A terra está, sim, mais quente. E não é de hoje. Veja o que aconteceu com o nosso planeta desde 1860. A linha da temperatura média começou a subir no início do século passado. E não parou mais. O alerta vem sendo dado com insistência, em todo o mundo: O futuro do planeta terra é sombrio. Espécies vão desaparecer, o nível dos oceanos vai subir, a temperatura vai se elevar.
Estas transformações obrigarão milhões de pessoas a abandonar suas casas e o número de refugiados do clima será superior ao de refugiados de guerra, alertam alguns especialistas. O aumento de 40 centímetros no nível dos oceanos significará que 200 milhões de pessoas terão que abandonar suas casas e locais de moradia.
O clima no Brasil também está mudando. E a temperatura deve aumentar ainda mais, o que pode ter impacto na vida de cada um de nós. “A partir do ano 2040, 2050, a Amazônia entra em uma fase de colapso. E passaria a ser outro tipo de vegetação, uma vegetação tipo savana ou cerrado”, prevê o pesquisador José Antonio Marengo.
Um mapa mostra a região nordestina que seria mais castigada: O semi-árido. E já se fala nos impactos sociais que seriam provocados pela mudança do clima. Milhares de famílias seriam obrigadas a deixar o sertão e buscariam emprego nas grandes cidades. Nesse cenário, a temperatura média no Brasil, que já é alta, passaria de 25ºC para 29ºC, em 2100.
Segundo o ex-presidente francês, Jacques Chirac: “O dia em que o clima mudará e escapará de qualquer controle está próximo. Estamos no limite do irreversível”. Diante desta urgência, não há tempo para medidas frágeis. “È o momento de uma revolução em nossas consciências, de nossa economia e nossa ação política”, acrescentou.
Segundo documento preparado pelo economista britânico Nicholas Stern, ex-chefe Economista do Banco Mundial, as mudanças climáticas custarão mais do que duas guerras mundiais e a grande depressão combinadas. A menos que os governos ao redor do mundo adotem medidas drásticas agora para barrar o aquecimento global, o fenômeno custará à economia mundial até US$ 7 trilhões. O economista sugere que 1% do produto interno global seja gasto imediatamente na mitigação das mudanças climáticas, para evitar maiores custos mais tarde.