(Escrito por Bruno Campos Silva – 05-Jun-2008) A Carta desta Semana traz um texto que foi apresentado por um participante da Questão deste Mês: A tendência é a escassez rápida e sem precedentes dos principais recursos naturais, não em termos quantitativos, mas em termos qualitativos; em especial os recursos hídricos. É possível crescer e desenvolver, sem decrescer em aspectos de sustentabilidade! O meio ambiente é de todos, bem difuso, com características peculiares, portanto, preservemos e orientemos as gerações presentes e futuras, bem como os empresários, a agirem de maneira consciente, provocando, destarte, a tão almejada sustentabilidade.
Atualmente, percebe-se, no Brasil, um grande movimento em prol da efetiva proteção ao meio ambiente.
O Brasil, representado por seus dirigentes, deveria lançar mão de algumas rédeas em benefício da sustentabilidade, e não, como apregoado por alguns ou vários entusiastas, com o devido respeito, óbices ao crescimento e desenvolvimento.
A consciência é de todos nós, de nada adianta a confecção de leis, via técnica legislativa desprovida de conteúdo prático.
As práticas preventivas dimanadas de consultorias deveriam, realmente, incidir nas esferas dos diversos recursos ambientais, como, por exemplo, as auditorias ambientais, o “compliance” ambiental, a contabilidade ambiental, entre variados mecanismos estratégicos de prevenção (AAE – avaliação ambiental estratégica; EIV – estudo de impacto de vizinhança, entre outros).
Mas, no Brasil, infelizmente, os empresários esperam para provar o desgosto de serem “condenados” por condutas, as quais poderiam ter sido orientadas pelos advogados especializados na seara do meio ambiente.
Chegou a hora, ou, aliás, passou da hora de todos (sociedade e poder público – ver artigo 225, caput, da Constituição) empreenderem mecanismos capazes de detectar os riscos ao meio ambiente que, porventura, poderão, a toda evidência, ocasionar danos a ele.
A vida no “Planeta Terra” está com seus dias contados, por isso, consciência e informação acima de tudo.
As práticas empresariais deverão ser cada vez mais transparentes, com o intuito de imbuir confiança à sociedade.
O incentivo ao exercício da cidadania afigura-se de suma importância. Todos deverão participar de forma compartilhada, em consonância ao Estado Democrático de Direito.
Muitos acham que a prática é a melhor forma de remediar ou promover o bem-estar. Salvo melhor juízo, se a prática não for antecedida de sólida formação intelectual, ou seja, robusta formação teórica, de nada adiantarão os esforços empreendidos na contenção dos diferenciados riscos ambientais.
Vamos analisar melhor os critérios de viabilidade dos alimentos transgênicos, dos biocombustíveis, dos créditos de carbono! E a CTNBio? E o pós-Kyoto?
Os marcos regulatórios precisam e devem ser regulamentados, com a máxima urgência, salvo melhor juízo.
Afinal de contas, como dizia o poeta e cantor Renato Russo, “Que País É Este?”.
Força Brasil, a “Mãe Terra” agradece! (citação do insigne professor Édis Milaré).
Bruno Campos Silva é advogado
O texto acima se trata da opinião do autor e não representa o pensamento do Portal Infonet.
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