Navalha na jugular

A luz amarela acendeu no projeto político do prefeito de Aracaju, João Alves Filho (DEM). A aceitação pelo Superior Tribunal Federal (STF) da denúncia contra ele e outros 11 envolvidos na ‘Operação Navalha’ o obriga a dividir as atenções com a administração da capital e o processo acusando-o de corrupção passiva, peculato e formação de quadrilha. Como os demais réus, o demista sabe que uma condenação no STF sepulta de vez seus projetos políticos para o futuro. Na condição de ‘ficha suja’ ele não poderá disputar cargos eletivos, e todo mundo sabe que o sonho de João Alves é encerrar seu longo ciclo político elegendo-se governador de Sergipe pela quarta vez. Portanto, a decisão tomada sexta-feira passada pela Corte Especial do STJ foi como se alguém tivesse colocado uma navalha na jugular do prefeito.

Proinveste

Finalmente, deve ser enviado esta semana para a Assembleia o polêmico projeto que autoriza o governo de Sergipe a contrair um empréstimo de R$ 727 milhões junto à União. Antes disso, porém, o governador Marcelo Déda (PT) se reúne com o prefeito João Alves Filho para lhe mostrar como ficou a ‘redação final’ do Proinveste.

Espera

Há quem garanta que a máquina estadual está paralisada há meses por conta da demora do governo em concretizar a anunciada reforma administrativa. Alguns secretários e dirigentes de órgãos do 2º escalão estão de braços cruzados, pois temem tocar algum projeto que possa ser arquivado por seus substitutos. E a situação vai permanecer assim até que a Assembleia vote o projeto do Proinveste.

Mãos dadas

O fato de serem adversários políticos não impediu que o prefeito João Alves Filho (DEM) e o vice-governador Jackson Barreto (PMDB) posassem para a foto de mãos dadas. Foi ontem pela manhã durante a oração do Pai e Nosso na Igreja Santo Antônio, onde ocorreu a missa pelos 158 anos de Aracaju como capital de Sergipe.

Latas velhas

Uma blitz realizada no final da semana levou a SMTT a retirar de circulação 50 ônibus velhos da VCA, que integra o sistema de transporte coletivo da Grande Aracaju. Os fiscais constataram que os carros estão com as portas e latarias enferrujadas e os pneus carecas. Ouvido pelo portal G1, o prefeito de Aracaju, João Alves Filho, disse esperar que a punição sirva de lição à empresa. Blitz idêntica será feita nos ônibus das outras concessionárias.

Guigó

A revista Plorale traz em sua última edição uma reportagem sobre a preservação do macaco Guigó em Sergipe. O jornalista Paulo Lima esteve no Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco, em Capela. Ali vivem alguns grupos do primata considerado criticamente em perigo pelo Ministério do Meio Ambiente e pela União Internacional de Conservação da Natureza. Atualmente, o Guigó só é encontrado em Sergipe e no Norte da Bahia.

Comerciários

A profissão de comerciário foi regulamentada no país. Lei nº 12.790 fixou a jornada de trabalho desses trabalhadores em oito horas diárias e 44 semanais, limites que só poderão ser alterados em convenção ou acordo coletivo de trabalho, que também definem o piso salarial.

Brigados

Não convidem para o mesmo show o ex-prefeito de Capela, Manoel Messias, o ‘Sukita’, e o empresários Gilton Andrade, dono da banda Calcinha Preta. Os dois, que romperam as relações no ano passado, têm usado as rádio Atalaia/FM e Liberdade/FM para se atacarem mutuamente. Ambos não revelam o motivo da desavença.

Prestes

A escritora Anita Leocádia Prestes lança hoje em Aracaju o livro “Luiz Carlos Prestes – O combate por um partido revolucionário (1958-1990). A noite de autógrafos da filha do ‘Cavaleiro da Esperança”, vai acontecer às 19h no auditório da Reitoria da Universidade Federal de Sergipe e será precedida de uma palestra e debate com a autora da obra. Prestigie!

Do baú político

Em uma das últimas visitas que fez a Aracaju, o ‘cavaleiro da esperança’ Luiz Carlos Prestes espantou-se com a ignorância de um jornalista local. Foi na década de 80, logo após a legalização do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Após uma palestra para militantes e intelectuais sergipanos, Prestes foi convidado a degustar um caranguejo na Orla de Atalaia. Na concorrida mesa, bebia-se cerveja, apreciava-se tira-gostos diversos e discutia-se política, principalmente o futuro do ‘Pecebão” depois de sua legalização. Nisso, um jornalista iniciante vira-se para o ‘cavaleiro da esperança’ e indaga: “Qual o jornal que o senhor trabalhava?”. Sem entender a pergunta, o líder maior do PCB questiona: “Como assim?”. Escuta o inusitado: “Em qual jornal o senhor publicava a coluna Prestes?”. O ‘foquinha’ ficou sem resposta.

Resumo dos jornais

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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