O ano de 2004, como foi?

No cenário internacional, no campo da economia, vimos o Banco Central Americano aumentar a taxa de juros, em função dos sinais de reaquecimento da economia norte-americana. As economias da União Européia e do Japão tiveram um reaquecimento aquém do esperado.

 

Na América Latina, a Argentina, procurando reerguer sua economia, criou uma série de problemas para com os produtos brasileiros.

 

No campo militar e político, o impasse entre judeus e palestinos continuou sem solução; o Iraque recuperou a sua autonomia, mas a violência continua. Morreu o líder palestino Yasser Arafat, que tanto sonhou com a criação do Estado Palestino.

 

Atentados terroristas não deixaram de existir. No Haiti, forças internacionais estão em seu solo para garantir a paz. Na Venezuela, um referendo garantiu a permanência do Presidente Hugo Chaves no poder e o Presidente Bush foi reeleito presidente dos Estados Unidos da América.

 

No Brasil, o controle da inflação e a austeridade fiscal criaram condições para o crescimento econômico, não só nas exportações, mas também interno. O ano deve fechar com crescimento do PIB em torno de 5%, com o maior saldo positivo da balança comercial e com superávit primário superior ao negociado com o BID.

 

No campo político, em função das eleições municipais, o Congresso Nacional deixou de votar projetos importantes como o Orçamento para 2005 e muitos outros.

 

Quanto ao Orçamento para 2005, se não votado em 2004, poderá haver uma convocação extraordinária para votá-lo e como conseqüência, deputados e senadores receberão uma boa quantia de recursos, que para a população deveriam estar sendo usados para melhorar a qualidade de vida dos brasileiros e não dos senhores deputados e senadores.

 

No Estado, tivemos algumas crises internas, mas de modo geral, a economia sergipana manteve-se estável e nos municípios tivemos as eleições para prefeito e vereadores. O destaque ficou com o Prefeito de Aracaju, Marcelo Déda, que foi reeleito no primeiro turno. Nas Câmaras Municipais, apesar de ter havido uma grande renovação, a sociedade ainda está longe de ser bem representada.

 

Estamos deixando para trás um mais um ano e às vésperas de um novo ano. Assim, acredito ser importante, para que meditemos sobre essas duas mensagens recebidas de participantes da Questão do Mês:

 

– “Sempre quando chega o final de mais um ano se renova as esperanças de prosperidade, vejo isso desde criança, acredito que serve para alimentar a própria dificuldade da vida. No mais, nenhuma novidade, mas continuo com esperança. Se não conseguir ver meu país sem miséria, violência e mais humano, a minha única esperança, é que um dia os meus filhos ou netos tenham o prazer de viver momentos que eu não pude viver. Aproveito o ensejo e a oportunidade para expressar os meus sentimentos, para desejar a todos os seres humanos deste planeta que tenham um feliz Natal e um prospero Ano de 2005. E que nosso país tenha mais seriedade nas suas decisões”.

 

– “Realmente acredito que 2004 foi muito melhor que 2003. No entanto, as pessoas não percebem as melhoras porque ficam todo o tempo preocupando-se apenas para o futuro, sem perceberem o que lhes acontece no presente. Outra grande questão se deve ao fato das pessoas preocuparem-se demasiadamente com a vida dos “vizinhos” e se esquecem de viver as suas! E antes de qualquer outra questão, devemos começar a melhorar nós mesmos, assim poderemos apreciar tudo de bom que a vida nos oferece a cada amanhecer”.

 

Edmir Pelli é aposentado da Eletrosul e articulista desde 2000
edmir@infonet.com.br

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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