O diagnóstico precoce de câncer de colo de útero salva vidas

“Um fator importante para o sucesso é a auto-confiança. Um fator importante para a auto-confiança é a preparação.”

(Arthur Robert Ashe, Jr)

O diagnóstico precoce de câncer de colo de útero pode evitar em 80% os riscos de metástases e outras complicações decorrentes desse grave problema de Saúde Pública.

Aproximadamente anualmente 16 mil mulheres no Brasil são diagnosticadas com a doença, sabemos que é fundamental a vacinação contra o vírus HPV uma medida preventiva essencial no combate à essa doença, cujos sintomas geralmente são silenciosos e em 35% dos casos evolui inexoravelmente para o óbito.

De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tumor de colo do útero atinge mais de 16 mil mulheres no Brasil por ano, o que já faz dele o terceiro tipo de câncer mais prevalente entre a população feminina, como dissemos anteriormente tratasse de uma doença silenciosa e, por isso, em cerca de 35% dos casos acaba levando à morte, a grande preocupação dos ginecologistas é por causa dos crescentes índices da doença, que com toda a certeza vem aumentando principalmente pelo aumento do principal causador da condição: ou seja pelo contágio do papilomavírus humano – comumente conhecido como HPV.

Por tratar-se da mais comum infecção sexualmente transmissível em todo o mundo, o vírus HPV atinge de forma massiva as mulheres, dados oriundos do Ministério da Saúde contabilizam de que cerca de 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão do vírus se dá geralmente na faixa dos 25 anos, e infelizmente após o contágio, pelo menos 5% delas irá desenvolver câncer de colo do útero em um prazo que pode variar de dois a dez anos, uma taxa que preocupa sobremodo ao profissionais da Medicina.

As Revistas Especializadas documentam dados alarmantes, quais sejam a de que anualmente, mais de 500 mil mulheres são diagnosticadas com câncer de colo uterino no mundo, além disso observasse de que aproximadamente 300 mil óbitos ao ano são decorrentes de câncer de colo de útero, configurando um grande e mortal desafio a saúde mundial, apesar de ser uma doença totalmente prevenível, salientando que cerca de 90% dos casos ocorrem em países pobres ou emergentes, sobretudo por estratégias equivocadas de implementação vacinal e programas de rastreio populacional inadequados, infelizmente isso é só a ponta de um ¨iceberg¨ por que espantosamente verificasse que a mortalidade nesses países é cerca de 18 vezes maior que em países desenvolvidos, os dados em nosso País mostram uma a taxa de mortalidade ajustada para a população mundial de 4,70 óbitos para cada 100 mil mulheres.

Segundo os Especialistas da Saúde Feminina esse tipo de infecção genital é muito frequente, o que pode ocasionar alterações celulares no corpo da mulher, evoluindo para um tumor maligno. Importante informar que o processo de oncogênese do HPV consiste em algumas etapas principais a saber: infecção pelo HPV de alto risco oncogênico, acesso do vírus ao epitélio metaplásico na zona de transformação do colo uterino, persistência da infecção com integração do genoma viral ao DNA da célula hospedeira, e nesse ponto que o vírus passa a expressar suas proteínas relacionadas ao câncer, promovendo a imortalização celular, consequentemente a depender da condição de cada mulher poderá ocorrer o aparecimento das lesões precursoras ou mesmo o câncer.

Devemos sempre lembrar de que a prevenção é um dos principais aliados no combate ao câncer de colo do útero, e de que a vacinação contra o HPV representa a melhor forma de prevenção primária, resultando numa resposta imune 10 vezes mais eficiente que a viral e está disponível contra os seguintes subtipos: vacina bivalente contra HPV 16 e 18; vacina quadrivalente contra HPV 6,11,16 e 18; e a vacina nonavalente que inclui mais 5 subtipos oncogênicos os 31, 33, 45, 52 e 58. 8,chamando a atenção de que todas as vacinas possuem soro conversão próximas a 100%,convém lembrar que a duração total do proteção ainda é incerta, porém estima-se em aproximadamente 9 anos; embora alguns estudos matemáticos mais amplos possam indicar uma alta concentração de anticorpos por no mínimo 20 anos.

Em complemento à prevenção primária, devemos sempre chamar a atenção de que a realização de os exames periódicos para detecção da doença é fundamental para um diagnóstico o mais precoce possível. Sabesse com bastante precisão de que quando diagnosticado precocemente, é possível ocorre uma redução de até 80% de mortalidade por este tipo agressivo de câncer, além disso por ser considerado o tumor de colo do útero uma doença com sintomas bastante silenciosos, observamos que muitas vezes as mulheres perdem a chance de descobrir a condição ainda na fase inicial, por isso é aconselhável as mulheres realizarem os exames como o Papanicolau periodicamente, para que aumentem as chances da doença ser diagnosticada precocemente.

Apesar dos exames ginecológicos serem essenciais para a identificação precoce de possíveis sinais de alerta para a doença, o Ministério da Saúde estima que infelizmente somente 16% das mulheres de 25 a 65 anos passam por avaliações de rotina no Brasil, isso ocorre há muitos anos, por falta de políticas educativas de Saúde que pudessem coibir esse crescimento dessa doença de forma tão avassaladora e letal., e é um número bastante aquém das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) como metas para frear os índices de letalidade pelo câncer de colo de útero.

Esse tumor ocorre quando as células que compõem o colo uterino sofrem agressões causadas pelo HPV, e os seus primeiros sinais aparecem por meio de sangramento vaginal, seguido de corrimento e dor na pelve. Infelizmente, observasse que quando a doença já se encontra em um estágio mais avançado, a mulher pode apresentar um quadro de anemia devido à perda de sangue, além de dores nas pernas, nas costas, problemas urinários ou intestinais, anorexia importante e muitas vezes perda de peso bastante significativa, prostração e astenia severa com dificuldade para deambular. . Devemos também chamar muito a atenção de que os sangramentos podem ocorrer durante a relação sexual, fora do período menstrual e em mulheres que já estão no período da menopausa..

Quando adequadamente detectado, os procedimentos para o tratamento do câncer são cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia. No caso da conduta inicial ser cirúrgica ela em geral consisti na retirada apenas do tumor, ou então a depender da faixa etária ou do estadiamento ( gravidade ) do tumor na retirada do útero e às vezes até dos ovários, com subsequente tratamento quimioterápico e/ou radioterápico, em geral, isso ocorre nos estágios mais avançados da doença..

Lembrem-se: ¨Prevenir é sempre melhor do que remediar ¨.

Uma boa e tranquila semana.

Fique em casa. Deus no comando!!!

 

O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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