O comércio eletrônico

Há muitos anos atrás (nem me lembro quantos) fiz a minha primeira compra pela internet, era uma câmara digital com resolução VGA e um flash bem fraquinho. Escolhi o modelo, paguei com cartão e alguns dias depois chegou em perfeito estado na minha casa. Na época todo mundo falava que era muito perigoso, que o cartão seria clonado, que o produto não chegaria e um sem número de entraves, mas eu achava que aquele modelo de vendas seria vencedor. Hoje é conhecido como comércio eletrônico, ou e-commerce, e a cada ano cresce exponencialmente o número de usuários.

No ano passado, numa aula na universidade, estávamos discutindo sobre e-commerce e pedi a um aluno que me indicasse dois concorrentes da livraria Escariz. Pensou um pouco e respondeu exatamente o que queria. Ele falou Submarino e Americanas. Silêncio geral por alguns segundos até que outro aluno falou a livraria não teriam muito futuro ao concorrer com esses gigantes. Talvez um dia, mas achar que o comércio tradicional será totalmente substituído é uma realidade ainda muito distante.

A maior preocupação dos usuários é com a segurança da transação. São tantas notícias ruins que saem nos jornais, que as pessoas acabam não comprando. A medida que os usuários descobrem que o e-commerce em muitos casos é mais seguro do que, por exemplo, abastecer o tanque de um carro usando o mesmo cartão, o medo diminui e passamos a ter mais um comprador virtual.

Mas não é só a segurança que os usuários se preocupam. A idoneidade das empresas é um ponto importante, já que sem confiança no vendedor ninguém vai comprar. Conheço alguns casos que a compra foi efetuada e o produto nunca foi entregue. Para minimizar esse problema a solução é comprar em lojas reconhecidamente confiáveis. Como último ponto negativo temos o tempo de entrega do produto. Para Aracaju, o prazo é em média de sete dias, o que acaba inibindo a compra, já que o consumidor normalmente quer sair com o produto debaixo do braço. Nas compras virtuais precisa ter um pouco mais de paciência. Esse é um item tão importante que as cidades maiores, como São Paulo, possuem opções de entrega para o mesmo dia.

O comércio eletrônico cresce basicamente por dois motivos: comodidade e oferta. Em apenas alguns minutos podemos navegar por diversas lojas procurando o produto, comparando os preços e verificando os prazos de entrega. Existem sites especializados em comparação de preços, ou seja, é só digitar o produto e esperar a resposta, mais fácil impossível. Fazer isso no comércio tradicional vai dar bem mais trabalho.

Procurar e não encontrar um produto nas lojas de e-commerce é um fato raro. Se considerarmos as milhares de cidades brasileiras onde a oferta no comércio não atende a demanda da sua população, podemos ver o quanto ainda pode crescer o comércio virtual. Não tenho dúvida que em algum momento as vendas do e-commerce passarão as vendas tradicionais. Quanto isso vai acontecer? Não me arriscaria a dizer, ainda está muito longe… Mas, é esperar para ver.

Bem, como na próxima semana vou estar a minha querida Aracaju, comprei o presente numa loja real, paguei com dinheiro ao invés de cartão (que é o dinheiro virtual) e vou entragá-lo pessoalmente. Essas coisas de Internet a gente nunca pode confiar. J

 

Até a próxima semana!

Em tempo: Não vou dizer o que comprei… Não quero estragar a surpresa da mamãe.

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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