Os resultados da nova série das Contas Regionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, em 2002, em relação à série anterior (1985 como ano de referência), o Centro-Oeste (de 7,4% para 8,8%) e o Sudeste (de 56,3% pra 56,7%) elevaram sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Nas demais regiões houve queda. As Contas Regionais de 2005, em parceria como os governos estaduais e a Suframa, replicaram em nível regional as grandes mudanças nas Contas Nacionais divulgadas em março e novembro de A soma das participações dos sete maiores estados na economia brasileira atingiu 75,9% em 2002 e reduziu-se para 75,2% em 2005. Entre 2002 e 2005 São Paulo e Rio Grande do Sul foram os que mais perdem participação, embora São Paulo tenha se recuperado ligeiramente em 2005, sem retornar ao patamar de 2002. Já o Rio Grande do Sul se ressente em 2004 e principalmente, em 2005, de uma forte seca conjugada com a queda de preços dos grãos, que também atingiu o Paraná. Santa Catarina se aproximou da Bahia na nova série, principalmente pela perda de participação da Bahia no PIB brasileiro. O Distrito Federal passa a ser o 8º e se aproxima também de Santa Catarina, ambos têm uma estrutura econômica totalmente distinta: Santa Catarina tem quase 43% de sua economia gerando bens, 8% na agropecuária e 34% no setor industrial, já o Distrito Federal é 94% voltado aos serviços. Goiás (9º), Pernambuco (10º) e Espírito Santo (11º) vêm a seguir, sendo que os dois primeiros quase com o mesmo valor nominal. Em Goiás é grande o peso da agropecuária (13,4%), mas o da indústria (26%) é maior. Pernambuco tem o setor de serviços pesando em torno de 70% e, como todos os estados do Norte e Nordeste, depende muito da administração pública (em trono de 23% em 2005). Ceará (12º), Pará (13º) e Mato Grosso (14º), também estão muito próximos. No Ceará, os serviços têm peso em torno de 66%, mas a indústria tem sua importância (cerca de 22%) e 66% dela está ligada aos setores de couro, têxteis e alimentos. No Pará, a indústria alavanca a economia, principalmente a extração de minério (8%) e indústria de transformação (13%), mas a metalurgia, alimentos e bebidas e bebidas, juntamente com madeira representam 65% da indústria paraense. Mato Grosso continua tendo o maior crescimento, em volume, e a nova série captou os efeitos econômicos do avanço da fronteira agrícola em conjunto com a indústria de transformação. A agropecuária representa cerca de 32% da economia mato-grossense e a indústria de transformação, 11%, naturalmente voltada para a produção de alimentos e bebidas (62,4%), seguido da madeira (10,4%). A taxa de pobreza nas seis maiores regiões metropolitanas do País caiu de 35% da população, em 2003, para 24,1% neste ano, com redução de quase um terço da pobreza em termos proporcionais. A indigência seguiu o mesmo ritmo e sua participação no conjunto da população caiu para a metade nesse período, segundo dados do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). O percentual de famílias mais ricas, com rendimento de 40 salários mínimos mensais ou mais, segundo o IPEA, no ano passado, o percentual encontrava-se no mesmo patamar de 2002 e, neste ano, a tendência é permanecer estável.
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