Dentro de poucos dias, o povo sergipano vai às urnas para eleger os seus mais legítimos representantes no Legislativo (estadual e federal) e no Executivo (governos estadual e federal). Será uma eleição emocionante. Cheia de surpresas, mas com poucas novidades. Um paradoxo? Claro que não. Num pleito como o que se avizinha, com a participação de nomes exponenciais de nossa política, podemos ter surpresas, sim, sem, contudo, haver grandes novidades. E é exatamente isso que se está delineando pelo andar da carruagem e pela nítida preocupação exposta nas faces de certos candidatos, considerados até agora imbatíveis pelas pesquisas de opinião.
Não tenho bola de cristal. Mas aprendi com a experiência de quem acompanha, já há algum tempo, as eleições em Sergipe, que precisamos manter o “desconfiômetro” ligado o tempo inteiro, para não incorremos no risco de quebrar a cara ao fazermos uma análise do cenário político apenas com base no que parece ser.
É perfeitamente natural que os apaixonados fiquem cegos. Não enxerguem um palmo diante do nariz. E isso costuma acontecer com as pessoas em todos os setores da vida. Mas, com o passar dos anos, vê-se logo que paixões arrebatadoras dão lugar a desilusões. E o pior cego, caro leitor, é aquele que não quer ver.
Na reta final destas eleições (últimas 72 horas), deve sagrar-se vencedor aquele candidato que conseguir trabalhar bem a logística dos votos. Tarefa nada fácil para neófitos na política. Logística é, sem sombra de dúvidas, o grande diferencial para qualquer produto. E, numa eleição disputadíssima como a deste ano, a logística fará a diferença.
Você já parou para imaginar o que pode acontecer com o eleitor humilde (grande maioria), que mora nos confins de Sergipe, na hora de ir para a sua respectiva seção eleitoral? Outras dúvidas interessantes: será que os institutos de pesquisa o colocaram na amostragem? Será que ele tem energia em casa?
As respostas para essas indagações, certamente, só em primeiro de outubro.