Nasce um mito

Sergipe em peso pranteia desde ontem a morte prematura do seu filho ilustre, o governador Marcelo Déda (PT), que ‘sai da vida para entrar na história’. A vitoriosa trajetória política deste jovem sergipano, somada ao brilho de grande orador, de cidadão ético e honesto à toda prova, certamente o transformará num mito, como aconteceu com o não menos notável Fausto Cardoso. Déda será exemplo para os bons políticos atuais e as lideranças futuras. Os que dele beberem a sabedoria, o companheirismo e a retidão de caráter serão reconhecidos pelo povo e estarão fadados ao sucesso político-eleitoral. Portanto, ao tempo em que nos deixa como ser mortal, Déda nasce como um mito, que permanecerá eternamente na lembrança dos sergipanos.

Só até as 12h

Diferente do que foi anunciado ontem durante todo o dia, o velório do governador Marcelo Déda será encerrado às 12h de hoje. A antecipação se deu porque a aeronave da Força Aérea Brasileira terá que levar o féretro no início da tarde para o ato de cremação do corpo em Salvador. Portanto, se você pretende ir ao Palácio-Museu Olímpio Campos, onde ocorre o velório, se apresse.

Igual a Covas

O jornalista Eugênio Nascimento publica no blog Primeira Mão a seguinte nota: A morte do governador Marcelo Déda (PT) lembra a do ex-governador de São Paulo, Mário Covas Júnior (PSDB), ocorrida em março de 2001. Também atingido por um câncer, o tucano se licenciou do cargo, mas não renunciou, manteve-se na condição de governador até a hora da morte. Ele foi substituído pelo vice, Geraldo Alckimin.

Posse

Passadas as homenagens fúnebres a Marcelo Déda, a Assembleia Legislativa fará sessão especial para empossar o vice Jackson Barreto (PMDB) como governador de fato e de direito. Desde maio passado que o peemedebista substitui interinamente Déda, mas, com a morte deste, será alçado à condição de chefe do Executivo sergipano.

Sem festa

A morte do governador Marcelo Déda fez a diretoria do Instituto Banese cancelar toda a programação do ‘Natal da Gente Sergipana’, que seria realizado de amanhã até sábado no Museu da Gente Sergipana. A programação festiva previa apresentações musicais, de grupos culturais sergipanos, além de um concerto da Orquestra Sinfônica de Sergipe.

Morre pobre

O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, fez questão de ressaltar que o governador Marcelo Déda (PT) morreu pobre. De fato, o patrimônio do petista sergipano era um apartamento financiado e um carro popular. Déda é um caso raro, pois no Brasil a grande maioria entra pobre na política e logo, logo está esbanjando fortunas incalculáveis.

Bandeiras

O caixão do governador Marcelo Déda está coberto em parte por cinco bandeiras: as do Brasil, de Sergipe, do PT, do Flamengo e do Clube Sportivo Sergipe.

Nada muda

O governador em exercício Jackson Barreto (PMDB) permanece decidido em não mexer no secretariado até o final deste ano. Apesar do fato de ter que assumir o governo em definitivo com a morte de Déda, Barreto só pretende mudar o secretariado depois das festas do Ano Novo. É que até lá os substitutos nada poderiam fazer, pois o exercício financeiro só se inicia depois de janeiro.

Grande amigo

Do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: “Sergipe perdeu um grande governador, o Brasil perdeu um excepcional homem público e Marisa e eu perdemos também um grande amigo, compadre e irmão. Déda ajudou a construir o PT e teve uma trajetória brilhante como representante do povo na Assembleia Legislativa, na Câmara dos Deputados, como prefeito de Aracaju e finalmente como governador de Sergipe, sempre com sua atenção voltada aos mais pobres e ao desenvolvimento do seu estado”.

Ausente

Marcada para o próximo sábado, a 15ª Confraternização dos Ex-Alunos do Colégio Atheneu Sergipense terá uma grande ausência: o governador Marcelo Déda, que participou com muita alegria de todas as edições anteriores. Batizada de ‘Baile das Debutantes’, a festa vai acontecer a partir das 15h do sábado na quadra do Atheneu.

Do baú político

Em maio de 2011, o time do Estanciano deixou o governador Marcelo Déda (PT) e os torcedores na maior saia justa. Foi durante a festa de reinauguração do Estádio Augusto Franco, o “Francão”. O jogo festivo entre o Estanciano e o River Plate era válido pelo Campeonato Sergipano, e o time da casa precisava vencer, sob pena de ser rebaixado para a 2ª divisão. Tudo pronto, o governador foi ao centro do gramado e deu o pontapé inicial. A partir de então, o River Plate começou a fazer gols um atrás do outro. No final do 1º tempo, já vencia por quatro a zero. Insatisfeita com a terrível atuação da equipe, a torcida começou a vaiar. Percebendo o clima ruim, Déda e sua comitiva decidiram ir embora antes do fim da goleada de seis a zero. Pior foi para os jogadores do Estanciano, que, ao retornarem à pousada, encontraram suas coisas na calçada da rua, pois há três meses que o dono da estalagem não recebia um centavo. Este foi, talvez, o pior vexame vivido por um time de futebol sergipano.

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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