Jon “Maddog” Hall, Diretor-presidente da Linux International.
O objetivo do evento, de acordo com o site do mesmo, é promover o desenvolvimento e o uso do Software Livre na região, por meio do estímulo a geração de negócios, desenvolvimento de políticas públicas, além da contribuição para a inclusão digital de territórios menos favorecidas do nordeste brasileiro.
A programação temporária já está disponível e as inscrições já podem ser feitas de forma gratuita.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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