Não é difícil identificar que o adversário real de cada deputado federal ou estadual, é o seu aliado da coligação. Cada um deles realmente tenta derrubar quem está à frente para conseguir uma boa posição na proporcionalidade. O adversário dos três ou quatros candidatos que têm chances de elegerem-se à Câmara Federal pela coligação oposicionista, são apenas os que estão nessa posição dentro da composição que apóia Marcelo Déda (PT) governador. Um exemplo politicamente legítimo: o senador Valadares (PSB) pretende eleger o seu filho – Valadares Filho – para a Câmara Federal e está se dedicando de corpo e alma a este projeto. O adversário de Valadares Filho não está na outra coligação, mas entre o pessoal que está junto a ele, com o mesmo objetivo. Lógico que o exemplo serve para as demais coligações, porque é assim que acontece nesse traiçoeiro jogo da disputa por um mandato ou manutenção dele. Ontem à tarde, na Assembléia Legislativa, o deputado estadual Francisco Gualberto (PT) praticamente repetiu o discurso feito na semana passada, sobre a compra de votos por parte de outros candidatos. Chamou de abuso do poder econômico essa troca comezinha de dinheiro por consciência eleitoral. Gualberto, que sempre denunciou corajosamente tudo que atingia a sua visão lógica de ética e seriedade, dessa vez ele o fez sem dar nome aos bois, nem identificar partidos e coligações que praticam a compra ou venda de votos. O deputado, entretanto, admitiu que levou a denuncia ao Ministério Público: “Não sou leviano e nem inocente. Não iria delatar nenhum companheiro do meu partido ou de outro, sem ter provas. Mas continuarei combatendo a intervenção do poder econômico nas eleições, por questão de filosofia, para que todos sejam eleitos pelo seu trabalho e suas posições políticas”, justificou o deputado. Na semana passada, o colunista recebeu um e-mail, denunciando exatamente o que Gualberto tenta esconder. Segundo o leitor, o problema aconteceu em Gararu, onde o deputado teria fechado um reduto político por R$ 5 mil, com uma liderança que tinha apenas alguns votos. A mesma fonte denuncia que o candidato Rogério Carvalho, do mesmo partido e coligação de Gualberto, cobriu os valores pagos pelo parlamentar em quase 200%. Ficou com a liderança e os votos para ele. Verdadeiro ou falso, o certo é que ninguém desmentiu e a coluna não recebeu qualquer tipo de retificação. A denuncia de Gualberto é muito grave e serviria para reduzir esse mercado vil de consciência no menor estado da Federação. Seria um exemplo. Mesmo assim, o parlamentar deu o episódio como encerrado e, ingenuamente, disse que está cumprindo o “seu papel, fazendo uma alerta à População”. Mas quê alerta? Não é surpresa para ninguém que o mandato é adquirido através do dinheiro ainda proveniente de caixa dois. O parlamentar gaba-se de “há mais de 30 anos” vir condenando o uso de dinheiro no processo eleitoral sergipano. Mas não diz uma vírgula a mais: “quem o fez que responda pelo que falou”. O deputado acrescentou que o combate ao poder econômico só interessa no terreno da disputa política. Lembrou que foi sindicalista e vereador fazendo isso e tem a obrigação de prosseguir na mesma linha, enquanto for deputado. “Vou pedir voto a todo mundo na campanha eleitoral – disse – para assegurar um mandato legítimo, decente e que não sofra a influência do capitalismo selvagem”. Mas, segundo o portal NE-Notícias, “o ex-secretário municipal de Participação Popular, Frederico Romão (PT), pediu à Procuradoria Regional Eleitoral que investigue a denúncia feita pelo deputado estadual Francisco Gualberto, sobre compra de um cabo eleitoral, que seria um dirigente petista, no município de Gararu. A denúncia feita por Gualberto tinha como alvo o ex-secretário de Saúde da Prefeitura de Aracaju, Rogério Carvalho, que teria comprado o passe de um líder político em Gararu”.Tudo isso é muito grave e não pode ficar na base do deixa pra lá. É importante que seja apurado e se exponha uma verdade que todos sabem, vêem, mas se recusam revelar. IMPUGNAÇÃO A candidatura à reeleição do deputado federal Jackson Barreto (PTB) pode ser impugnada ainda esta semana por decisão do TSE. O procurador eleitoral Eduardo Botão Palella, recorreu da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que deferiu o registro da candidatura de Jackson Barreto. ACATOU O TRE acatou a alegação de que o ajuizamento de ação desconstitutiva de julgamento administrativo para questionar o acórdão do TCE afastaria a inelegibilidade. O Procurador Regional Eleitoral, Eduardo Botão Palella, recorreu da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que deferiu o registro da candidatura de Jackson Barreto. JULGAMENTO Um fonte de Brasília disse ontem que está para ser julgada a ação de apelação de Sergipe, possivelmente até o final de semana. Recentemente o TSE impugnou a candidatura de um deputado de Roraima que tinha problemas idênticos ao de Jackson Barreto. DÉDA O candidato a governador de Sergipe pelo PT, Marcelo Déda, está em Brasília ao lado de Jackson Barreto, para acompanhá-lo. A mesma fonte de Brasília disse que o deputado Jackson Barreto e Marcelo Déda já mantiveram contato com o advogado Sigmaringa Seixas. BOSCO O deputado Bosco Costa (PSDB) disse ontem que vai fazer o relatório de dois colegas envolvidos com as sanguessugas com a consciência