O carro que acelera sozinho

As aventuras de um consumidor no Brasil

O carro que acelera sozinho

A história de hoje narra a aventura de Consuminho para resolver o problema do seu carro que, de repente, acelerou sozinho em alta rotação, sem funcionar o freio, ocasionando um acidente onde a seguradora declarou a perda total do veículo.

Consuminho adora carro, sempre que pode, troca de veículo, passa no máximo três anos com o mesmo modelo. Faz todas as revisões na concessionária. Na última vez que trocou de carro, levou em consideração a informação de que aquele veículo nunca quebra, além de ser muito econômico.

Certa vez, fazia manobra para estacionar o carro na garagem quando, de repente, o carro passou a acelerar sozinho em alta rotação. Pisava no freio mas não adiantava, uma vez que o mesmo parou de funcionar. Por sorte, conseguiu desviar o veículo de uma pilastra indo de encontro à parede no fundo da garagem. Os estragos foram tantos que a seguradora deu perda total do veículo.

Consuminho sofreu uma forte pancada na cabeça e ficou com dor no peito. Após uma bateria de exames, foi liberado do hospital tendo sido recomendado a ficar de repouso durante sete dias.

Durante o período em que ficou de repouso Consuminho consultou o Código de Defesa do Consumidor e descobriu que o produto colocado no mercado de consumo não pode acarretar riscos à saúde ou segurança do consumidor. Descobriu ainda que o fornecedor não pode colocar no mercado de consumo produto que sabe ou deveria saber  apresentar alto grau de nocividade ao consumidor.

Diante dos fatos, mesmo com o recebimento da indenização referente à perda total do veículo, Consuminho deu ciência do fato à montadora e denunciou o ocorrido ao Promotor de Defesa do Consumidor da sua cidade que instaurou procedimento administrativo para apurar o caso. Durante o procedimento, que contou com a presença de representante do Procon, outros consumidores compareceram e relataram problemas e acidentes semelhantes com o mesmo modelo e ano do veículo. Os acidentes foram inclusive motivo de audiência na assembléia legislativa do estado. A montadora alega que os problemas relatados tiveram como causa a falta de presilhas de fábrica nos tapetes que se prenderam no acelerador. Também alegou que não é o mesmo problema que provocou o recall do modelo em outros países.

Agora, Consuminho aguarda o resultado da denúncia que fez. Ele tem a consciência de que foi necessário denunciar o fato ao Ministério Público para que outras pessoas não venham a passar pela mesma situação, haja vista que o mencionado problema pode não ter sido apenas com o modelo dele, mas na série de fabricação. Consuminho vai ajuizar uma ação na justiça pedindo indenização por danos morais.

Faça você também como Consuminho e exerça o seu direito, consciente de que deve contribuir com a coletividade. Agindo assim, estará contribuindo para a melhoria da qualidade das relações de consumo.

 

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