Até setembro deste ano, todos que desejarem disputar um mandato nas eleições do próximo ano, terão, obrigatoriamente, que estar filiado a um partido. A atual legislação é quem dá essa definição. Daí porque a máquina de calcular tem sido a companheira da maioria dos políticos sergipanos. Os que pretendem disputar a reeleição como deputado estadual ou federal somam, multiplicam, dividem (o coeficiente eleitoral) para descobrir onde terão mais chances de vitória. O deputado Garibaldi Mendonça é um bom exemplo dessa situação complexa. Seu líder e companheiro de caminhada, o senador Almeida Lima, deixou o PDT para ingressar no PSDB, onde está filiado.
No entanto, Garibaldi, após fazer uma criteriosa análise concluiu ser melhor permanecer no PDT a acompanhar Almeida para o ninho tucano. Mas neste caso existe um outro complicador, além da questão matemática. É que o senador até agora não conseguiu o comando tucano como havia alardeado. Diante da atual circunstância esta coluna quis saber de Garibaldi se ele apostaria na tomada do controle do PSDB por Almeida Lima, hoje? Sem pensar absolutamente nada, Garibaldi deixou escapar um enfático “não” e foi além: “no início (quando Almeida se filiou ao PSDB) tive a certeza que tudo estava acertado. Estavam lá (no ato de filiação em Brasília) todos os capas pretas do tucanato, até o ex-presidente Fernando Henrique. Todos garantiam que o comando do partido em Sergipe seria transferido para Almeida…
Mas, com o passar do tempo, as coisas foram ficando complexas e ao que parece o ex-governador Albano Franco, está virando o jogo a seu favor”. As palavras de Garibaldi Mendonça, expressão bem a situação atual do PSDB em Sergipe. Mas, por que, apesar de não estar com o comando do partido, o senador Almeida Lima, permanece na legenda? Esse questionamento certamente está na cabeça de homens e mulheres do povo. Um dos motivos é que o PSDB dá maior visibilidade nacional ao senador lhe assegurando a participação nas comissões permanentes e especiais no Congresso. Outro é que se trata de uma legenda mais bem estruturada e melhor montada financeiramente que o PDT.
Porém, tem um detalhe que talvez seja o mais significativo para sua permanência no PSDB. Embora diga que não quer “negócio” com o ex-governador Albano Franco, Almeida sabe que em última instância uma candidatura ao Governo do Estado com o apoio de Albano como candidato ao Senado, lhe seria bastante útil politicamente. Isso é claro, se ele não conseguir “convencer” o governador João Alves (PFL) a retirar sua candidatura à reeleição e dar apoio a seu nome. Sua situação, política eleitoral neste momento, é bastante cômoda. É um franco atirador. Seu projeto é manter-se na mídia. Para isso vale até mesmo uma aliança com Albano.
Quem segura
O ex-governador Albano Franco tem se mantido no PSDB graças às ingerências do presidente nacional da legenda, Eduardo Azeredo e a do futuro presidente, senador Tasso Jereissati.
Sem candidatos
O deputado estadual Garibaldi Mendonça, apesar da opção de permanecer no PDT, está preocupado com a formação de uma chapa forte eleitoralmente. “Ainda não sei como vai ficar essa formação de chapa, o João Fontes (atual presidente do partido) está vendo isso”, informou.
Torcida
Na avaliação do deputado federal Bosco Costa (PSDB), o senador Almeida Lima (PSDB), está na torcida para que a candidatura à reeleição do governador João Alves (PFL) se inviabilize e ele seja convocado para ser o candidato do governo. Será?
Laudêmio
Ainda essa semana a deputada Susana Azevedo (PPS) fará pronunciamento na Assembléia Legislativa mostrando a inconveniência jurídica e tributária da cobrança do Laudêmio pelo SPU.
Pesquisa
Ainda hoje tem gente se perguntando onde foi feita a pesquisa que dá o segundo lugar na disputa por uma vaga no senado ao deputado federal Heleno Silva (PL). Tem gente apostando que a pesquisa foi feita só entre os evangélicos da Igreja Universal, onde é pastor.
Dunas
Alguém que se identifica como “pauta amiga”, tem insistido em passar e-mail para esta coluna informando que estão tirando areia das dunas da praia de Atalaia, em frente à Passarela do Caranguejo. Gostaria que esse “pauta amiga” se identificasse para poder avaliar se a informação merece fé ou não.