Novamente a regulamentação

Esta tramitando no congresso novamente uma tentativa de regulamentação da profissão de informática e, mais uma vez, se levanta a discussão sobre o assunto. Normalmente encontramos posições fortes tanto contra como a favor. O problema é que cada um quer o que lhe é mais conveniente e não pensa o que é melhor para o país.

Já coloquei a minha opinião diversas vezes aqui na coluna sobre a falta de gente especializada para ocupar diversos cargos em empresas de todos os segmentos (não somente de informática). Isto acontece porque não existe no mercado gente capaz de cumprir os requisitos da função. Ai vem esse projeto de lei e diz que os profissionais têm que ter o curso X ou o curso Y, tem que estar filiados no sindicato Z, para só assim puder atuar. Fala sério! Se hoje já temos essa defasagem, imaginem daqui a 5 anos.

Tem que lembrar que tem muita gente boa que pode ficar de fora do mercado, simplesmente porque não tem dinheiro para pagar quatro anos de faculdade. As universidades federais não tem vagas suficientes (no nosso Estado tem somente 30 anuais), o restante dos interessados tem que ir bater na porta das universidades particulares. Além disso, nada impede que se monte uma indústria de diplomas só para “certificar” os profissionais. Este é um cenário nada agradável.

O que mais me chateia é escutar profissionais (ou futuros profissionais) que dizem que a regulamentação tem que sair porque eles querem “garantir” a sua vaga. É a isso que me refiro que os profissionais são contra ou a favor dependendo da conveniência. Se quiser garantir sua vaga vá fazer um concurso público. Outros profissionais reclamam dos baixos salários, que não são valorizados, que os requisitos são cada vez maiores. É isso mesmo, nós vivemos num país capitalista e as empresas querem pagar pouco e querem exigir muito.

Vamos deixar que o mercado regule, por que não? Uma coisa que não vamos ver nas empresas é a combinação do preço que irão pagar para os profissionais. Se a empresa quer alguém realmente bom vai ter que pagar por isso. É assim que funciona. A empresa só quer te pagar dois salários mínimos? Você só aceita se quiser. Se você aceitou é porque é seu preço. Simples assim! Uma argumentação que escuto muito quando dou este exemplo é que tem sempre alguém que vai aceitar. E daí? Esse cara que aceitou os dois salários mínimos não concorre com alguém que está realmente preparado. Esqueça essa “oportunidade” de dois salários mínimos. Os bons profissionais estão em outro patamar.

Continuo achando que fazer uma boa faculdade pode fazer diferença. Dá uma visão mais ampla e ainda mostra outras áreas correlatas que ajudam no crescimento profissional. Entretanto, regulamentar como se pretende agora só vai fazer o país caminhar para trás. É realmente isso que nós queremos? Acho muito egoísmo pensar dessa forma…

 

Serviço de Utilidade Pública

O ano passado escrevi uma coluna sobre como fazer boletins de ocorrência pela web no site da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe. Acontece que o que era bom ficou melhor ainda. O assessor de comunicação da SSP, o Sr. Lucas Rosário, me mandou um email informando que desde novembro do ano passado é possível também tirar Atestado de Antecedentes Criminais. A única restrição é para aquelas carteiras de identidade que foram emitidas antes de março de 1996. Bem, quem tem um documento dessa “idade” já está mais do que na hora de tirar outro. Pode parecer bobagem, mas com esse serviço economizamos tempo e dinheiro. Fora o fato de poder tirar de qualquer parte do mundo, que acreditem, é necessário. Semana passada mesmo eu tirei um. Já tinha dado os parabéns a SSP antes e dou novamente pelos serviços prestados à população.

 

Até a próxima semana

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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