e com o que tiver no relatório. Caso tenha algum que comprometa o decoro parlamentar ninguém tenha dúvida que vou pedir a cassação do mandato. CACHO O advogado Emanuel Cacho explicou ontem que não está afastado do Movimento-25. Continua à sua frente. Cacho explica que o movimento verde não tem vinculação direta com a campanha e geralmente vai às ruas a 15 dias do pleito. BRASÍLIA O governador João Alves Filho (PFL) teve permanência rápida em Brasília, o suficiente para conversar com o líder do PFL no Senado, senador José Agripino. João Alves também esteve com o senador Romero Jucá e felicitou o ministro Guilherme Palmeira que assumiu a Presidência do TCU. Retornou às 14 horas a Sergipe. CABO ZÉ O ex-prefeito de Lagarto, Cabo Zé, está usando carro de som e percorrendo todos os municípios fazendo anunciando o afastamento da coligação que apóia João Alves. Não está pedindo voto para outro candidato, a não ser o ex-governador Albano Franco, candidato a deputado federal. JONYS O pastor Marcos Jonys (PL) não teve o seu registro para deputado federal reconhecido pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Ele substitui ao deputado Heleno Silva (PL), mas o registro ocorreu fora de tempo, segundo entendeu o TRE. DENUNCIA Há uma denúncia enviada por um eleitor, de que para colocar o pastor Marcos Jony como candidato a deputado federal foram feitas duas atas. Além disso, há muita gente criticando a forma o deputado Heleno Silva apresenta o candidato: “ele fará o que eu fiz na Câmara Federal”. Nesse momento isso não é bom. PERSEGUIÇÃO a perseguição que o candidato Marcelo Deda vem fazendo aos seus programas eleitorais. Marcelo Déda tem entrado constantemente com representação no TRE contra Adelson Alves (PSDC), tentando tirá-lo do ar. ATRAPALHADO “A equipe de Marcelo Déda esta se atrapalhando com os ‘Alves’. Deveriam se preocupar com o João e não com Adelson”, diz Antônio Leite, que faz a campanha do PSDC. DENUNCIA O deputado João Fontes diz que essa é uma eleição diferenciada das demais porque nunca se tomou conhecimento de tantos políticos corruptos. Acrescentou que “há uma lista que circula nacionalmente intitulada de ‘museu vivo do Código Penal’. Infelizmente, Sergipe está nela através do deputado Jackson Barreto”. Notas EURICO O julgamento do Recurso Ordinário (RO 1069), protocolado pelo candidato a deputado federal Eurico Miranda (PP-RJ), cujo pedido de registro de candidatura foi negado pelo TRE do Rio de Janeiro, foi interrompido ontem com pedido de vista do processo pelo ministro Carlos Ayres Britto. O pedido foi feito pelo ministro Carlos Ayres Britto logo após a leitura do voto do ministro Marco Aurélio, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que votou pelo provimento (acolhimento do recurso). DEVOLUÇÃO A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou hoje ontem um projeto de lei que obriga o governo federal a restituição do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) no mesmo ano da declaração. Atualmente a restituição do imposto de renda começa a ser feita no primeiro trimestre do anos seguinte. SUPERSIMPLES A Câmara aprovou ontem com 308 votos a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, que cria o Supersimples. Dos 317 deputados que votaram o Projeto de Lei Complementar 123/04, somente seis foram contra e apenas três se abstiveram.A votação foi possível em razão de acordo de lideranças. É fogo O candidato Marcelo Déda reafirmou que é contra o projeto de transposição do Rio São Francisco e a favor da revitalização. Déda desmentiu as acusações da coligação adversária de que o seu governo, caso eleito, e o os do presidente Lula iriam matar o Rio São Francisco. Durante os dois comícios realizados na noite do domingo, dia 03, nos municípios de Monte Alegre e Canindé, no sertão sergipano. O governador João Alves Filho passou apenas cinco horas em Brasília, porque tinha compromissos em Sergipe. Emanuel Cacho, que coordena a campanha de Alckmin em Sergipe, acha que o candidato tucano está bem em Sergipe. O candidato a deputado federal Jerônimo Reis precisa ter o seu registro mantido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Está prevista para os próximos 15 dias a visita do presidente Lula a Sergipe, para participar da campanha do PT. O deputado estadual Jorge Araújo (PSDB) ainda não se conformou e ficar fora do programa de televisão. Já está comprovado: candidatos como Rola e agora Fofinha não atrai mais nem aqueles que desacreditam nos políticos. Nos últimos cinco anos, os preços dos remédios genéricos caíram em média 40%, em comparação aos mesmos medicamentos da marca.
A coordenação da campanha do candidato a governador Adelson Alves não entende porque
”Será que nas pesquisas deles o ‘meu guerreiro’ (Adelson) esta na frente?” Pergunta o publicitário.
O parecer da proposta do senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA), prevê exceção quando o contribuinte entregar ou retificar a declaração com atraso. Ficam de fora da nova regra pessoas com declarações irregulares.
No entanto, nem todas as lideranças disseram sim. O Psol, por meio da deputada Maninha (DF), declarou no plenário que era contra a aprovação do projeto, mesmo assim supersimples conseguiu aprovação.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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