Sem dúvida, o deputado federal André Moura é hoje o parlamentar federal que mais atormenta e provoca ira – talvez, até certa confusão mental – entre os “militontos”. Os ataques feitos ao cabra nas redes sociais, em blogs da internet, na imprensa ou através de manifestações públicas seriam, por assim dizer, a “ponta visível” desse iceberg de insatisfação furiosa e – por favor, não caiam na gargalhada! –, ao mesmo tempo, de uma aflição chorosa.
Já a face obscura do mastodonte gelado, aquela abaixo da linha d'água, resvala para algo mais patológico: o xingamento gratuito, eivado de ódio desmedido. Há estudos científicos a apontar o quanto sofrem as criaturas odientas, que se nutrem de profundo rancor. Por outro lado, perda do controle emocional e violência sem causa são sintomas típicos de esquizofrenia, cuja característica predominante é justamente o comportamento social anormal. Às vezes, os acometidos por surtos ocasionais podem ver, ouvir e até “sentir” coisas que não existem no mundo real.
O texto do colunista Paulo Victor Melo, publicado pelo Portal Infonet nesta segunda-feira (25), encaixa-se bem na primeira classe. Advindo dos autointitulados “movimentos sociais”, o jornalista, como tantos outros ligados ao petismo militante, busca desqualificar o deputado pela via do achincalhe moral, repetindo como a um mantra os “processos” judiciais a que ele responde.
Na tentativa de tentar “desconstruir” André Moura – este foi o propósito anunciado –, o jornalista indica haver, “somente no Supremo Tribunal Federal (STF), seis processos contra o deputado, sendo [sic] apropriação indébita e desvio ou utilização pessoal de bens públicos de Pirambu, alguns dos crimes pelos quais André Moura está sendo processado.” Será um crime gravíssimo, hediondo, ter processos em tramitação na Justiça? Eu mesmo respondo a três, um dos quais em andamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ), e não me considero (ainda) um criminoso.
Mas, será que Paulo Victor Melo intui, do alto do seu saber, serem tais processos efetivas condenações, mesmo sem o tal “trânsito em julgado” final? Se assim o for, senhoras e senhores, haja condenado neste País. Aliás, o próprio “ídalo” dele, Lula da Silva, agora arrastado pela Operação Lava-jato para o cerne do escândalo envolvendo Petrobras e empreiteiras, já seria – por antecipação; ou seria precipitação? – um condenado. Não, o ex-presidente (ainda) não é um condenado, caro Paulo Victor Melo. É, por enquanto, “apenas”, “somente” um réu… ilustre e poderoso, esperto e ligeiro, mas apenas um réu, um “paciente” da Justiça, como André Moura.
Claro está que, para efeito de contraposição, não adianta muito tentar justificar os chiliques da imprensa vermelha contra André Moura, que extrapolam o debate político e partem para o ataque moral e, por vezes, pessoal. Eles são explicáveis, como dito mais acima, pela via do ódio patológico ou por força da esquizofrenia. Em ambos os casos, a causa para tais reações advém, certamente, do esforço do parlamentar para votar a admissibilidade do processo de impedimento constitucional da presidente da República, ora em apreciação no Senado, o que lhes provoca, com certa razão, (res)sentimentos inimagináveis.
Por serem almas pouco evoluídas mentalmente, os odientos não conseguem conter as próprias emoções e se desbundam violentos – uns cospem, outros falam de processos ainda não conclusos; já a loucura, ainda bem, pode ser tratada e controlada através de medicamentos.
De toda sorte, para o bem de todos e felicidade geral desta Nação, sigamos torcendo que acabe logo o processo de impeachment e seja afastada do poder essa turba pedaleira, larápia, incompetente e inconsequente. Este, aliás, é o grande mérito de André Moura – um grande malvado: ao coordenar o “Movimento Pró-impeachment, tem feito um bem danado ao Brasil. #ForaDilma #ForaPT
(*) David Leite é assessor parlamentar.