O professor José Augusto da Rocha Lima, no artigo de fundo intitulado Rumo à Escola, justifica a ligação, dizendo: “Inaugurando no dia 13 de Julho este Boletim Pedagógico como homenagem ao feito heróico dos desbravadores da Revolução vitoriosa, os professores de Sergipe afirmam sua fé nos destinos da escola sergipana e encetam uma fase de esperanças, de trabalho e de patriotismo.” E continua, em seu artigo, o professor Rocha Lima: “Cremos no Brasil. Afagamos o sonho luminoso duma Pátria forte, rica, rebrilhante de civilização e progresso, de instrução e cultura, como redourada do sol tropical que lhe esbate os flancos. O protoplasma de toda esta sonhada grandeza afigura-se-nos seja a escola. Nada devemos poucpar à consecução desse magno desiderato. Política elevada e construtora no Brasil é sobretudo educara, elevar a massa inculta e bronca; porque o digamos assim, é fazer o povo brasileiro.”

Helvécio de Andrade, que foi Diretor da Instrução Pública na primeira Interventoria de Augusto Maynard Gomes, e teve papel destacado, em 1932, na instalação do Jardim de Infância que leva o nome do Interventor, foi mais objetivo ao ligar o 13 de Julho de 1924 ao movimento revolucionário de 1930, que levou Getúlio Vargas ao Poder. No artigo intitulado 13 de Julho, publicado no Boletim Pedagógico, Helvécio de Andrade afirma: “O aparecimento do 1º  número do Boletim Pedagógico no dia em que se comemora o primeiro ato da Revolução em Sergipe, triunfante em outubro de 1930, não é só uma homenagem cívica ao fato histórico, é também o revigoramento desse espírito revolucionário indispensável ao sustento da fé nos destinos da Pátria que quer subir, valer, engrandecer-se, e não poder conformar-se com os entraves do “particularismo” ao desenvolvimento moral do povo. Os homens da primeira República não tiveram tempo de auscultar o coração brasileiro e os seus melhores impulsos para o bem da instrução. … A escola moderna é a escola do “melhor viver e do melhor fazer”. Nesse sentido devemos solidariedade a esses espíritos rebeldes aos vícios e  preconceitos sociais que retardam o aperfeiçoamento moral do povo.”

Helvécio de Andrade aproveitava o pequeno jornal, editado pela Associação Sergipana de Educação, que funcionava na Escola Normal, para defender a criação de Jardins de infância, a partir do sucesso do primeiro deles em Aracaju, inaugurado a 17 de março de 1932, de Escolas maternais, de Escolas bem montadas e em casas próprias, Material didático abundante, Professoras dedicadas e capazes, Inspeção técnica ativa e eficiente, como um programa a realizar.

Professores sergipanos, que estavam engajados no movimento paulista da Eugenia, também somaram esforços com os idealistas da Escola Nova, e procuraram aprender em tais contatos os novos caminhos para a escola sergipana. Certamente José Augusto da Rocha Lima e Helvécio de Andrade são dois nomes relevantes na renovação da educação em Sergipe, afinados no tempo com ideais revolucionários, que por mais difusos que tenham sido representaram teses avançadas, incorporadas em programas de Governo.