O agenciador de carros

As aventuras de um consumidor no Brasil

O agenciador de carros

 

A história de hoje conta a aventura de Consuminho ao exigir da concessionária de carros usados o conserto da caixa de marcha do seu carro, o qual comprou por intermédio de um agenciador.

 

Consuminho adora carros e sempre quis ter um completo, com ar-condicionado, vidro elétrico, retrovisor elétrico, câmbio hidromático, banco de couro etc. Acontece que devido ao preço de um modelo desse ser muito caro, resolveu contentar-se com um usado até que um dia consiga comprar um zero quilômetro.

 

Certo dia saiu pela cidade fazendo pesquisa nas lojas de usados até que ao sair de uma loja, já na rua, foi abordado por um homem que se apresentou como agenciador e lhe disse que sabia onde tinha o carro que Consuminho tanto queria. Diante da notícia, Consuminho o acompanhou até a loja de usados e lá viu o carro o qual lhe deixou encantado. Tratava-se do modelo que tanto procurava.

 

Embora deslumbrado Consuminho levou o veículo até uma oficina que ficava próxima a loja para um mecânico examinar e este lhe disse que o carro estava muito bom. Disse ainda que conhecia o veículo e que Consuminho podia comprar tranqüilo. O agenciador e o vendedor diziam que só não compravam o veículo porque não tinham dinheiro.

 

O agenciador, juntamente com o vendedor e outro funcionário da concessionária, começou a pegar os dados de Consuminho que assinou o contrato de financiamento na própria loja.  Consuminho estranhou o fato de o carro ter sido transferido do nome do antigo proprietário para o seu, sem qualquer registro de entrada do veículo na loja, mas estava tão feliz que não se preocupou com isso, afinal de contas tinha comprado o carro que sempre sonhou e isso era o que mais importava naquele momento.

 

Passados sete meses, Consuminho que até então só tinha andado com o carro na cidade a uma velocidade máxima de 60 km, aproveitou um feriado para ir a casa de praia e na estrada percebeu que quando o carro ultrapassava a velocidade de 100 km acendia uma luz vermelha e o câmbio automático travava não passando mais marcha. Foi uma tremenda decepção. 

 

Ao voltar do feriado, Consuminho procurou o agenciador e o mesmo lhe disse que não podia fazer nada, vez que apenas tinha indicado o veículo. Foi até a loja e esta lhe disse que quem tinha vendido o veículo foi o agenciador e, portanto, não tinha qualquer responsabilidade.

 

Indignado Consuminho consultou o Código de Defesa do Consumidor e descobriu que a loja e o agenciador eram responsáveis pelo problema do carro. Descobriu ainda que podia reclamar, pois, só tomou conhecimento do problema quando viajou.    

 

Na oficina que havia examinado o carro, Consuminho soube por um funcionário que a loja, o vendedor e o agenciador sabiam do problema do carro e que o mecânico o qual examinou o carro ficou calado porque era tio do agenciador.

 

Consuminho ao perceber que foi enganado, registrou uma ocorrência na Delegacia de Defesa do Consumidor para que seja investigada a prática de crime contra as relações de consumo e outra no Procon, para que instaure procedimento administrativo e adote as medidas que a lei determina. Na justiça, requereu que a loja pague pelo conserto do veículo.

 

Consuminho contou o fato para todos os amigos, colegas e conhecidos; Quer evitar que outras pessoas sejam vítimas daqueles enganadores: loja, agenciador e mecânico.

 

Faça como Consuminho e exerça o seu direito. Agindo assim, estará contribuindo para a melhoria da qualidade das relações de consumo.

 

 

 

 

Comentários

Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso portal. Ao clicar em concordar, você estará de acordo com o uso conforme descrito em nossa Política de Privacidade. Concordar Leia mais