Quando já se pensava que as eleições americanas estavam decididas com Barak Obama, vencendo o insosso John McCain, eis que surge Sarah Palin, jovem governadora do frio e distante Alasca, que aquece a disputa e parece fazer pender a balança para o lado Republicano. Na verdade, a vitória do senador Obama, alijando Hillary Clinton do processo, deixou uma impressão de perda e de orfandade junto ao eleitorado mais aberto às minorias oprimidas, sobretudo, às mulheres que viram a sua exponencial representante ser banida de uma disputa, quase igualada. E quando um partido sai dividido da convenção após uma disputa renhida com foi a dos Democratas, sempre fica uma ferida, resultado de uma costura mal cerzida. Mesmo porque Hillary Clinton esbanja simpatia, capacidade e inteligência, e Barak não o é tanto assim, e a sua novidade é a própria cor, um exotismo no ainda recalcitrante e latente racismo americano. Na própria convenção democrata, o melhor discurso foi da Senadora Clinton, superando a todos, do Obama ao próprio Bill Clinton exibindo um sorriso sem encanto. Quanto a Hillary, seu charme dominou o palco empolgando a torcida, de forma que, mesmo mostrando seu apoio democrático de militante, saiu do púlpito e do cenário demonstrando que era uma melhor candidata para enfrentar os Republicanos. Eis que acabou a festa. Os Democratas vão de Obama tendo Joseph Biden, um experiente senador, como candidato a Vice-Presidente. De Biden, sabe-se ter sido escolhido para dar embasamento político a Obama, que é acusado de inexperiência, sobretudo em assuntos internacionais. Mas, vem dos Republicanos o golpe de destaque após sua convenção. A escolha não imaginada de uma mulher como candidata a Vice-Presidente, uma jovem e bela governadora, até o momento desconhecida, sobretudo em Washington, mas que vem se destacando como Governadora de um Estado longínquo e gelado, com sonhos de emancipação, que chega com um discurso vibrante e atual, arregimentando o eleitor mais conservador americano que andava pressionado neste processo, com a rejeição crescente do Presidente Bush. Antes da pretensão de Hillary Clinton, só Geraldine Ferraro conseguira ser candidata a Vice-Presidente em 1984 na chapa Democrática com Walter Mondale, derrotados por Ronald Reagan e George Bush pai. Agora, vinte e quatro anos depois, surge a primeira mulher Republicana postulando a Vice-Presidência. Procurando detalhes do currículo desta mulher, Sarah Palin, extraí os seguinte dados, bastante interessantes em Time Magazine, cuja tradução segue abaixo, inclusive com fotos divulgadas amplamente por aquela excelente revista. Vejamos. Resumo político. Por TIFFANY SHARPLES
Os partidos Democrático e Republicano nos EUA têm como mascote um jumento e um elefante.
McCain e Palin na convenção Republicana