NOVOS CAMINHOS PARA A MEDICINA DE SERGIPE

Com a posse dos novos dirigentes nas entidades médicas sergipanas, uma nova perspectiva se apresenta como esperançosa para a classe: a instalação da Federação das Entidades Médicas de Sergipe. Pode até parecer mais uma entidade que se agrega às já existentes, em demasia, mas não,  trata-se da busca de unificar o discurso, juntar forças, definir estratégias comuns. Tem o médico assim a grande oportunidade de obter conquistas importantes, antes não alcançadas em função justamente dessa falta de unidade.

Testemunhamos neste final de semana a posse da nova diretoria da Associação Médica Brasileira ocorrida em São Paulo, onde estamos  agora ao escrever este artigo. A confirmação de José Luiz Amaral, anestesista paulista, à frente da entidade, garante a manutenção  dos grandes projetos nacionais mantidos em parceria com o Conselho Federal de Medicina, entre eles o Projeto Diretrizes e os trabalhos das câmaras técnicas que consolidam a implantação plena e definitiva da CBHPM – a Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos, da qual tive o privilégio de participar na sua elaboração, principalmente nos dois primeiros anos. Com a instalação de nossa federação, a terceira a se instalar no país (Santa Catarina e São Paulo já vêm atuando em conjunto), a luta vai continuar com mais força.

Não podemos ainda falar em honorários justos enquanto a  CBHPM não for o único e definitivo instrumento referencial dos procedimentos médicos. Para tanto, a Agencia Nacional de Saúde, que normatiza e fiscaliza o funcionamento dos planos de saúde na esfera privada e o SUS, no segmento público, devem implantá-la sem restrições em seus respectivos segmentos, deixando as negociações de valores para posteriores deliberações. Temos hoje em Sergipe uma medicina da mais alta qualificação humana, com primor científico, tecnológico e de recursos materiais. Precisamos no entanto de respeito e de condições satisfatórias de trabalho.

A Federação das Entidades Médicas de Sergipe, ao reunir a Sociedade Médica, a mais antiga e representativa, o Conselho Regional, o órgão que fiscaliza o exercício ético da profissão, o combativo e atuante Sindicato e finalmente, a Academia de Medicina, guardiã fiel e destacada da memória médica do Estado, celeiro de vultos que construíram com esforço e altruísmo capítulos importantes e conquistas indeléveis da nossa história, traz a esperança de volta e fortalece a luta dos médicos na defesa de condições dignas de atendimento para a população. Precisamos agora que a classe médica, como um todo, saia de seu imobilismo contumaz, participe das discussões e cobre permanentemente de suas lideranças  a manutenção dessa união e que este momento mágico não se extingue em função de vaidades ou interesses pessoais ou políticos partidários, fato que já havíamos denunciado em artigos anteriores e que motivaram insatisfações e ressentimentos descabidos.

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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