Na última sexta-feira, aproveitei a posse da deputada Ana Lúcia no Palácio dos Despachos para poder reencontrar e conversar com figuras importantes de nossa política. Nada melhor do que acompanhar a posse de um Secretário de Estado para poder saber das novidades nos bastidores da política sergipana. Principalmente, quando a posse era tão importante e concorrida quanto a da professora deputada Ana Lúcia, líder inconteste de uma categoria fortíssima, capaz de desestruturar qualquer governo com pleitos e cobranças, como a dos professores.
O auditório, como era de se esperar, estava repleto. O bloco de sustentação da deputada, passado o Carnaval, seguiu em peso para o evento. Encontramos por lá todo tipo de expectador. Havia líderes sindicais, políticos aliados e, é claro, professores em profusão.
Um momento ímpar na vida da deputada sergipana que se notabilizou pela defesa dos interesses do “pobre magistério” e que, naquele momento, ironicamente, chegava à condição de secretária de Estado de Combate à Pobreza (Ação Social, num futuro bem próximo). Uma pasta de fundamental importância para qualquer governo focado prioritariamente nas questões sociais… E alvo do governo ora em curso.
Isso mesmo. O governo de Marcelo Déda Chagas, pelos sinais observados até o momento, será um governo totalmente voltado para as questões sociais, a exemplo do que acontecera em seus cinco anos de administração da capital, Aracaju. Não haverá grandes obras para encher os olhos das classes dominantes. Apenas projetos de alcance social para os menos favorecidos (pelo menos, é o que se pretende).
Tal e qual seu líder maior, Luiz Ignácio Lula da Silva, ao instituir programas como o Fome Zero e o Bolsa Família, o governador Marcelo Déda deverá focar o Social, deixando de lado quaisquer projetos estruturantes de longo prazo, incapazes de gerar mudanças imediatas na vida dos cidadãos. A idéia é fazer a diferença em curto espaço de tempo.
Daí a importância da deputada Ana Lúcia ao tomar posse como secretária de Ação Social. Em suas mãos repousam hoje as principais expectativas do atual governador no sentido de minimizar as desigualdades nos 75 municípios sergipanos, gerando ações que possam dar trabalho, renda e, sobretudo, dignidade às famílias pobres da capital e do interior, ávidas por um pouco de atenção dos gestores públicos.
Sem dúvida, uma tarefa nada fácil, mas que poderá ser a verdadeira ponte para o sucesso da atual administração em curto espaço de tempo.
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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