O prestigiado jornal Valor Econômico destacou matéria sobre a situação da construtora sergipana Norcon, líder do mercado nordestino de baixa renda, que depois de três tentativas frustradas de se capitalizar por meio da atração de sócios, decidiu, finalmente, fazer por conta própria o plano de expansão da empresa pela região Nordeste. Em 2009, a Norcon diz ter sido procurada por grandes construtoras do Sudeste, que buscavam uma associação ou até mesmo a sua aquisição. Como não houve acordo, a empresa optou por renegociar com bancos uma fatia importante de sua dívida, hoje estimada em torno de R$ 250 milhões, e seguir a vida sozinha. A direção da empresa sergipana garante que a operação forneceu o fôlego financeiro necessário à consolidação de sua presença nos quatro estados onde atua: Sergipe, Alagoas, Bahia e Pernambuco. E a construtora já tem projetos no Ceará e estuda a sua entrada também no Rio Grande do Norte e na Paraíba. Os R$ 170 milhões em dívidas que venceriam ao longo de 2010 foram postergados para 2012, período em que a empresa já estará entregando projetos lançados em 2008 e cujo Valor Geral de Vendas (VGV) fica próximo dos R$ 450 milhões. O alto endividamento foi o principal motivo que levou a Norcon a buscar, em 2007, uma forma de se capitalizar. De olho no crescimento do promissor mercado da construção civil do Nordeste, a companhia chegou a ensaiar uma oferta inicial de ações na Bolsa (IPO), porém acabou desistindo. A partir de então, o plano foi tentar atrair um sócio estratégico e financeiro. Mas as negociações realizadas nesse sentido acabaram sendo infrutíferas, apesar do interesse de diversas construtoras importantes pela empresa. PLANOS PARA A REGIÃO NORTE Além dos planos para o Nordeste, a Norcon também analisa a entrada no mercado da região Norte, mais especificamente em Belém do Pará. Diante do fim da crise financeira internacional, a empresa já pode se dar ao luxo de dar um grito de independência no mercado imobiliário: “Não estamos negociando com ninguém. E pretendemos continuar assim”, disse o diretor da empresa, Cristiano Teixeira, ao Valor Econômico. ANÁLISE DE PERFIL DO INVESTIDOR O Banco do Nordeste vem realizando a Análise de Perfil do Investidor de seus clientes, visando auxiliá-los na definição do modelo de investimento mais adequado para obtenção dos resultados pretendidos. A nova metodologia consiste na aplicação de um questionário junto aos investidores do tipo pessoa física que desejem aplicar em fundos de ações, renda fixa crédito privado ou multimercados. A meta do BNB para o ano de 2010 é atingir o saldo médio de R$ 1,4 bilhões em fundos de investimentos através da rede de agências – sem considerar outros recursos administrados em fundos exclusivos, em um total de R$ 2,7 bilhões –, por meio da oferta de produtos que oferecem alternativas de rentabilidade diferenciada. FIM DOS INCENTIVOS Apesar do fim dos incentivos fiscais para compra de produtos da linha branca, os consumidores aumentaram a intenção de adquiri-los no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o último de 2009. Pesquisa do Provar e da FIA (Fundação Instituto de Administração), divulgada ontem, mostra que o interesse em comprar fogões, geladeiras, micro-ondas e máquinas de lavar ficou 2% maior no período. A pesquisa aponta ainda que os consumidores também querem aproveitar os últimos meses de redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para automóveis. Houve aumento de 26,7% na intenção de compra de veículos no mesmo período. EMPREENDEDOR INDIVIDUAL O secretário do Desenvolvimento Econômico, Jorge Santana, realizou ontem no auditório da Junta Comercial de Sergipe (Jucese) um ato para celebrar e divulgar o início das inscrições de Empreendedor Individual (EI) em Sergipe. Para facilitar o processo de adesão, foi criado em âmbito federal o endereço http://www.portaldoempreendedor.gov.br/, no qual é possível obter o CNPJ e inscrições na Junta Comercial e Previdência Social. De acordo com o secretário, Sergipe possui vantagens porque o Governo do Estado tem estabelecido o apoio ao pequeno negócio como uma política importante, o que contribui para estimular a formalização. Segundo Santana, “é preciso trazer para a formalidade a maior quantidade possível de informais, mas a maioria deles ainda acredita que, ao tentar formalizar o seu negócio, esbarrará na burocracia, ou na carga tributária. Porém, a carga tributária já está reduzida e as facilidades para abertura de empresas aumentaram”. ACESSO FACILITADO Quem não tem acesso a internet, pode procurar órgãos como a Jucese e o Sebrae para fazer o cadastro presencial. O presidente da Junta, Lauro Vasconcelos, explicou que os tributos a serem pagos pelo futuro empreendedor individual são simbólicos. As taxas são mínimas, não chegando a R$ 60. Tudo pode ser resolvido via internet e o arquivamento da documentação será digital. BENEFÍCIOS AO EMPREENDEDOR A partir de agora, qualquer cidadão que tenha um pequeno negócio pode se formalizar adotando seu registro e alvará simplificados, rápidos e gratuitos, além da possibilidade de o negócio poder funcionar na própria residência do beneficiado. É possível ainda adquirir produtos e serviços a preços competitivos e fazer o registro de até um empregado com custos mais baixos. O beneficiado pode também ter acesso de forma simplificada e rápida a serviços bancários e linhas de crédito, com taxas reduzidas. Outra vantagem é que o pagamento de tributos, através de carnê, terá valor máximo de R$ 57,15 por mês. O valor das contribuições mensais é de R$ 52,15 para comércio e indústria; R$ 56,15 para o prestador de serviço e R$ 57,15 para atividade mista, ou seja, comércio, indústria e prestação de serviços. O cálculo é a soma dos R$ 51,15 – correspondentes a 11% do salário mínimo – destinados ao INSS; mais R$ 1,00 de ICMS e R$ 5,00 de ISS.
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